Mais algumas primeiras vezes

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POV ADORA
Eu jamais havia sentido uma ligação tão forte com uma pessoa, desde que conheci a Catra e que realmente tomei coragem para me aproximar fomos passo a passo nos dando cada vez melhor e cada um desses passos foi pra mim o céu...
Naquela tarde no apartamento da Mermista, foi simplesmente o melhor dia da minha vida, eu nunca imaginei que sexo com a pessoa que você ama poderia ser tão bom. Nós passamos a tarde e boa parte da noite entre a cama e a banheira, definitivamente eu tenho que ter uma banheira em casa quando eu começar a trabalhar.
Já estávamos perto de completar dois meses de namoro e desde então, graças ao fim das provas, estamos passando todo o tempo possível juntas, e não era só o sexo, não que este não fosse importante e maravilhoso, mas estar com ela me fazia eu me sentir completa. O melhor disso é que eu venho dedicado bastante tempo para os estudos, já que quase todas as noites eu acabo esperando por ela por quatro horas na biblioteca.
Estava distraída escrevendo um relatório de uma aula prática de parasitologia quando senti dois braços me circundando, era impossível não sorrir. Senti ela encostando o rosto em minha nuca enquanto respirava profundamente. Imediatamente fiquei toda arrepiada.
- Como você pode ser tão cheirosa depois de um dia todo?
- Eu compro perfumes bons.
Ela revirou os olhos e sorriu – Tonta... Bora?
- Vamos - Peguei minhas folhas e fomos andando de mãos dadas – Na sua casa ou na minha??
Ela deu uma gargalhada alta – Bom, na última vez que nós dormimos em casa eu recebi um aviso amigável de que você estava proibida a ir lá depois das 23 horas.
- Eu te disse que você tava muito escandalosa naquela noite...
- Só eu que tava né??
- Então, você vai lá pra casa?
- Adora – A morena me olhou – Eu realmente, realmente tô cansada. Você iria ficar chateada se eu dissesse que queria só dormir??
- Claro que não, eu amo passar o tempo contigo independente do que a gente esteja fazendo.
Depois que chegamos em casa, fomos direto pro meu quarto. Falei pra ela ir tomar banho primeiro enquanto dava uma arrumada na minha bagunça. Quando ela saiu no banho vestindo somente uma Boxer enquanto secava os cabelos com uma toalha eu tive que usar todo meu autocontrole para não a agarrar.
Precisei de um banho mais frio do que o usual, e quanto mais eu pensava que ela estava na minha cama seminua piorava ainda mais a situação, então eu fiz o que precisava e me masturbei no chuveiro bem rápido. Quando eu cheguei, ela estava deitada folheando uma revista.
- Por que você demorou tanto? – Por que eu achei que isso iria passar desapercebido?
- Eu não demorei... – Falei com a voz mais esganiçada que o normal, dei uma tossida e peguei o secador de cabelos e já liguei secando meus fios – Eu só lavei o cabelo, foi isso.
Ela deu um sorriso de lado, bem ladino – Tá certo Adora, se você tá dizendo, eu acredito...
Terminei bem rápido, mesmo porque mal molhei meu cabelo. Apaguei a luz e deitei a abraçando por trás, dei um beijo em seu ombro. Logo em seguida ela começou a se ajeitar mexendo o quadril e é lógico que isso foi me deixado excitada – Catra não faz isto...
- Isso o que?
- Se mexer desse jeito estando grudada em mim, você mesma que disse que quer dormir.
Ela se virou com tudo ficando de frente para mim e acendeu a tela do celular iluminando meu rosto – Então confessa... Por que você demorou tanto no banho?? – Eu continuei quieta  – Adora, eu só me mexi um pouco, esse pequeno ato não teria efeito nenhum se você já não estivesse sensível...
- Tá bom, caramba, como você é chata... Eu fiquei excitada te vendo saindo do banho e bati uma no banho pensando em você... Não foi a primeira vez e com certeza não vai ser a última.
Ela deu uma risada nasal e fez o sorriso mais convencido que eu já vi, me deu um selinho e se afastou em seguida – Certo, você me deixou excitada também agora, mas eu tô cansada demais... Se você tiver sorte quem sabe amanhã de manhã??
- É sério?? – Já me estiquei pegando meu celular – Posso colocar o despertador um pouco mais cedo então?
- Adora???
- Que foi?!
