parte 4

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Depois da refeição foram para a sala e  gailde se sentou em sua cadeira de balanço, começando um tricô rápido e automático. Satir esparramou-se no sofá e tibor, ainda com pesadelo na mente, deitou-se no tapete, mantendo uma distância segura das labaredas da lareira.
  -tive medo de nunca encontrá-los-falou Gailde de nossa! Vocês cresceram muito desde a última vez que os vi, mas é claro que não se lembram não é? Tibor ainda era bebê e satir estava começando a dar seus primeiros passinhos.
 
-porque não procurou a gente antes! O que fez a senhora ficar longe por tanto tempo?-perguntou satir.
  A avó colocou tricô de lado, olhou para menina e com suspiro explicou:
  -meu filho Leonel Lobato... Ai, que saudade dele!...-respirou ela com olhar de ele sempre gostou das matas, com certeza puxou o avô. Leonel casou-se com r
Hana. A mãe de vocês era como ele; ambos amantes da natureza. Resolver um dia largar tudo, a vida na cidade, seus empregos para viver com agrupamento de ciganos. Eu disse que seria loucura, estava com dois filhos pequenos e talvez não fosse seguro. Sugeri que viessem morar aqui comigo, afinal este sítio é enorme e caberia  todos nós mas eles estavam entusiasmados demais para desistir da  ideia.-ela abriu um sorrisinho triste.-foi bom para eles, enquanto durou. Sinto muita falta deles... Às vezes ainda parece que estão viajando.Acampando aqui e ali aproveitando a vida, como sempre quiseram. Difícil para mim, não tínhamos quase nenhum tibor notou que os olhos dela começava a marejar-soube a tragédia pela TV. Chorei demais e fiquei tão arrasado que acabei até me afastando do aparelho. Como pode ver não tenho TV aqui.

Nessa hora tibor  ficou um pouco desanimado, mas depois se lembrou que tinha vivido tanto tempo no acampamento sem televisão que certamente não sentiria falta. Estava acostumado.

-como todos os documentos foram queimados no incêndio, as autoridades mandaram vocês dois para o orfanato. Comecei então a procurar nos orfanatos próximos do acampamento, mas tive alguns...-nesse momento gailde levou as mãos ao pingente verde que carregava no pescoço e o movimento não passou despercebido para sátir-contratempos que me impediram de continuar a busca por vocês sinto muito por te  deixado dois anos naquele  orfanato. Vou fazer o que puder para compensar isso.-ela secou as lágrimas e abriu um sorriso contente.

-quero que seja feliz aqui!-disse por fim voltando a tricotar.
Passaram algum tempo, medido apenas pelo crepitar da brasas da lareira, satir perguntou:

-que tipo de contratempo a senhora teve?
-satir!-advertiu tibor, achando que a irmã estava sendo enxerida.
-tudo bem tibor.-tranquilizou o Gailde colocando as agulhas sobre a mesa de é justo que saibam o que obrigou vocês a ficar naquele orfanato por muito tempo. Imagino que não gostasse de lá certo?

Os dois disseram que sim com a cabeça quasse sem  pensar

-eu que sou tudo o que resta na família de vocês. Pena que esse assunto existe algum pouco de-ela apareci escolher a palavra cuidadosamente -...conhecimento.
Um silêncio cheio de expectativas pairou no ar enquanto os dois esperavam a avó continuar.
  -como assim?-perguntou tibor ansioso.
-vocês precisam saber que existem coisas que não dá para explicar com ela fez uma pausa para encontrar o melhor jeito de falar e continuou:-é preciso ver para entender. Hoje é domingo e imagino que em breve vocês saberão que eu estou falando.

  Satir e tibor não engoliram a explicação, e com certeza aquele assunto ficaria esses pensamentos por um bom tempo.

-eu prometo que vocês sabeirão, mas talvez ainda não seja a hora certa.- completou gailde já puxando outro estou vendo uma pessoa para ensinar vocês, não podem ficar sem estudar! A mãe de um garoto da vila é professora seria ótima opção para vocês.
-estudar? Mas que droga!-reclamou tibor, voltando a atenção para lareira.
-meu nobre rapaz o saber é a grande virtude de um ser!
-eu sei,  eu sei. Você não gosta de estudar!-falou prefiro a liberdade.

- ha ha!hhhaa!-riu gailde  com vontade.-pois então, prepare-se! Neste sítio, você vai implorar pelo pouco de paz que um bom livro pode proporcionar. Isso eu garanto.
-rá! Disso eu duvido!-brincou tibor.

E todos riram na sala

A conversa foi por diversos contou sobre coisas que o pai deles aprontava na adolescência, tibor e sátir contaram coisas sobre o acampamento com os ciganos e como eram tratados no orfanato São Quirino. Logo perceberam que a vida no sítio poderia ser muito boa, pois os três estavam se dando muito bem.
Enquanto a noite passava pela conversa deles, a lareira baixou se fogo e as sombras ondulantes esparramados pelas elas foram se tornando maiores.

-deve estar com sono crianças! Ficamos tão entretidos com a conversa que nem mostrei o resto da casa para vocês, agora devem estar cansadas se ela tentasse mostrar os cômodos dormiram no os dois sorriram para ela concordando; estavam com as pálpebras pesadas de sono. Tibor pegou-se até babando duas vezes.

-bom espero que aguenta chegar aos quartos, pois na minha idade, não tenho mais condições de carregá-lo no colo.-brincou gailde, a flagar o neto numa de suas pescadas.
Tibor subiu as escadas atrás de Gailde, seguindo por satir, nem e acabou pensando alto, em dúvida se havia escutado direito.
-quartos? Quer dizer um para cada um de nós?
-mas é claro!-respondeu a avó.
-uau! Nunca tive um quarto só para mim!-exclamou ele, a chegar a porta do seu quarto.

7 teve a mesma reação, somada a um abraço apertado em Gailde avó retribuiu com tamanho intensidade que a menina sentiu, finalmente tudo ficaria bem e poderiam dormir em paz, depois de dois terríveis anos no orfanato.

Descupa gente e muito grande os capitulos então vai demorar assi mem partes mesmo

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