Me perdoa? (Parte 02)

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Olá pessoas como vocês estão?

Bom eu espero que bem, só para avisar para vocês que vai ter (Me perdoa/parte 03!

Votem e comentem assim eu volto mais rápido.

Amo vocês!

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S/n

Não me lembro quando adormeci nos braços da Jade, eu estava tão cansada, tão fraca, que só fechei os olhos e deixei  o peso do mundo parecer me sufocar. De longe eu pude ouvir os sons da sirene, mas não conseguia me mexer, só senti meu corpo ser deslocado, com nenhuma delicadeza. 

O alívio veio logo depois.

Agora posso sentir meu corpo completamente relaxado, em uma superfície fofinha, demorou mas que alguns segundos para que eu pudesse abrir os meus olhos, tentava a todo custo focar em alguma coisa mais a claridade me incomodava um pouco, mas com o tempo acabei me acostumando. A primeira certeza que tive, foi que eu literalmente não estava em casa, as paredes brancas me traziam lembranças desagradáveis, uma leve pressão no peito.

Hospitais.

Eu não tinha boas recordações de lugares como este, tudo aqui deixava o meu peito mais pesado, e meu coração mais acelerado. Analisei todo o quarto me deparando só agora que eu não estava sozinha, a Jade estava dormindo em uma poltrona um pouco mais afastada da minha cama, e para minha surpresa minha mãe também estava aqui, ela  mexia no celular despreocupadamente. 

Quanto tempo eu dormi? 

Ela não havia percebido que tinha acordado, meu corpo estava cheio de fios ligados em aparelhos, acabei suspirando audivelmente, o que chamou a atenção da minha mãe. 

– Meu amor. - Ela disse apressada vindo em minha direção.  – Que bom que você acordou, bem! - Seu olhar era uma mistura de amor e medo. – Eu fiquei com tanto medo. - Suas lágrimas molhavam sua face. 

E eu me sentia tão culpada.

– Me desculpe. - Falei sentindo minha voz quebrar, minha garganta estava seca. 

– Está tudo bem agora meu amor, a mãe está aqui com você, você não precisa passar por isso sozinha. - Ela fazia um carinho em meu rosto. – Não mais! - Completou. 

Sem permissão alguma lágrimas caíram dos meus olhos, e eu me permiti só agora desabar, era isso, eu não precisa mais segurar o choro, eu não precisava mais fingir, está bem!

Nesse meio tempo a Jade já havia acordado, ela segurava a minha mão. 

– Desculpa por isso, irmãzinha. - Falei em meio às lágrimas. – Não era para você ter me visto daquele jeito. - Ela negou. 

– Não precisa se desculpar, você não tem culpa do que aconteceu, você não está mais sozinha. - Minha mãe me olhou novamente com um sorriso triste nos lábios. 

Não era a primeira vez que estávamos aqui, não era a primeira vez que ela passava por isso, que nós passávamos. 

Passamos mais alguns minutos até o médico ser chamado. 

– Olá, bom dia, fico feliz que tenha acordado S/n. - Disse de forma tranquila. – Primeiro é preciso explicar que a  perda de peso impulsionada pelo transtorno é extremamente perigosa. Pode provocar baixas na imunidade, enfraquecimento dos músculos e dos ossos, interrupção da menstruação, arritmia cardíaca e convulsões. O quadro chega a ser inclusive fatal em 15% dos casos. - Falou enquanto suspirava, minha mãe segurava em minha mão. – Mas ainda bem que você veio antes que esse quadro se agravasse ainda mais, agora vamos dá a devida atenção, você ficará algum tempo conosco, precisamos fortalecer seu sistema imunológico, e ainda precisamos fazer mais alguns exames, mas fique tranquila, em breve você estará em casa. - Falou a última frase enquanto me olhava. 

Mundo Para Marília - One Shots.Where stories live. Discover now