parte 3 (continuação

17 0 0
                                    

-mais prometo voltar em breve para ver se esta tudu bem.- querendo parecer mais convincente,emendou: - amanhã tenho reunião de negócios e não posso perdê-la por nada.
-amanhã não e feriado de carnaval?indagou a senhora.

O homem pareceu ainda mais nervoso e suas bochechas coraram.
-pois é!não e mesmo? Esses homens de negócios não respeitam nem feriado!

Raul despediu-se de todos apresadamente e voltou para i carro.Ao dar a partida na lata-velha,o motor pipocou e ele partiu com um tchauzinho apressado para fora da janela.

A convite da avó,tibor e satir pegaram suas malas e entraram na casa.
Foi  só colocarem os pés no tapete do hall para sentirem que as coisas talvez começacem a melhorar na vida deles.
    Satir viu o reflexo dos três entrando na casa,ne um espelho que ficava bem na frente da porta,e achou que pareciam mesmo uma familia de verdade.

Ela estava cansada do orfanato e sentia falta de uma familia reunida.
  O lugar tinha uma aparencia e acolhedora.o piso de madeira escura era coberto  de tapetes desenhados em tons vermelho.as paredes eram amarelas e tudo parecia muito limpo e arrumado com capricho.
  -gostaram os presentes que mandei pelo Raul? -perguntou  Gailde  ao fechar a imaginei que iriam gostar de celulares. -os dois fizeram que sim com a cabeça e agradeceram. E ela emendou: -confesso que não sei mexer muito bem, pedir ajuda a Raul para comprá-los.

O crepitar de fogo logo chamou a atenção de tibor. Viu que ele vinha de uma lareira acesa na parede dos fundos da sala e mantinha o ambiente numa temperatura agradável. Na frente da lareira, havia uma cadeira de balanço estofada com os apetrechos de tricô da Avo. Tibor imaginou que aquele deveria ser o passatempo favorito dela.

Abajures antigos enfeitavam a sala com bom gosto. Os olhos dos garotos registravam tudo com deslumbre, mas o que mais os impressionou foi a mesa do café que avó havia preparado para a chegada deles. O estômago dos dois reagiu com o mesmo entusiasmo -roncou alto de expectativa.
  Havia de tudo naquela mesa. Quatro tipos de bolo: milho, fubá, cenoura e chocolate. Café, achocolatado, chá. Tiburi reparou que o leite era espécie gorduroso, diferente do que costumava tomar.

Os dois irmãos não se lembravam de um dia ter visto uma mesa tão farta como aquela, e só para eles. Nos primeiros minutos, o silêncio pairou sobre eles. Tibor e satir  nem tocavam direito na comida, mas querendo não parecer mal-educados.gailde deve ter persebido,pois logo foi dizendo:
  -ora,achei que estivessem com fome! Fiquem avontade., Meninos. Fiz isso especialmente para vocês, se não comerem vai estragar tudu;o que será um pecado por que esse bolo de cenoura está realmente...
-ela enfiou um pedaço inteiro na boca completou com a boca cheia...divino!hummmn
Isso bastou para que as crianças deixassem de lado a vergonha e se fartassem,com o prazer,de todas aquelas guloseimas. Por fim,tibor sentiu-se até triste de tanto comer

o oitavo vilarejo Onde histórias criam vida. Descubra agora