A LUA QUE ENCANTA

CAPÍTULO 9 - Maya e a flor.

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O sol entrava pela janela e dava boas-vindas a um novo dia.

Maya e Torin saíram do quarto de mãos dadas, trocando carícias ao se dirigirem para a cozinha.

- Amor, deixa que eu faço o café da manhã, vá acordar aquele dorminhoco- disse Torin caminhando em direção aos armários suspensos que guardavam os mantimentos.

Abrindo-os, descobriu para seu espanto que estava quase vazio.

- Estamos ficando sem alimentos, você pode ir ao mercado hoje fazer as compras do mês? - disse procurando algo para fazer no café da manhã.

- Já estava no meu plano de hoje querido. - disse ela ficando na ponta dos pés e dando-lhe um beijo rápido que Torin teve que se curvar para receber.

Com um rosto surpreso ele perguntou:

- Você está feliz meu amor?

- Sim, tenho uma família linda e perfeita. Estou muito feliz. - Maya respondeu com um sorriso brilhante e sincero. Sua pequena figura irradiava felicidade.

Então, virou-se para ir ao quarto do filho, deixando o marido com um sorriso bobo no rosto.

Chegando na frente da porta do quarto, disse:

- Filho, você já está acordado? Seu pai está fazendo o nosso café da manhã, você sabe que isso é raro e não podemos perder esse momento em família...

Ela ficou tagarelando na frente da porta até ouvir um barulho de passos, logo a porta foi aberta.

Um rostinho jovem apareceu em sua frente, tão delicado e adorável em sua opinião.

O menino, estava sonolento, esfregando as mãos em seus olhos, sinal que acabou de acordar. Seus lindos cabelos longos estavam desgrenhados e sua roupa de dormir amassada.

Maya, não resistiu a essa fofura, deu um pulo do local que estava e o agarrou, enchendo-o de beijos.

- Filhote, você é tão lindo e fofo, você não dormiu bem noite passada? devo expulsar seu pai esta noite para você dormir com sua linda mãe? - perguntou entusiasmada, sua mente estava pensando em mil maneiras de expulsar seu marido do quarto hoje de noite.

- Mãe, eu fui dormir tarde ontem, e não faça isso com o papai porque ele ficará triste, eu dormirei em meu próprio quarto. - Ele respondeu desamparado, sua mãe sempre encontrava um jeito de mimá-lo, ele não poderia mentir e dizer que não gostava.

- Ok, já que você diz, eu respeito sua escolha. Sinto tanta falta de pegá-lo no colo, mas você cresceu e não precisa mais de mim - Ela disse fazendo um biquinho triste e desolado.

Ele soltou um suspiro, sua mãe quando não conseguia as coisas que queria, optava por fazer chantagem emocional.

- Mamãe, você sabe que eu te amo, talvez já esteja na hora de eu ter um irmãozinho? Eu já tenho 10 anos afinal, e você não pode mais me carregar, eu já estou bem grande para isso. - Disse rindo e dando um beijo em sua bochecha direita, o rosto dela estava atordoado pelo que ele falou.

Ele, como já tinha tirado a atenção dela, virou e correu para o banheiro.

Maya, ficou com aquilo na cabeça, talvez... seja a hora de dar um irmãozinho ou irmãzinha para seu filho?

Depois de pensar por algum tempo, ela percebeu que estava petrificada no local, ainda de frente para a porta fechada.

Então deu uma risadinha e voltou para cozinha, seu filho tinha dado uma boa idéia...