- As coisas não são assim, meu amor, você nem tem como saber se amanhã vai estar com vontade...
- Ahn, eu vou...
Ela caiu na gargalhada, virando de barriga pra cima. Bloqueou a tela de seu celular e enxugou umas lágrimas – Só você mesmo, She-Ra, bora dormir agora, mas dorme cruzando o dedo. Se você tiver sorte rola alguma coisa amanhã...

(=^.^=)

Nós dormimos abraçadinhas a noite toda, e de manhã logo que o celular despertou ela acabou me puxando pelas mãos para um banho juntas. O que acabou fazendo com que nós nos atrasássemos para a aula. Acabamos entrando correndo na sala de aula, felizmente era uma das professoras mais legais que nos autorizou de entrar.
Bom, quando a esmola é demais, é sempre bom o Santo desconfiar, no meio da aula a professora mandou que retirássemos uma folha do caderno e passou umas questões pra que respondêssemos valendo nota de trabalho. Eu acabei respondendo super rápido e fui liberada. Então resolvi ir ao laboratório de informática e dar uma olhada em meu Orkut e e-mail.
Estava bem distraída lendo um texto que minha irmã tinha me mandado, quando fui interrompida por um pessoal sentando na fileira atrás de mim, fala sério pra que fazer tanto barulho? Tive que recomeçar o mesmo parágrafo duas vezes...
- Caramba, como você é chato, tá aqui... Pode olhar.
- Nooooossa, que massa, não acredito que seu pai trouxe pra você um celular que tira fotos, isso é muito tecnológico... Você já testou??
- Já sim... Não perde pra essas câmeras digitais, pena que ele chegou tarde... Imagina se eu tivesse com ele naquele dia no vestiário??
- Haha, você ia ter material pra brincar sozinha a noite.
- Nossa, credo como vocês são nojentos.
Caramba, pessoa desconhecida número três, nem sei quem você é mas já concordo contigo... Pelo que eu entendi tinha uma garota, dizendo que queria ter tirado foto de outra garota, pelo menos eu acho que é outra garota já que ela falou em vestiário, nossa com certeza a outra garota deveria estar pelada... Que sacanagem.
Fiquei pensando por uns instantes se eu deveria olhar pra trás e ver de quem se tratava, já que né... Seria bom avisar as meninas pra evitar essa pessoa. Eles pararam de rir eu definitivamente perdi um pedaço da conversa.
- Gente, pelo amor de Deus, parem com isso...
- Você só tá falando isso porque não foi você que viu aquele monumento sem blusa, mesmo sem foto podem ter certeza que eu tive material suficiente na minha mente pra brincar sozinha.
- Vai nessa, se a namorada dela descobrir, ela mata você...
- E eu lá tenho medo da Grayskull??
Oi?? Ela disse Grayskull?? É sério isso, então o monumento que ela viu era a Catra??
Eu levantei e virei com tudo, e como eu desconfiava a garota nojenta e filha puta era a Lonnie, ela estava sentada ao lado de Kyle e Rogelio. Eu senti meu sangue ferver.
- COMO É QUE É?? Repete isso tudo que você disse sua desgraçada...
Os três atrás de mim se encolheram com o meu grito, como ninguém falou mais nada desliguei o computador com um toque, peguei minha mochila, agarrei a garota pela camisa e saí a arrastando, lá pelo meio da rampa ela começou tentar argumentar e se soltar, mas eu só olhei em sua direção, ela arregalou os olhos e começou a andar sem reclamar.
Quando cheguei no pátio vi o grupo de Catra conversando animadamente esperando o intervalo acabar para poder voltar para a sala. Eu praticamente arremessei a morena de olhos verdes no meio delas e já gritei.
- VAMO LÁ LONNIE, VOCÊ NÃO É A FODONA COM CELULAR COM CÂMERA?? ENTÃO PORQUE VOCÊ NÃO CONTA PRA ELAS O QUE VOCÊ FEZ...
- Eu não fiz nada garota, você que me arrastou até aqui... Você é louca.
- Nossa garota, eu vou arrebentar a tua cara – Senti Scorpia avançar e me segurar porque senão eu teria partido pra cima dela com tudo – Só não fez porque seu celular chegou depois né...
- Adora, calma, o que aconteceu – A platinada que tinha me afastado perguntou.
- Essa merda estava lá na sala de informática mostrando o brinquedinho novo e ela disse com todas as letras que era uma pena ele não ter chegado antes de ter tido a chance de tirar fotos da Catra no vestiário...
