Labirinto

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Olá gente a quanto tempo não é?
Bom eu vos apresento Labirinto, um novo projeto, postaria aqui o primeiro capítulo e se vocês gostarem , eu posto a história individualmente tá bom?

Um beijo e espero que vocês gostem.

Narrador

A cena que desdobrava diante de seus olhos desencadeava uma avalanche de sensações avassaladoras. O seu corpo, agora um mero espectador impotente, parecia ser dominado por forças desconhecidas. Uma onda de náusea percorria-lhe o estômago, enquanto sua mente lutava para compreender o turbilhão de emoções que a invadia.

Cada segundo, dilatado e distorcido, parecia conter uma eternidade de tormento. Ela ansiava por retomar o controle, por recuperar a firmeza que lhe fora arrebatada. Mas, naquele instante, tudo o que restava era uma sensação de impotência, como se suas mãos estivessem amarradas por cordas invisíveis.

Então, num instante que pareceu congelado no tempo, as lágrimas brotaram, reluzindo como cristais salinos. Era uma manifestação de angústia e dor, uma fuga inevitável para a torrente de sentimentos que a consumia. O calor do ódio, ardente como brasas vivas, tingia seu rosto de um vermelho intenso. Gritos silenciosos se formavam em sua garganta, desejando ser liberados como uma tempestade selvagem. E, no entanto, foram subjugados pela fragilidade que a envolvia.

Ela se sentia diminuta, tão frágil quanto uma pétala ao vento, tão vulnerável e suscetível ao mundo ao seu redor. Em um turbilhão de desamparo, a única resposta que encontrou foi o choro. As lágrimas fluíam, um testemunho líquido de sua dor, uma rendição à força dos sentimentos que a esmagavam.

Os dois corpos entrelaçados naquela cama encararam-se, surpresos e talvez até assustados. A mulher ruiva, cuja presença outrora julgou como amiga, recolheu suas roupas com uma velocidade invejável, como se buscasse escapar do flagrante que a condenava.

A frase inevitável, "Eu posso explicar!", ecoou pelo quarto, trazendo consigo a carga pesada das traições e das tentativas vãs de justificativa. Mas, no âmago daquela situação, a verdade era implacável: não havia explicação que pudesse amenizar a traição, nenhuma justificativa que pudesse apagar a dor infligida.

"Não perca o seu tempo!", disse a mulher, atônita. Seus olhos fitavam a traidora com uma mistura de descrença e desespero. Cada palavra carregava consigo uma avalanche de decepção e uma promessa de separação iminente. Era o fim de uma relação que se desfazia em cinzas.

Um último olhar foi lançado à ruiva encolhida no canto do quarto. Seus olhos, avermelhados pelo choro e pela fúria, encontraram-se com os daquela que a traíra. Naquele instante, o olhar carregava um peso quase mortal, expressando um turbilhão de emoções indizíveis.

Era um olhar de desapontamento, de tristeza e, acima de tudo, de profundo ressentimento. O fogo do ódio ardia nas profundezas de seu ser, alimentando a sensação de traição e injustiça. Naquele olhar, havia uma mistura de dor e determinação, uma promessa silenciosa de que aquele capítulo estava encerrado.

Enquanto a ruiva se encolhia, buscando abrigo na sombra de suas próprias ações, o quarto se encheu de um silêncio pesado, impregnado de desolação e destruição. Naquele momento, duas almas haviam sido dilaceradas, suas histórias entrelaçadas de forma irremediável.

A traição estava consumada, e as cicatrizes emocionais perdurariam por muito tempo. Naquele instante, o destino selava o fim daquela conexão, deixando apenas um rastro de dor e a lembrança do olhar quase mortal que testemunhou o colapso de um relacionamento.

"S/n, por favor, volte!", gritou Melissa, correndo atrás dela numa tentativa desesperada de impedir sua partida. Contudo, suas palavras foram levadas pelo vento enquanto o elevador se fechava diante de seus olhos impotentes. A frustração tomou conta de seu ser, e um soco irado foi desferido contra a porta de metal.

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⏰ Last updated: Jul 06, 2023 ⏰

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