parte 2

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  Os três encararam rurique com  expectativa por um tempi, enquanto o garoto fazia suspense.

-tudo começa na Quaresma!-iniciou magricelo.
Tibor já apurou os ouvidos, imediatamente interessado, e um arrepio subiu pelas espinhas. Avó tinha comentado algo sobre aquela palavra, mas já não lembrava que era.

-a quaresma é um período de, mais ou menos 40 dias, em que as coisas estranhas acontecem e principalmente por aqui.-rurique fez uma pausa e olhou para os dois, enquanto satir avaliava-se sua batata-doce já estava boa para comer. Quando viu que tinha toda atenção dos irmãos o garoto continuou

-mexendo no período da Quaresma comecem no dia 17 de fevereiro.
-que dia é hoje?-interrompeu tibor, já sentindo medo estranho se erguer dentro dele. Deu uma boa golada no refrigerante para disfarçar.
-terça-feira, dia 16. Amanhã será quarta-feira de cinzas, esse é o terceiro dia que estão aqui-disse rurique. Glup! Foi só um que veio da garganta de tibor ao engolir o refrigerante de e a quaresma termina no dia 2 de Abril na sexta-feira da paixão.

-Que tipo de coisas acontece por aqui?-perguntou satir, sem demonstrar medo algum.
-ah! Vocês sabem... Coisas-respondeu o menino magricela meio desconcentrado.
-não, não sabemos-retrucou ela, inquiridora.
-nunca ouviram falar de uma tal mula sem cabeça?

  -ah, isso é folclore! É lenda que as pessoas contam-disse tibor.
-e? De onde vocês acham que vieram essas lendas?- indagou rurique

Tibor deu  os ombros

-sei lá! São histórias inventadas.
-que são inventadas, são, mas foram criadas a partir de fatos reais.
-aha! Você quer botar medo na gente com uma historinha de folclore? Tenha paciência!-exclamou satit-alguém quer batata-doce? Já estão prontas.

Ninguém respondeu e rurique  continuou:

-eu mesmo nunca vi, só ouvi. Dizem que ela passa no galope rápido nervosa. Meu pai viu uma quando estava voltando da pescaria no lago cinzenta, que fica no vilarejo do Braz turvo. Disse que era meia-noite e ele veio na direção dele, ele se encolheu rápido no chão, fechou a boca e escondeu os dedos

-porque ele fez isso?-perguntou tibor interessado.
-A mula é atraída pelo branco nos dentes, dos olhos e da unhas. Se ela ver uma dessas coisas ela ataca a pessoa e pode até matá-la-disse rurique fazendo uma pausa ao ver a reação dos irmãos.-meu pai deu sorte, ela passou direto como se ele nem estivesse ali

Satir não acreditou em nenhuma palavra, mas de boa que prestava toda atenção da história olhou para os lados inquieto e não parava de tremer

-não acredita, não é?-perguntou rurique a satir.
-nem um pouco, desculpa.
-pois olhe seu celular!
-meu celular? O que tem ele?-menina
-quando estamos na Quaresma ou perto dela, a maioria dos aparelhos eletrônicos param de funcionar por aqui.não sei qual e a explicação. Olha esse celular e diga se ele está funcionando!

Ela tirou o celular do bolso e viu que estava sem sinal e não estava funcionando.

-não disse?-gabou-se o garoto cheio de si por ter razão.
-isso não prova nada. Como vou saber se, quando chegamos aqui, ele não ficou sem sinal , pois quando colocou os dois para carregar não estava prestando atenção nisso.
-eu sim, coloquei nós dois celulares para carregar e não estavam sem sinal -disse tibor
-Será que não estava mesmo?-perguntou o que quero dizer é que você não sabe com certeza se estava sem sinal, eu escolho colocou os dois para carregar não estava prestando atenção nisso.

Tibor parou para pensar estava começando a dar razão a irmã quando se lembrou:

-mas eu usei o meu no carro na vinda para cá e ele  tinha sinal.
Ela ficou em silêncio por um breve instante completou:
-ainda acho que esse papo de  celular sem sinal não prova nada. Primeiro porque nós não sabemos usar esse negócio direito. E segundo que estamos no meio do nada!-e deu uma mordidinha na batata doce.

-tá bom! Você não quer acredita,mas,quando encontrar a mula,não diga que não avisei,e lembre-se responder os olhos os dentes e os dedos
Os três ficaram quieto e comer as batatas nervosos com exceção talvez satir, que se negava de abrirá mão da sua lógica racional. De repente a fogueira instalou e o rurique começou a dar risada.

-o que foi?-quis saber tibor.-o que é tão engraçado?-rurique rio mais alto.- fala logo!
-sua cara de medo  e engraçada!-respondeu o menino rindo e se desviando de depressa antes que tu botou o acertasse com uma bolinha de papel alumínio-eu concordo que a história é meio medonha, mas também tenho minhas dúvidas se ela é real, apesar de meus pais não gostarem que eu saia nas noites da quaresma. Que eu me lembre, mas tudo via de um boato depois de um tempo.
-então o papo da mula é furado?-quis saber tibor.

-pode ser que sim pode ser que não. Sei mas bem que queria descobrir.
-eu também-disse satir, para tibor surpresa estranhando a atitude da -ora tibor!-exclamou ela piscando os olhos para ele, que não entendeu o plano -o que me diz de uma aventura? A gente podia ir para estrada agora e esperar que essa tal mula apareça o que acha?

De boa pessoa respondeu incerto:

-acho que seja uma boa...
A irmã piscou o olho mais de duas vezes para que ele entendesse o jogo dela

-haa... Tudo bem...-concordou ele pressentindo que estava em apuros.
-legal! E você rurique, o que me diz?

O Rurique manter-se firme fingiu não perceber o plano da garota ela com certeza queria ver se ele era realmente corajoso não vou deixar nenhuma menina zinha da cidade de vir mais corajosa que eu seria um desafio então

o oitavo vilarejo Onde histórias criam vida. Descubra agora