Lonnie se encolheu após eu jogar toda a merda no ventilador, Netossa começou a avançar e eu acabei a segurando antes que ela acabasse batendo na garota de olhos verdes.
- Me solta Adora, que eu vou encher a cara dessa vaca... Eu sabia que você não prestava. Ainda bem que nós vamos nos livrar de você.
Nesse momento os amigos dela chegaram e ela resolveu ficar corajosa mais uma vez, a confusão estava armada, a gritaria comia solta, eu estava com as mãos no bolso da minha calça jeans, me segurando o máximo que eu podia, porque se não eu ia bater nesses três. Até que a Catra ficou em pé no banco e deu um assobio bem alto.
- Vamo parar com a palhaçada... Sair na porrada não vai adiantar nada – Ela olhou para a morena – Eu tô realmente chocada com tudo isso, pensava que você era minha amiga, mas eu tô vendo que não... A professora deixou bem claro que esse seria nosso grupo de estágio até o fim do semestre.
- Você tá louca?? – Netossa parecia que espumava pela boca – Eu vou agora falar com a professora e pedir pra ela mudar nosso grupo...
- E você vai dizer o quê?? Além da palavra da Adora a gente não tem nenhuma prova, e tá bem claro que esses três vão negar tudo. Tá tudo bem... Nós somos adultos suficientes para manter uma convivência pacífica.
Eu estava passada, como assim manter uma convivência pacífica, o pior foi olhar pra cara da morena de olhos verdes e ela com aquele sorriso de escárnio, minha vontade de matar um foi gigantesca. Até que a Catra pulou do banco, caminhou em direção da Lonnie e deu um tapa em seu rosto, foi tão alto o barulho que doeu até em mim.
- Nunca mais, você ouviu bem?? Nunca mais me dirija a palavra, eu tô com tanto nojo de você que minha vontade agora era arrancar a minha própria mão só porque eu te toquei com ela – Ela veio em minha direção, me pegou pela mão e saiu porta a fora em direção do hospital.
- Amor, onde a gente tá indo?
Na hora ela parou e me olhou soltando minha mão de supetão – Desculpa, eu tava te arrastando, eu não consigo voltar lá agora... Mas você pode ir pra aula. Nossa o que eu tava pensando.
Dei um sorriso e a abracei fortemente – Tá tudo bem, onde a gente vai?
- Eu só quero sentar em algum lugar e não pensar em nada.
- Você tá com fome? – Ela negou de leve com a cabeça – Quer deitar ali nos bancos do bosquinho??
- Pode ser. Me desculpa...
- Te desculpar pelo que Cat?
- Você tentou me avisar que ela não prestava e eu não te ouvi.
- Nahn, eu só tava com muitos ciúmes dela... Tá, nunca fui com aquela cara de hipócrita dela, mas eu nunca poderia imaginar isso... – Chegamos ao local e deitamos em um banco largo e cumprido uma apoiando a cabeça no ombro da outra. Permanecemos assim por um bom tempo – Você quer conversar?
Ela suspirou pesadamente – Na verdade não, pelo menos não sobre isso...
- Então?? O que você acha da gente viajar esse fim de semana? Semana que vem já começam mais provas, aí a gente poderia descansar e aproveitar um pouco.
- Pra onde??
- Tá a fim de ir pra praia? A Hope tem um apartamento em Ubatuba, eu posso ver com ela se a gente poderia usar esse fim de semana...
A morena levantou com tudo e virou na minha direção, eu quase bati a cabeça no banco – Praia? É sério? Eu não conheço a praia, seria bom demais.
Bingo... Eu tinha conseguido a deixar animada e o melhor é que foi de improviso. Ainda bem que eu tinha uma cópia da chave do apartamento. Eu só precisava pedir autorização pra Hope, mas com certeza ela iria concordar.

(=^.^=)

POV CATRA
Eu sempre quis conhecer o mar, antes eu achava que nunca iria ter a sorte de cumprir esse desejo, estava tão empolgada que mal conseguia ficar parada no banco do passageiro.
Adora percebeu isso e sorrindo me falou – Eu nunca imaginei que você iria ficar tão feliz com essa viagem.
- Nossa, é um sonho, de verdade... eu sempre quis conhecer o mar, depois dos acontecimentos dessa semana, eu precisava mesmo me distrair.
