Continuação

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Sua voz era suave e sem pressa, poderia passar o dia ouvindo ela tocar.
Voltamos para casa algum tempo depois, no meio do caminho começou a chover e ela olhou pra mim e sorriu.
-Topa uma corrida até lá em casa?
Pode ser. Falei dando de ombros.
Começamos a correr no meio da rua, sentindo nosso corpo ficar encharcado, chegamos na porta de casa molhados e ofegantes, nos olhamos e começamos a rir, por algum motivo que nenhum dos dois sabia qual era.
Entramos e tiramos os calçados e fomos trocar de roupa.
Deitei no colchão e fiquei pensando na nossa tarde desde o natal passado.
Atualmente

-Fernando!
Sai dos meus desvaneios  com a voz da lilith me chamando, levantei da cama e desço as escadas.
-Me chamou lilith?
Não não, chamei a parede seu imbecil. Óbvio que foi você!
-Como posso te ajudar?
-Toma. Ela bateu dois papéis no meu peito, um era a permissão escrita para sair  o outro era uma lista de compras.
-Há menos que você seja um idiota ou esteja no maternal você sabe o que fazer.
-Sim senhora.
Ela saiu em direção ao escritório do pai e eu saio de casa, vou para o mercado e compro tudo que precisa e volto algum tempo depois.

Traidor do próprio sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora