The Doctor - Herman Carter

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Outra partida. Outra tentativa.

A névoa lentamente dispersava em sua volta, com o ar frio a substituindo, característico do reino no qual você estava. Antes que você pudesse abrir os olhos, o ar invadiu suas narinas, trazendo um forte odor mofado e estagnado, misturado com uma pitada de essência antisséptica- era algum tipo de hospital. Velho e abandonado, mas ainda um hospital.

Supostamente combina com os outros mapas. O que é mais estranho do que escolas e ferro-velhos abandonados? Um hospital, abandonado claro. Você agradece sua vida um momento porque nesse mundo você não tem medo de doutores e agulhas, independente de suas fobias, continuará não sendo uma boa experiência.

Você viu outros sobreviventes trabalhando em um gerador dentro de uma sala, já que estava sem espaço para mais uma pessoa você apenas vira as costas. Pelo lado bom te dá uma desculpa para explorar o lugar.

Bom, esse era o plano.

Está muito claro agora que esse ambiente é um completo labirinto, todo corredor era idêntico, todos tristes e úmidos. Era possível distinguir alguns que se destacavam, algumas salas com cabines de chuveiros, uma recepção e uma de operação, as outras eram genéricas, partilhando entre sim o clima hopistalar.

Um lugar em específico lhe chamava a atenção, o teto estava lotado de máquinas e telas que mostravam imagens estranhas. Cadeiras ligadas a fios elétricos, um segundo andar com janelas obscuras.

Que tipo de medicina acontecia por aqui?

Seus pensamentos são cortados por um grito, vindo da direção de onde você estava antes. Por mais que alguém esteja precisando de ajuda, você decide não perambular por lá, não era um lugar muito bom caso você se depare com o assassino.

O mapa parecia ser impossível de compreender, você sente que já passou pela mesma sala duas vezes. Depois do que parecia horas vagando, você se encontra numa sala revestida de madeira com uma mesa de secretaria no meio...

Analisando o pequeno quarto você não podia acreditar no que estava vendo, tinham centenas de livros presos às paredes e o telhado, com uma poltrona com aparência aconchegante. Você sentia até um conforto na sala, se comparado com o resto do mundo.

Seu time precisa de você

Você não pode...

...

Não dá para evitar.

Você decide tirar uma folga disso tudo, deixando seus olhos curiosos devorarem os títulos dos livros que estavam expostos. Surpreendentemente todos estavam categorizados, por tópico e autoria. Imensas sessões dedicadas à biologia, psicologia e filosofia, mas não era possível ignorar a coleção de ficção guardada ao lado da poltrona. FRANKENSTEIN; Nárnia; 1984 e outros... Tinha até algumas cópias de mangás. Talvez esse lugar não seja tão ruim assim. Você se vira, na intenção de testar o quão confortável a poltrona é.

Mas...

...

Tinha um homen sentado nela.

E ele era BIZARRO.

Ele tinha uma pele morena, portanto com partes queimadas e veias pulsando, também usava uma jaleco ensanguentado com partes rasgadas, revelando seus músculos. Seus olhos eram forçados por um instrumento composto por agulhas presas ao redor dos olhos, revelando um olhar que desenterrava qualquer segredo, o canto da sua boca era aberto por um aparelho semelhante, forçando um sorriso que lhe dava frio na espinha.

Unidos Pela Névoa [DBD X Leitor(a)]Onde histórias criam vida. Descubra agora