Heather | Nosh Beaurrea

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Hoje é o dia da audiência de divórcio do Noah. Durante todo esse tempo ele e as crianças ficaram em minha casa, com isso tentei manter meus sentimentos pelo meu amigo contidos, mas tê-lo ao meu lado constantemente não ajudou nessa missão.

— Caso eu não volte a tempo, pode buscar Oli e Liz na escola? - questiona Noah enquanto ajeitava sua gravata.

— Posso, não se preocupe com isso. Agora você deve ir, tem que estar lá com meia hora de antecedência.

Noah pega alguns documentos e coloca em uma pasta. O acompanho até a porta e quando abro, vejo Sabina, uma amiga da faculdade.

— Oi meus lindos! - a mexicana nos cumprimenta.

— Olá - eu e Noah falamos ao mesmo tempo.

— Preciso ir, foi bom te ver Sabina - Noah se despede entrando no carro.

— Entra - digo e a mesma me acompanha até o sofá da sala.

— Ele parece abalado.

— É compreensivo, ele está no meio de um divórcio. As crianças é que estão um poço de felicidade, parecem nem lembrarem da mãe.

— Se ela era como eu fiquei sabendo, também não ficaria triste. Mas e você, como tá se sentindo?

— Sinceramente, não sei. Passei tempo desejando que eles não estivessem mais juntos, porém agora parece nem fazer diferença. Já me conformei que nunca serei correspondido.

— Isso é tão triste, passar tantos anos na friendzone - Sabina diz me fazendo rir.

(...)

— Papai! - Oliver e Liz dizem juntos correndo em minha direção.

— Oi meus anjinhos. Como foi a aula?

— Muito chata, se pudesse nunca mais voltava aqui - Liz responde.

— A minha foi muito legal. Podemos tomar sorvete? - Oliver indaga.

— De jeito nenhum. Vocês já extrapolaram limite de doces por semana - digo colocando o cinto em ambos. Após isso dou a volta e sento no banco do motorrista, dando partida no carro.

Durante todo o caminho (que não é longo) eu e as crianças fomos cantando algumas musicas da barbie. Quando chegamos, ajudo os dois a decerem do carro seguimos até a casa.

Assim que abro a porta vejo Noah sentado no sofá. Liz e Oli correm na direção dele e o abraçam, indo ambos para o quarto depois.

— E então, como foi? - pergunto.

— Difícil. Ela já está planejando ir embora para outro país com o novo namorado.

— E as crianças?

— Vão ficar comigo. Ela disse que não queria visitar e nem se despedir.

— Nossa, confesso que não esperava por isso.

— Nem eu - diz deitando sua cabeça em meu colo - Faz cafune, por favor! - pede e eu começo a fazer carinho em seu cabelo.

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