- Fico feliz em te deixar tão feliz, você tá parecendo uma criança – Cerrei os olhos e mostrei a língua pra ela – Olhaaaa, que quem dá língua quer beijo...
- Pssss – Soltei uma risada nasal – Sossega aí She-Ra – Olhei novamente pra janela – A gente tá chegando?? – Ela soltou uma gargalhada – O que foi??
- Você realmente parece uma criança – Tirou a mão direita do volante e passou suavemente pelo meu rosto – Tão linda... A gente já tá chegando meu amor, mais uma meia hora e chegamos no apartamento.
Fiquei observando a paisagem, tinham muitas árvores, nossa deve ser bem legal fazer trilhas por aqui, pensei. Rodamos mais algum tempo até que encostamos o carro embaixo de uma árvore, pegamos nossas coisas e subimos, assim que Adora destrancou a porta do apartamento eu vi uma janela que não tinha cortinas tinha uma imensidão azul no horizonte, era a coisa mais linda que eu já havia visto.
Me troquei na velocidade da luz e fiquei aporrinhando a Adora para que ela se trocasse também, eu precisava ir lá ver aquilo tudo de perto, ela ainda me fez passar protetor solar e esperar uns 20 minutos pra gente poder sair.
Já na rua agarrei sua mão e saí a arrastando toda eufórica, assim que pisamos na areia, retirei meu chinelo e fiquei sentindo como era fofo, parecia mesmo uma quadra de vôlei de praia, tão gostoso. Quando eu olhei pra frente toda a empolgação virou pânico, era muito grande. A loira tirou os chinelos e a blusa e me olhou
- O que foi?? Eu achei que assim que você chegasse aqui fosse arrancar a roupa e sair correndo com tudo...
- Será realmente uma boa ideia??
Ela me olhou com as sobrancelhas franzidas – Você não sabe nadar? Tudo bem, essa praia é bem calma, eu não vou sair do seu lado.
- Eu sei nadar, Adora, atrás de casa passa um rio muito mais bravo que esse mar aí...
- Então??
- Ahn, sei lá... Não tem tubarão aí não né??
Ela gargalhou mais uma vez, eu fechei a cara e virando as costas comecei a andar paralelo ao calçadão me afastando dela, após alguns metros senti ela me agarrando por trás, me erguendo e nos levando de volta de onde ficaram nossas coisas.
- Calma amor, eu não tô te zoando, só achei fofo demais você ter falado isso. Fica calma, tira sua roupa – Eu por fim tirei meu short e blusa e segurei a mão esticada em minha direção – Olha só como o mar é clarinho, dá pra ver o chão, se aparecer um tubarão a gente consegue ver de longe – Ela começou a entrar e me puxar junto.
Eu fui a acompanhando, a água estava uma delícia, diferente do rio era bem quentinha, quase como uma piscina, mas eu conseguia sentir a areia batendo de leve em minha canela, era uma sensação muito boa, estava sendo uma experiência maravilhosa, olhei na direção da loira e ela sorria abertamente.
Ficamos nadando por um bom tempo, ela nadava muito bem, apostamos algumas corridas, demos muita risada, trocamos alguns beijos, estava perfeito... Eu poderia passar o restante do dia ali, mas de repente lembrei que nós não tínhamos trazido o protetor e a loira era bem mais clarinha que eu, se não fossemos embora logo ela iria acabar tendo uma insolação.
Saímos então do mar e fomos em um quiosque comer alguma coisa, ficamos por um tempo lá conversando, tomei água de coco pela primeira vez. Adora ainda queria andar um pouco, mas eu achei melhor irmos embora para o apartamento tirar o sal do corpo e passar um hidratante, ela com certeza precisava disso.
Quando chegamos ao apartamento fomos tomar um banho, juntas é claro, eu já fui sabendo que não iria acabar muito bem, e dito e feito. Logo que terminamos de tirar o sabão a loira me grudou no box e passou a me beijar de uma forma bem voraz, sua língua invadia minha boca enquanto sua mão passeava pelo meu corpo.
Eu agarrei a seu cabelo e puxei levemente, levei minha mão ao seu peito e passei a unha provocando um gemido por parte dela e um sorriso da minha, rapidamente nos virei a prensando desta vez. Passeia beijar seu pescoço e comecei a descer lentamente, cada centímetro que eu avançava, ela ficava mais ofegante.
Eu fazia questão de observar suas reações, quando ela jogou a cabeça para trás e arfou eu dei uma mordida em sua barriga recebendo um gemido mais alto como resposta.
