CAPÍTULO 2 - A Fênix, o Budismo e o Samsara

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A Fênix, segundo a mitologia grega, renasceu das próprias cinzas.
Diziam os antigos que o pássaro era tão belo como o pôr do sol e seu canto tão precioso como moedas de ouro aos pés de ninguém.

Esse "ninguém" certamente estaria em êxtase com várias moedas de ouro em seus pés certo?

Antes de sua morte a Fenix entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua alma imaculada.

E foi desse canto que um sábio aprendeu a ciência da música.

Em outro contexto, podemos falar sobre os conceitos do Vajrayana (Escolas Budistas), que explicam para o mundo que eventos não se repetem infinitamente, mas as almas nascem até a salvação.

Já ouviu falar de Kalachakra? Esta passa a ideia de um ciclo interminável de existência e conhecimento. Nascimento, vida e morte, do qual se busca a libertação.

O mundo é tão misterioso, a natureza é tão mágica, o chamado destino tão ilusório.
Todos temos medo do desconhecido, normal pois isso é uma proteção natural e instintiva do ser humano, mas devemos lutar quando este medo prejudica nossos objetivos e impedem nosso progresso.

Deixando isso de lado por enquanto, podemos ver que existe inúmeras teorias, religiões, conceitos abstratos, que falam sobre o renascimento e reencarnação. Algumas pessoas discordam deste termo, outros acreditam e outras repudiam totalmente, mas afinal..... seria ruim você renascer em uma outra época? Ou em outro corpo que não é o seu, ou no corpo do sexo oposto. Já imaginou renascer como um gato ou como um rato? Talvez você possa renascer como um príncipe, assim como nos contos de fada. Também pode nascer como um ser humano marginalizado da sociedade, que tentam ao máximo ignorar sua existência. Imagina você renascer com o mesmo talento de sua vida passada? Seu Talento é escrever? Cantar? Dançar? Ou talvez você que foi médico em sua vida antiga e quando iniciou a nova vida não perdeu suas memórias, você seria chamado de gênio. Tudo isso dependeria do seu destino, aquele que é ilusório e mutável .

Aposto que você nunca ouviu falar do Samsara como metáfora psicológica.

Primeiro de tudo, o Samsara é o fluxo incessante de renascimento através dos mundos, experimentado pelos seres sencientes. O Hinduísmo, o Budismo e o Jainismo o encaram como um fato natural e que pode ser bem doloroso.

Na metáfora, momentos de distração, anseios e emoções destrutivas são momentos em que a consciência morre para despertar em seguida em momentos de atenção, compreensão e lucidez.

Se você permaneceu até neste momento, talvez já entenda sobre o que quero retratar. Então para finalizar esta parte da história vou falar sobre uma curiosidade: A teoria da Reminiscência.

Segundo Platão, o ser humano é formado de uma parte mortal: o corpo, e uma parte imortal: a alma. Antes de habitarmos este mundo, nossa alma habitava o mundo das ideias. Lá ela possuía todo o conhecimento possível, não era ignorante a respeito de nada. No entanto, quando nossa alma se junta ao corpo, ela acaba se esquecendo de tudo aquilo que ela sabia lá no mundo das ideias.
Conhecer é nada mais do que lembrar, trazer de volta as memórias daquilo que já vimos em outro mundo.

São tantas coisas para aprender né?

Coisas interessantes que para alguns podem ser entediantes, mas neste momento Akira não tinha tempo para pensar sobre nenhuma teoria louca, pois estava tendo um sonho além do estranho.

Ele estava vestindo roupas brancas, seu corpo ilusório e provavelmente não palpável.
Estava caminhando em uma fila longa com várias pessoas, muitos atordoados e com diversos murmúrios saindo de suas bocas. Em nenhum momento houve uma pausa de suas ações, eles continuavam andando nesta ponte de madeira como se fossem controlados por algo, um estado realmente estranho.

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