O amor que nunca foi meu! Parte 02

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Marília

Não... não.. não..

O carro dela, girava violentamente, até parar de vez. A culpa era toda minha, eu matei o amor da minha vida. 

Quatro meses atrás..

– Mãe, reparou como a S/a mudou comigo? - Disse chateada, após a mesma recusar pela décima vez sair comigo, só essa semana. – Ela nunca foi distante desse jeito! - Disse meio emburrada.

Eu realmente não entendia, ela nunca foi desse jeito.

– Ela deve ter os motivos dela né, filha? - Disse, um pouco descontente. – Esse rapaz, o Matheus, não desgruda de você um segundo sequer. - Falou.

– Uai, mas ele é meu namorado né? - Disse quase rindo. 

– É eu sei, mas você deveria olhar mais para os lados, sabe? - Disse pensativa. – Garanto que se você soubesse da verdade, seria tudo diferente. - Me olhou bem no fundo dos meus olhos.

– Ih, não estou entendendo mais nada. - Falei enquanto comia. 

– Você vai entender na hora certa, você vai entender. - Disse, enquanto beijava meu rosto. 

Que estranho, na verdade, tudo está bem estranho desde do aniversário da minha mãe. Eu realmente fiquei feliz pela S/a, e pela Mara. Mas eu sinto falta dela, de compor com ela, de sairmos, para os rolês mais aleatórios do mundo, sinto falta, de quando ela me chamava para conhecer um restaurante novo. Sinto falta dela aqui em casa quase vinte quatro horas. Eu sei que agora eu estou namorando e ela também, mas isso não deveria ser desculpa para deixarmos de nos ver. 

Após terminar a refeição eu subo para o meu quarto, meio triste, não sei explicar direito, só queria minha amiga de volta, só isso. Não faço ideia do que a minha mãe possa estar falando, eu sei namorar o Matheus, é horrível pra ela, por que eles meio que já se alfinetaram, mas aconteceu, eu não tive como controlar. 

Sou tirada dos meus pensamentos, quando meu celular começa a tocar, era a Luísa. 

– Oi Luh, qual é boa? - Disse, ouvindo ela rir, logo em seguida.

– Estou em Goiânia, sabe o que significa? - Disse alegremente. – Vamos sair, loirinha daqui uns trinta minutos eu estou aí! - Disse, eu só concordei, queria mesmo uma noite diferente. 

Não me demorei muito e antes dos trinta minutos eu já estava pronta, pouco tempo depois e a Luísa havia chegado. 

– Que saudade, Malilia. - Disse me abraçando. – Você chamou a S/n? - Perguntou após seguir com o carro. 

– Não, ela está toda diferente pro meu lado agora. - Disse enquanto olhava para a paisagem.

– Sério? Sapata é fogo. - Disse, rindo. 

– Seríssimo, nem compondo comigo ela está, você acredita? Minha melhor amiga. - Disse não notando a raiva se esvai nessas palavras. 

– Calma, Mah. - Disse me olhando. – Acontece, você sabe que quando a S/a, quando está com problemas, ela se fecha para o mundo, e o jeito dela. - Disse enquanto prestava atenção na estrada.

– É eu sei, mas poxa, eu sou a melhor amiga dela, ela deveria saber que pode me contar qualquer coisa. - Minha voz estava mais baixa agora. 

– Ou quase tudo. - A Luísa disse mais baixo, mas não o suficiente para que eu pudesse ouvir.

– O quê? - Perguntei mais ela negou com a cabeça. – O que vocês tanto escondem de mim, sério? Primeiro a minha mãe com umas charadas nada haver, sobre verdades, enfim, agora você com isso, o que é que vocês querem me contar? - Perguntei olhando pra ela, mas minha amiga só riu. 

Mundo Para Marília - One Shots.Where stories live. Discover now