- Olha pra mim Adora – E ela me olhou, seus olhos que de azuis bem claros , levemente acinzentados estavam escurecidos, quase negros – Então você gosta de mordidas é?? – imediatamente um sorriso sacana apareceu em seu rosto, senti uma pontada em meu baixo ventre – Se você desviar os olhos dos meus eu paro, você tá me entendendo??
Ela somente concordou com a cabeça e eu abocanhei seu membro, ela agarrou meu cabelo com tudo, piscou os olhos repetitivamente enquanto prendia a respiração. Comecei a me movimentar inicialmente de forma lenta aumentando a velocidade gradativamente.
Sua expressão era maravilhosa neste momento, estava fazendo força pra continuar de olhos abertos me encarando. Ela alternava entre prender a respiração por um tempo e ficar totalmente ofegante. Agarrei suas nádegas precionando as unhas com um pouco de força, até que finalmente ela perdeu o controle.
- Ooohn Catra... Eu, eu, eu... Ooohn só continua – Ela estava com os olhos fechados, a boca semiaberta em formato de O – Isso tá bom demais – A loira agarrou meus cabelos com mais força ainda passando a movimentar lentamente seu quadril. Permanecemos assim mais alguns segundos até que ela se afastou com tudo gozando intensamente. Ela precisou apoiar as mãos no box para não cair, senti seu corpo todo tremendo, ela novamente levou as mão para baixo e me puxou grudando nossas bocas.
Nosso beijo se tornou uma guerra de dominação, meus pulmões já imploravam por ar, mas eu insistia em respirar somente pelo nariz e continuar com nossos lábios colados. Ela passou as mãos pelas minha costas nos colando mais ainda, em um impulso pulei em seu colo.
A loira saiu andando tateando pelas paredes, ainda bem que ela já conhecia o caminho porque não nos descolamos nem para deitar na cama, nossas mãos passeavam por nossos corpos. Mesmo deitada por baixo eu comecei me esfregar nela, não pude deixar de sorrir quando senti que ela acompanhava meus movimentos.
Então ela passou a beijar e morder meu pescoço – Você é muito gostosa.
Passei minha pernas em seu quadril apertando bem firme, arrancando um gemido gostoso dela que me arrepiou toda – Você também é. Agora me fode...
- Seu desejo é uma ordem!! – Adora me invadiu com tudo. Desta vez quem não conseguiu segurar um gemido alto fui eu – Você é uma delícia amor...
Nós duas voltamos a nos beijar enquanto nos movimentávamos de forma mais sincronizada – Ma-a-ais forte eu mais gemi que falei – Contraí meus músculos vaginais arrancando um suspiro seguido de um gemido longo dela, o que a fez aumentar ainda mais a velocidade e a intensidade das estocadas, já estava sentindo um formigamento pelo meu corpo todo.
Me agarrei mais a ela acompanhando seus movimentos, comecei a gemer mais e mais até sentir todos os músculos dela contraírem e relaxarem e assim eu gozei com ela, nós duas tremíamos incontrolavelmente. Continuamos na mesma posição por mais alguns segundos, a loira ainda por cima e dentro de mim, comecei a passar a unha levemente por suas costas.
- Eu amo você demais Cat.
- Eu também meu amor...
- Você é muito cheirosa.
- E você é muito safada...
Adora levantou o tronco com tudo me olhando indignada – Eeeeeeeu? Como assim?? Você me atacou no banho e eu que sou safada?
- Tá bom, tá bom... Nós duas somos safadas. Melhor assim??
Sorrindo ela levantou, e me pegou no colo – Bora tomar um banho de verdade agora.
Tomamos um banho mais calmo desta vez e depois eu peguei um tubo de hidratante e besuntei todo seu tórax e rosto, ela não tinha ficado tão vermelha quanto eu imaginei que ela ficaria. Depois foi a vez da minha namorada passar a loção em mim, ainda deitamos por um tempo na cama para descansar.
Acordei com o quarto em completa escuridão e a loira deitada do outro lado da cama de barriga pra cima roncando.
- Adora – A cutuquei com meu pé – Adora, acorda... já tá de noite.
Ela levantou a cabeça olhando para a janela – O que? Onde a gente tá??
-  Como assim?? Você bebeu quando eu não estava vendo? Estamos em Ubatuba.
- Ahn não, a gente perdeu o sábado inteiro na cama?
