𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 25

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Depois de um tempo desacordada meus sentidos voltam lentamente.
Percebo que estou deitada na minha cama, e está de dia, o sol parecia brilhar mais forte do que o normal.

Pisco meus olhos por algumas vezes, e olho para o lado, Artur está sentado no divã perto de mim, ele está debruçado em cima dos seus braços apoiado em minha cama.

Tento esticar meus braços para espreguiçar mais percebo que Artur segurava a minha mão, por conseguinte eu acabo acordado ele no processo.

Ele olha para mim e sorri, seu sorriso derrete todo meu interior, o alhar dele penetra no meu.

- Que bom que você acordou minha princesa. - A voz dele é rouca, mais percebo gentileza na fala dele.

Sorrio para ele como resposta e seus olhos brilham.

- Como está se sentindo? Depois de dois dias dormindo espero que esteja bem. - Ele diz segurando minha mão e dando um sorriso sem mostrar os dentes.

Quase por vontade própria ergo as duas sobrancelhas e pisco duas vezes seguidas. Não consigo esconder meu espanto ao ouvir que fiquei desacordada por dois dias. Contudo, meu corpo havia se recuperado o suficiente.

- Melhor impossível! - Sinto ele acariciar minha mão. - Mais como estão as coisas por aqui. - Eu pergunto sem nenhuma noção do que poderia ter acontecido depois que eu desmaiei.

- Está tudo bem, Stela está muito abatida ainda pela perca de Ravi, todos nós estamos, todavia a guerra acabou, todos os cidadãos de Liêja estão bem. A paz voltou.

A voz dele soa com muita segurança mais ainda não deixa de ser fofa.

- Como pode ter tanta certeza?

- Você precisa ver uma coisa. - Ele me leva à janela. - Olha para o céu.

Levando os olhos para cima e por alguns segundos sinto minha respiração parar, lembro do que minha mãe me contava quando era pequena. Realmente era verdade, aquele arco no céu era a representação de amor e paz. Finalmente ele se recostruira. Eu consegui cumprir minha promessa.

Mantenho meus olhos fixos no céu, mas percebo que Artur mantém os olhos em mim.

Me viro pra ele e pergunto:

- O que foi?

Ele respira fundo.

- Tenho algo a confessar.

Meu coração dispara, um vento gelado sopra por dentro do meu corpo inteiro a começar por baixo, sinto cócegas no estômago e minhas bochechas coram.

O que será que ele tem a confessar? Penso comigo mesma, eu realmente não sei, mais se me traz uma sensação boa não deve ser nada ruim.

A Guerreira de SaturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora