Jingle Bel sua fuça (part 1)

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24 de dezembro

E finalmente à época de Natal tinha chegado, uma das épocas mais aguardas pela família e uma das mais comemoradas também, além do Carnaval claro.

A arrumação para o Natal já começava um pouco cedo para alguns, mas para família era algo planejado especificamente por Teresa, a mulher não escondia de ninguém a paixão herdada da mãe pelo Natal. A mulher parecia começar a preparar cada detalhe em outubro, tanto a maratona de filmes e os detalhes da festa.

Naquele ano o jantar aconteceria na fazenda de Santa Cruz, a fazenda herdada por Pedro e um dos seus locais prediletos. Teresa amava aquela fazenda, a pequena horta e a cachoeira que tinha ali perto era a felicidade da mulher. Isabel tinha aprendido a gostar, adorava se aventurar na cachoeira e os Gêmeos estavam tendo gosto por explorar tudo ali.

Como era a tradição daquela amizade, os amigos tinham sido convidados e ficariam ali nos outros quartos da grande fazenda. O único que ainda não tinha chegado era Dominique, Teresa tinha simplesmente o adotado nos poucos dias que o conheceu e Pedro lá no fundo também fazia isso, mesmo com um certo ciúmes de Isabel.

Pedro acariciava as costas da esposa, eles estavam nus naqueles grandes lençóis, Teresa dormia calma no peito de Pedro enquanto o mesmo pensava sobre algo. O sol já estava começando à aparecer e se toda aquela viagem não tivesse afetado tanto a rotina de seus filhos o pequeno Afonso acordaria logo logo.

Aquele ano tinha sido desafiador de algumas formas, as marcas do fim da pandemia com alguns momentos ruins ainda marcavam um pouco o escritor. Mas alguns momentos bons ainda conseguiam preencher o seu coração.

Um pequeno choro pode ser ouvido pela babá eletrônica, Pedro rapidamente deu uma olhada para o relógio digital na mesa ao lado. Já eram 06:16 e aquele era o horário normal para o pequeno Afonso acordar para mais uma mamada.

Pedro saiu daquela posição com uma certa facilidade, Teresa estava tão cansada pela viagem que dormia feito pedra. O homem procurou a roupa que vestia horas tempos antes do ato acontecer, vestiu a tal calça de pijama e a blusa com a estampa de banda e rapidamente partiu para o quarto ao lado.

A ideia de deixar todas as crianças juntas era a loucura completa, mas que eles preferiram apostar ao menos naquela noite. Leopoldina e Pedro Afonso dormiam nas pequenas caminhas, Joaquim dormia em um colchão ao lado da cama de Pedro Afonso, Prisca e Ilario dormiam no mesmo colchão encostado na parede e o pequeno Fábio dormia no berço ao lado do berço de Afonso.

Pedro se admirava de todos estarem dormindo ali naquele quarto, esperava ver os cabelos brancos virem mais cedo quando surgeriram aquela ideia. O escritor pegou o bebê de quase seis meses no colo, a criança era tão calma que não fez nenhum barulho após aquele pequeno choro e apenas parecia brincar com o pequeno pano.

De todos os filhos Pedro Afonso parecia ser o mais parecido com Pedro mesmo, possuía apenas a beleza da mãe, mas tinha o jeito inteiro do pai. Pedro se retirou o mais rápido do quarto, não queria acordar mais nenhuma criança, rapidamente foi a cozinha pegando um pouco do leite que Teresa tinha tirado no dia anterior.

— Ia pequeno cabrito, pronto para o seu primeiro Natal nesta família? – Pedro disse brincando com Afonso, a criança apenas sorriu com pai enquanto tentava pegar na barba do mesmo — logo logo sua mãe acorda e a loucura começa, que Deus nos ajude cabrito – Pedro disse e rapidamente ofereceu a mamadeira sendo sugada logo pela criança — Espero que você não reclame desse apelido no futuro.

...

— Bem, vamos lá – Teresa disse se levantando da cadeira da ponta da mesa, ela possuía um caderno nas mãos e uma caneta — Dumas e o Tônico vão colocar as decorações mais altas.

Século 21 - Nos Tempos Do Imperador Onde histórias criam vida. Descubra agora