Everybody Talks

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-Então, vão assumir? - a pergunta poderia mudar nossas vidas, isso era um fato. Deveria ser uma resposta bem pensada e...

-Não. - Adora falou calma, todos os olhares da sala foram direto em sua direção. - Não temos nada para assumir.

Virei para ela incrédula.

-Como assim? Se pegaram fotos assim, podem sair piores.

-Catra...nós não namoramos, você não entende! Eu sou hétero! - a sala estava em silêncio, apenas Sea Hawk ria baixo em um canto. Besta.

-Não é não. - disse o óbvio.

-Catra por favor me dê um tempo.... Se eles descobrirem mais a fundo minha carreira estaria perdida, entende isso, não é?

-Está priorizando sua música aos seus sentimentos e verdades? Prefere mentir e fingir que é quem não é de verdade apenas para agradar aos outros e fazer dinheiro com isso? É tão materialista que não pensa no que fala! - me exaltei e a loira levantou da própria cadeira, vindo em minha direção no mesmo tom.

Estávamos estressadas, discutir com os nervos a flor da pele nunca seria uma boa ideia.

-O meu trabalho é a minha verdade mais do que tudo, Catra. Mais do que qualquer pessoa você deveria entender o meu valor pela música. - Adora suspirou e olhou para nosso redor, era notável o caos que causávamos em uma sala tão pequena. - Podemos resolver isso em casa?

Meu cansaço emocional me fez querer dizer não mas, sem nenhuma outra opção a não ser dizer sim para seus grandes olhos azuis de cachorro abandonado, a segui.

O caminho no carro foi de silêncio total porém sua mão segurava a minha. Entramos escondidas estacionando dentro da casa , na garagem interna , evitando paparazzi não solicitados.

Tentei seguir rápido até sua sala mas ela me parou.

-Para onde vai? - seus dedos longos envolveram meu pulso esquerdo e eu virei em sua direção.

-Para a sala? Para resolvermos o que vamos fazer.

-Você está tipo super energética com essa história toda, tenta relaxar um pouco ou nada vai ser resolvido. Podemos ver isso depois, - senti ela pegar minha bolsa de escola, ajeitando sobre o próprio ombro e beijando meu pescoço. - vamos gastar essa energia com coisas boa.

-Como pretende fazer isso? - Segui na sua, o estresse poderia ser aliviado, isso é certo. Ainda estava puta mas não consigo resistir aos beijos molhados e delicados que seguiram o espaço da minha clavícula até meu beijo, deixando chupões molhados por todo meu corpo.

-Você sabe muito bem. - sua mão estava firme na minha cintura e ela me posicionou para cima, subimos entre beijos uma escada não tão longa mas que pareceu ter mil degraus por nossa dificuldade.

Paramos sem nos separar ao ouvir um pequeno estalo seguido de barulhos tilintantes. Minha bolsa estava no chão, todo seu conteúdo espalhado pela escada e sala.

Não pude evitar a minha risada de sua mão frouxa e ela me seguiu no sorriso, seus dentes encontraram os meus quando sorrimos no meio do beijo.

-Posso pegar depois, não posso? - assenti ainda rindo e assim chegamos ao fim da escada.

Adora me impulsionou para cima, colando nossos corpos na parede para que minhas pernas a envolvessem na cintura. Gemi quando ela se forçou para cima, sentindo ,mesmo que por trás de nossas roupas , sua excitação crescente. Eu estava na mesma.

-Poderia te foder aqui mesmo. - ela disse ainda contra a parede.

-Com força o suficiente para os quadros caírem? - provoquei

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