Declínio - parte III (última)

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Hey leitores!! Prometo que o próximo cap vai fazer mais sentido!! Precisava desses capítulos que apelidei de "declínio" para que fizesse sentido. Mas vocês não estão preparados para o próximo-



Pov catra

Segurar Adora nos meus braços enquanto ela dormia nunca doeu tanto. Normalmente, quando a observava dormir,sentimento de conforto enchia minha alma.

Mas agora...a ansiedade pulsante me agoniava. Encarando fatos, eu estava sentada na minha cama, completamente nua, apoiando as costas em um travesseiro ao lado da estante.
Adora dormia sem roupas abraçada ao meu corpo. Eu queria, tentei ajudá-la.

Quando ela chegou aqui eu estava apavorada e agora, sem ninguém para me jugar além da loira desacordada  e ainda a segurando , me permiti chorar.

E chorei até cair no sono.

Quando acordei desci até a cozinha. Papai saia cedo para trabalhar, começou a sair mais cedo recentemente e eu descofiava que o motivo tivesse longos cabelos roxos.

Eu estava apenas vestindo um roupão felpudo após a noite com minha namorada. Sorri ao lembrar dos seus braços fortes me segurando enquanto dizia palavras castas para me tranquilizar.

Mas nenhuma felicidade durou, virei um pouco de café dentro da máquina e me apoiei no balcão, deixando o frio da pia tocar minhas pernas descobertas.

Cheirei a boca dela quando voltou, Adora não parecia bebada...não, era algo diferente.
Estava chapada para caralho e isso era preocupante.

Revisando a situação com um pouco mais de calma: minha namorada tinha dirigido no meio da noite, completamente chapada e sem demostrar nenhum pesar ao procurar conforto carnal em mim.

Noite passada ela estava preocupada demais olhando para meu corpo para até mesmo conseguir ver que eu chorava. Chorei por medo do que poderia ter acontecido.

Mas com ela...com ela tudo passava. Quando subimos a escada e fizemos amor de uma maneira bagunçada e engraçada, quando ela me fez parte dela como sempre fazia,quando atingimos nossos limites juntas com as testas suadas coladas e seus olhos nos meus.

Me sentia culpada, culpada por ceder. Ela não estava em seu estado natural e mesmo assim cedi às suas provocações e aqui estamos.

Vi sua cabeleira loira despenteada entrando na cozinha vestindo uma blusa minha e uma calcinha de renda.

Gostosa. Pensei me destraindo por um segundo antes de ouvir o barulho da máquina me mostrando que o café estava pronto.

-Cheguei na hora certa. - Ela me abraçou por trás, deixando um beijo molhado no meu maxilar.

-Temos que conversar sobre ontem. - Me soltei de seus braços preparando as duas xícaras com o líquido morno e, para garantir minha sanidade, muito açúcar.

  Ela suspirou, assentindo com a cabeça antes de pegar sua bebida.

    -Sinto muito, Cat. Deveria ter avisado que estava vindo, eu -

A interrompi quando percebi que desviava do assunto principal.

   -Você estava chapada. - fechei meus olhos tentando não me descontrolar. - Dirigiu completamente fora de si.

    A mais velha arregalou os olhos quando percebeu que eu tinha notado que não era sobriedade em questão ao alcool que a faltava.

     -Foi uma noite difícil, Catra. Por favor, releva essa. Não vai acontecer de novo.

     Neguei com a cabeça, entregando a ela seu telefone desligado e recarregado.

     -O que foi? - me perguntou.

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