𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 7

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Chegamos em Saturno e as coisas estavam mais diferentes do que eu esperava, de um lado o mundo parecia sem cor, parecia um cenário pós apocalipse, já outro lado de Liêja era realmente um cenário de primavera, não sabia que meu pai tinha ido tão longe com a divisão de povos.

Fomos diretamente ao castelo, lá sim estava tudo normal, entro em meu quarto e vejo meu travesseiro da mesma maneira que deixei quando estive aqui pela última vez, com certeza meu pai ordenou para que ninguém entrasse em meu quarto depois daquele terrível dia.

O castelo estava silencioso, eu e meus amigos contemplamos cada canto daquele castelo como se fosse a primeira vez que estávamos pisando ali, aliás, era sim a primeira vez deles, mais não sei porque eu me encantei por estar ali novamente.

Desde que chegamos aqui não falamos nenhuma palavra sequer, porém todo o silêncio foi quebrado assim que meu tio chega:

-Aya, se apronte, em uma hora você deverá se encontrar na sala real.

-Sim senhor. - eu falo curvando minha cabeça.

Uma empregada sai de uma sala e se direciona a nós, ela está usando vestes escuras, todos os empregados daqui estão, então se torna fácil reconhecer um. Ela levanta as pontas do seu vestido enquanto curva metade da coluna para frente dando-me reverencia, ela olha para meus amigos e faz o mesmo. Ela bate na porta e outras quatro empregadas saem da sala repetindo todo o ato da primeira.

Cada uma se posiciona na frente de cada um de nós e em uníssono elas dizem:

-Queira me acompanhar por favor.

Até parece que aquilo tudo era ensaiado, e na verdade era, elas eram treinadas para isso dês que que eram jovens, meu pai sempre foi muito rígido com isso.
Fomos direcionados a quartos diferentes onde nos banhamos e nos arrumamos para a reunião.

Na hora quinta exata, somos direcionados a sair do quarto e ir para a sala Real. Chegamos, e muitos donos de fazendas, de chácaras entre outras pessoas importantes estão de pé nos dois lados da sala ficando assim somente o corredor livre para minha passagem. Assim que entramos tomamos toda a primazia do local, passamos pela porta que já estava aberta e em perfeita sincronia dois soldados a fecha.

Sem perder a postura eu passo pelo corredor de tapete vermelho e vou direto para a cadeira que a dois dias atrás pertencia a meu pai, meus amigos me acompanham mais ficam na parte de baixo de uma espécie de palanque.

O ar daquele local estava pesado embora o silêncio era total naquela sala, meus amigos ainda não tinha dito nenhuma palavra e eu estava preocupada. Um funcionário que está a minha direita ajeita uns papéis em sua mesa e começa a ler, por conseguinte a reunião se inicia.

A Guerreira de SaturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora