Still Into you

That way- Tate McRae

" We say we're friends, but I'm catching you across the room

It makes no sense 'cause we're fighting over what we do

And there's no way that I'll end up being with you

But friends don't look at friends that way

Friends don't look at friends that way"

  Assim que acabou a aula eu saí correndo até a casa de Adora, parando na frente do seu segurança. Tinha passado a aula inteira pensando nela e na música, thenho que admitir. 

    Parei assim que cheguei bo seu portão, esperando ser barrada novamente por seu segurança de cabelos platinados.

    Mas para minha surpresa ele levantou os olhos e ao perceber que era eu, abriu o portão sem uma palavra.

   Parei antes de entrar.

   -Não vai me revistar ou alguma coisa de segurança assim? - minha voz saiu um pouco mais ácida do que eu esperava, estava cansada da corrida e meu coração pulava dentro do peito.

    -A  madame avisou que você teria passe livre, não preciso fazer nenhuma revista ou checagem. E de qualquer forma, eu imaginava que você viria hoje e acho que ela também.

     Alguma coisa derreteu dentro de mim ao ouvir isso. Passe livre? Sério, Adora? - revrei os olhos.

    Me virei para entrar mas ele coçou a garganta para chamar minha atenção.
Quando me virei senti seu corpo mais perto do meu.

  Prepara para ataque ao homem hétero top, Catra.

   Mas tudo que ele fez foi se aproximar o suficiente para me contar algo no ouvido.

   -Ela nunca fez isso,sabe? Ninguém além dos dois melhores amigos já teve um passe livre, nem mesmo seus produtores ou outros amigos íntimos.

    Corei ao me afastar, ele riu da minha reação.

     -Está tudo bem, senhorita. Eu guardo segredos muito bem, principalmente para minha menina.  - Sua intimidade com Adora parecia de longa data, por mais que para olhos curiosos ele qpenas a chamasse de senhorita.

   Me esforcei um pouco para lembrar seu nome.

   -Catra, Hunter. Me chame de Catra. Além disso, tenho certeza que a madame pediu que você a chamasse de Adora. - pisquei para ele antes de entrar pelos corredores da mansão Wind.

    A casa estava vazia e escura, apenas as luzes dos corredores estavam acesas. Estranhei ninguém estar rodopiando de um lado para o outro com trabalho doméstico mas segui o único som que ouvia, uma melodia de piano lenta e espaçada. Percebi na hora que era a melodia de uma versão mais lenta da música que ela tinha lançado na madrugada, o motivo para eu estar lá.

      Entrei lentamente no salão, alto e largo como o resto da casa, o chão,paredes e teto completamente feitos de pedras de quartzo, a única decoração dali era um candelabro de cristal que estava no centro, bem acima de um piano branco. O resto do cômodo estava vazio.