- Eu não diria que a gente perdeu... Poderíamos ter aproveitado passeando, mas foi bom.
Ela rolou em minha direção e me abraçou bem forte – Desculpa, eu me expressei mal, é que eu queria que você conhecesse mais da cidade. Realmente, nós tivemos uma tarde maravilhosa. Eu... Eu... Ahn, eu nunca achei que você fosse fazer a-a-aquilo...
- Aquilo o que? O boquete?
- É... Eu nunca imaginei que alguém iria querer fazer isso em mim...
- Adora, eu sei que pra você é difícil acreditar nisto, mas você é gostosa pra caralho, você é muito bonita, você tem esse charme meio nerd, meio lento... Caramba você é uma pessoa altamente desejável... Você só não tinha encontrado as pessoas certas, mas fazer o que né?? Azar das pessoas porque você agora é só minha.
Ela grudou nossas bocas, acredito que esse tenha sido o beijo mais fofo que nós demos até hoje, tão cheio de sentimentos, eu passei todo o meu amor nele, o amor dela era palpável também.
- Vamos sair? Tem uma rua aqui que tem vários restaurantes e feirinha de artesanato.
- Mas você ama uma feirinha de artesanato!!
- Sim, eu amo... E tenho certeza que você vai gostar também.
- Bora então...
No fim nós duas acabamos colocando vestidos, calçamos chinelos, eu peguei uma bolsa onde coloquei nossas carteiras e celulares e partimos. Paramos o carro em uma vaga e fomos andando, a tal rua era realmente um charme, toda iluminada, cheia de restaurantes com mesas nas calçadas, a iluminação era meio amarelada o que me fazia pensar nas cidades do interior.
Começamos a andar de mãos dadas e olhamos as barraquinhas com alguns artesanatos, eu tava meio sem grana então não comprei nada, mas adora acabou pegando uns chaveiros pra levar para a Hope, que segundo ela colecionava, uma vela toda diferentona pra Razz e um porta retratos todo estiloso pra Mara. Ela ficou toda feliz com as sacolas na mão.
- Agora quem que tá parecendo uma criança??
Ela abriu e fecho a boca algumas vezes – Touché...
Continuamos caminhando mais um pouco até que encontramos um barraca que fazia batidas com frutas naturais e resolvemos comprar duas e ficar observando o mar e o céu. Ficamos por lá algum tempo até a fome apertar, acabamos decidindo por uma pizzaria e Adora sozinha comeu mais da metade da pizza.
- Que foi? – Ela me perguntou depois de pegar o quinto pedaço – Eu fiz exercício demais a tarde toda... Ou você acha que é fácil te satisfazer??
Dei uma tapa em seu braço, mas foi dando risada, ela era palhaça demais. Depois de comer ainda tomei mais uma batida enquanto a loira decidiu tomar uma cerveja, andamos mais um pouco pelo calçadão. Depois voltamos para o apartamento e dormimos de conchinha, com ela me abraçando por trás.
Acordamos cedo e mais uma vez fomos para a praia, desta vez levamos protetor solar, esteira e guarda-sol. Ficamos um bom tempo na água, estava ainda mais gostoso hoje, a água mais clara, me lembrava os olhos da loira ao meu lado. Eu nunca imaginei que fosse gostar tanto do mar, apesar de muito salgado, toda hora que eu saia tomava quase uma garrafa de água.
Mas como nada dura para sempre, já era mais de 14 horas quando recolhemos nossas coisas, passamos no apartamento para tomar banho, arrumar tudo lá e pegar nossas coisas. Paramos em um restaurante pra comer alguma coisa e pegamos a estrada.
Chegamos em Campinas já estava escurecendo. A loira me levou até a portaria da moradia, eu estava tão triste em ter que me despedir.
Não duas rimos muito, esse final de semana não poderia ter sido melhor, estar na companhia da minha namorada era perfeito: nós morríamos de rir quase que o tempo todo, toda vez era uma surpresa atrás da outra, sempre tínhamos mil assuntos para conversar e a conversa nunca morria, além do que, tinha uma química gigantesca entre a gente.
Por mais que só tivessem passado dois meses, eu não conseguiria mais me ver longe da Adora, essa loira tonta surgiu pra virar minha vida de pernas pro ar, mas de uma forma maravilhosa. Era impossível não a amar.
