𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 28

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Nos dispedimos de Stela enquanto ela voltava para a terra.

- Boa viajem amiga.

- Tomara que seja boa, esses negócios de teletransporte ainda é novo para mim.

Sorrio enquanto dou um abraço forte nela.

- Mande um abraço muito forte a todos de lá e fale que eu os amo. - Artur diz enquanto seus olhos enchem de lágrimas.

- Sentirei a falta de vocês. -Stela começa. - Amos vocês dois com todo meu coração.

-Nos também te amamos. - Artur diz por nós dois.

Ela se vai.

Artur me abraça forte enquanto olha para o lugar onde Stela estava há alguns segundos atrás.

- Bom, agora é só eu e você. - Ele olha nos meus olhos enquanto fala.

- Sim, você e eu para sempre.

Passaram-se os tempos e ficamos no Jardim olhando o céu e a floresta que se encontrava em nossa frente.
Passamos o dia inteiro conversando enquanto nosso povo vivia livre e feliz.

Por um tempo Artur e eu começamos a encarar um o outro, talvez decorando cada detalhe de nossos rostos.

Os olhos de Artur percorre todo meu rosto e cabelos enquanto ele sorri um sorriso de canto.

- Dance para mim, querida. - Pela pontuação isso era mais uma ordem do que um pedido. - Dance para mim.

Minha bochechas coraram. Fazia tanto tempo que eu não dançava, não recordo a última vez que fiz isso em minha vida. - Se é que houve uma. - Ele poderia me dizer " Dance comigo" em vez de " Dance para mim " não tinha ideia de como começar, mas faria de tudo para o ver contente.

Me levanto, começo a imaginar uma música na minha mente. Lembro-me das vezes (poucas) que vi minha mãe e meu pai dançarem. Tento me lembrar de cada detalhe daquela dança.

Para minha surpresa Artur se levanta e com uma mão em meu quadril e outra junto à minha começamos a dançar.
Uma melodia imaginária porém sincronizada preencheu o ambiente em que dançávamos.

Mágico. Sim aquilo parecia ser mágico, nunca vivera um momento tão sublime como esse. As mãos de Artur calejadas e macias agora acariciam minhas bochechas seus olhos castanhos poucos puxados me encaram.

Por algum tempo a música cessou-se nas mentes de nós dois, ele ainda me encara enquanto um pouco sem jeito me diz.

- Aya, quero te fazer um pedido. - Ele se ajoelha e olha profundamente em meus olhos. - É com você que eu quero passar todos os dias da minha vida, você aceita casar-se comigo.

Não consigo controlar as lágrimas pela emoção.

- Claro que aceito querido.

Com a felicidade de uma criança ao receber um animal de estimação nós corremos ao palácio e registramos nosso casamento.

- Que tal celebrarmos semana que vem? - Dou a ideia.

- Quando quiser minha princesa. - Ele diz enquanto se aproximava de mim e colocava as mãos em meus cabelos.

Após nosso casamento, meu povo viveu os melhores dias de suas vidas, o arco havia sido restaurado, a paz tinha voltado, e meu povo agora, estava sendo tratado com o respeito que lhes é devido. Não há mais pobre, não há mais rico, mais todos são um único povo digno de lealdade, afinal somos todos iguais.

A Guerreira de SaturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora