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*narradora*

aquela era uma das cenas mais tristes da vida de jj

o garoto se pergunta, como deixou chegar a esse ponto?

com hematomas em todas as partes de seu corpo, o loiro rolava pela grama junto de seu pai que não estava muito melhor

e cada soco que dava e a cada soco que recebia, o garoto chegara a pensar por um segundo, que talvez, seria culpa dele, sua mãe ter fugido, e não de seu pai, assim como pensou a vida toda

o maybank mais novo se perguntava porque não tinha uma família normal, porque não saía com seu pai para pescar, porque não ia para um campo de futebol jogar junto do mais velho e a pergunta mais intrigante,

porque ele não o amava,

ou melhor,

porque ele o odiava?

-chega- o mais novo diz dando seu último soco e se levantando- acabou, você venceu, não vai me ver nunca mais, assim como aconteceu com a sua esposa, espero que esteja feliz- ele diz adentrando a casa, abrindo uma mochila qualquer e colocando várias roupas dentro sem nem sequer ter tempo para observar o que estava sendo colocado ali dentro

mike estava parado na porta, com um sorriso esboçado em seu rosto e uma expressão de vitória

ele observava cada passo de jj com atenção, sem deixar escapar um movimento do loiro

jj por fim veste uma camiseta qualquer jogada em cima da cama e coloca um porta retrato com uma foto dele junto de seus amigos dentro da mochila, fecha ela, coloca em suas costas e passa por mike que continuava com a mesma expressão

maybank mais novo chegou até a porta e quando iria dar um passo passo fora é interrompido pela fala de seu pai

-se você aparecer aqui de novo, eu acabo com você moleque- ele diz e por fim, sai deixando jj sozinho mas antes do loiro sair murmura um- eu te desprezo

o garoto passa pela porta, depois pelo jardim, pela garagem, e por fim estava na rua novamente

maybank estava eufórico, poucas vezes na vida ele havia se sentido assim, e assim como era raro acontecer, era raro achar alguém que o acalmasse

agora suas mãos tremiam mais do que quando o loiro estava voltando da praia

o calor tomou conta de seu corpo, e jj deixou, por fim, que as lágrimas saíssem

não havia ninguém na rua, ninguém iria o julgar, então naquele momento, lágrimas caiam como uma cachoeira nos olhos do menino

ele sabia que não merecia aquilo, ele sabia que não era culpa dele que sua mãe tenha fugido, e ele sabia que seu pai não merecia o seu amor, mas porque doía tanto? será que a frase "tudo o que você aceita, para de provocar dor" era mesmo verdadeira? se era, então porque ainda doia tanto no coração de jj?

o garoto deu um suspiro aliviado assim que avistou a casa da única pessoa que ele queria ver naquela hora

tentou abrir a porta mas estava trancada, então com dificuldade o garoto se apoiou em uma das árvores e conseguiu chegar até a sacada do quarto da garota

Emma Paker

termino de tomar banho, então coloco uma roupa confortável, converso um pouco com a minha mãe no telefone, mas a conversa não dura muito já que no fuso horário do texas já estava no horário de ela ir trabalhar

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termino de tomar banho, então coloco uma roupa confortável, converso um pouco com a minha mãe no telefone, mas a conversa não dura muito já que no fuso horário do texas já estava no horário de ela ir trabalhar

-tá bom mãe, bom trabalho, beijos te amo, te ligo amanhã- digo desligando a chamada e abrindo o aplicativo de música onde coloco uma playlist com músicas mais calmas

pego por fim pensando em jj, foi muito estranho ele sumir do nada no final da tarde, mas talvez esteja em alguma festa por aí pegando todas as garotas como ele sempre faz

estava quase dormindo quando escuto uma batida, pensei que estava delirando então apenas ignorei e voltei a tentar dormir, quando escuto pela segunda vez, mas desta vez não ignoro, tiro os fones para entender melhor o que estava acontecendo e cheguei a pensar até que era um assalto mas me tranquilizo ao ver a figura de jj do outro lado da janela

ele não aparentava estar nada bem, então corro abrindo a janela indo de encontro ao seus olhos marejados

-jj o que aconteceu?- pergunto preocupada

o garoto que tremia entrou no quarto deixando a mochila no chão

ele não esboçava nenhuma reação, apenas olhava fixamente para algum lugar mas estava pensando em outra coisa

-jj olha pra mim- digo chegando mais perto do garoto, ficando na frente dele com uma mão segurando seu queixo para que o garoto olhe diretamente para meu rosto- o que aconteceu?

Emma quase nunca via jj chorar, mas quando via, algo realmente muito ruim havia acontecido

ela entende tudo, então apenas abraça o garoto, ele tremia de raiva, em sua mente passavam milhões de pensamentos, mas por fora o garoto estava paralisado

-aconteceu de novo emma- ele diz a abraçando forte quase deixando a garota sem fôlego- ele fez de novo- rapidamente a garota entende o que havia acontecido jj apoia sua cabeça no ombro de Emma d
eixando suas lágrimas escorrerem

o loiro não era de chorar na frente de ninguém, mas com Emma era diferente, ele não se sentia julgado, muito pelo contrário, ela sempre o ajudava em suas crises

-eu cheguei lá, queria me resolver com ele, mas tudo que ele fez foi jogar na minha cara que a culpa da minha mãe ter fugido é toda minha, ele me bateu de novo, e de novo, e de novo, e então eu simplesmente disse que assim como ele queria, nunca mais iria me ver- o garoto falava todas as palavras sem pensar e seu raciocínio estava visivelmente mais rápido do que o normal, ele já não estava mais na cama

agora o garoto se encontrava em pé, e prestes a ter um surto de raiva

então Emma levanta e começa a falar tentando passar o máximo de compaixão possível com o loiro

-escuta meu amor- digo colocando as duas mãos em sua bochecha- eu sei que tudo o que você mais queria era uma relação boa com seu pai- eu dizia me aproximando- e eu sei que ele é um filho da puta e mesmo assim você não o odeia, muito pelo contrário, você no fundo ainda o ama, mas ele não merece esse amor jj, seu coração é bom demais as vezes- termino de dizer e o garoto me abraça apertado encaixando sua cabeça em meu ombro

-por que dói tanto emma- jj falou com a voz trêmula

nós nos abraçavamos como se só existisse nós mundo, e naquele momento realmente não existia mais ninguém.


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gnt q dó do meu pitico💔💔

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