- Ahn, foda-se... Vem pra casa comigo!- Ela estava com aquele sorriso amplo, que me desmontava toda – E só pra você saber: Isto não foi uma pergunta...
- Eu a-do-ra-ria – Ela virou os olhos dando uma risada nasal – Mas eu acho que tô abusando, eu praticamente não saio mais da sua casa.
- E daí?? Por mim você viria era morar comigo de vez... – Eu a encarei com as sobrancelha erguidas, sem saber o que dizer – Ahn, quer dizer... Ahn quer saber?? Foda-se mesmo... Eu disse isso de verdade, pode ser cedo e o caramba a quatro, mas se dependesse de mim eu chamava você pra ficar comigo de vez. Talvez seja melhor eu conseguir um emprego...
- Adora, não – Eu a interrompi e ela ficou meio em choque olhando pra mim – Não que eu não queira isso também, mas não acho que você deveria arranjar emprego, você tem que se focar na faculdade.
- Mas você trabalha...
- Quatro horas por dia, em um emprego que eu tenho várias vantagens por ser em uma biblioteca... Olha, eu realmente amo passar o tempo com você, não achei ruim a proposta da gente morar juntas... Quando a gente estiver mais pro fim da faculdade quem sabe?? Eu tô conseguindo guardar uma grana.
- Daqui dois anos nós vamos praticamente morar no hospital, se nós continuarmos em grupos de estágio separados nós nunca mais vamos nos ver...
- A gente ainda tem dois anos de aulas teóricas antes disso. E outra... Ahn sei lá... – Abri a porta do carro e fui saindo – Você me espera aqui??
- Onde você vai?
- Vou pendurar as roupas molhadas e pegar mais umas roupas pra hoje e amanhã, ahn e pegar meu material da faculdade.
- Você vai comigo então??
Dei uma risada nasal – Vou sim Adora, vamos prolongar esse fim de semana...
Mais uma vez ela abriu aquele sorrisão – Pega roupa pra mais dias??
- Isso foi um a pergunta?
- Foi?? – Ela falou estreitando os olhos levemente e inclinando a cabeça.
Nós duas demos uma gargalhada.
- Você é terrível Adorada... Quantos dias você quer que eu passe com você?
- Se você me deixar escolher eu vou abusar... Três dias?? Eu juro que quarta eu te deixo em casa depois na minha aula de circo... É bom porque eu fico amanhã e depois na biblioteca estudando pras provas.
- Falando em prova, agora a gente vai pra sua casa estudar! Nada de amassos quentes...
- Mas Catra!!
- Isto não está em discussão, me espera aí...
Depois de meia hora eu voltei e ela estava dormindo no carro, a acordei com vários beijos no rosto e fomos pra sua casa. O pessoal lá já estava acostumado comigo, eu me sentia mais em casa com eles na República do que na minha casa na moradia, eles eram bem mais simpáticos pelo menos, mas eu não conseguia deixar de me sentir invadindo o espaço.
Chegamos e o pessoal estava na mesa jogando mal-mal e bebendo cerveja, era um bando de doido. Nós teríamos prova amanhã...
A loira já foi puxando a cadeira e querendo sentar, mas eu após cumprimentar todo mundo já fui a puxando pela orelha – Nem pense...
- Mas Catra...
Fomos entrando no quarto e só pra provocar eu tirei a blusa e estava sem nada por baixo – Você tem certeza que vai voltar pra sala pra jogar com seus amigos?
Suas pupilas na hora dilataram – Eu achei que a gente não fosse ter amassos quentes!
- Talvez eu tenha mudado de ideia.
Sorrindo ela arrancou a própria blusa foi avançando em minha direção – Eu amo você.
- É difícil não amar esse corpo – Dei um passo pra trás.
Ela parou e arrancou a bermuda – É difícil mesmo – Ela disse avançando um passo.
Dei mais um passo para trás chutando pra longe meu shortinho. Ela sorriu e tirou o top esportivo – Você tá me provocando gatinha?? – Deu mais uma passo a frente.
Eu dei o sorriso mais sacana que eu consegui, depois dei mais um passo me afastando e virei de costas, fui agachando lentamente enquanto arrancava a calcinha. Mal levantei e senti ela grudando seu corpo no meu enquanto mordia minha nuca, a loira estava ainda usando a cueca mas já conseguia sentir uma ereção contra minhas costas.
- Eu achei que a gente fosse estudar...
- Temos a noite toda pra isso Adora... Agora vem e me come.

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