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Um andar solitário

Que no mundo habita

Que no peito arde

Que no ser se faz

Um andar solitário

Que nos olhos consome

A dor do amor

Um andar solitário

Que encontra a alegria

E se deixa sentir

Que no observar do mundo

As coisas se tornam mais belas

E a beleza nunca vista

Se faz pelos esquadros de quem ver

Um andar solitário

Visto das janelas dos quartos

Das janelas dos carros

Das telas na parede

Do quadrado da lente

Um andar solitário

Que em segundos se desfaz

Que no sentir, some

Que no ficar se sente

Que expressa os sentimentos de dentro

E as esperanças do amanhã

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Laís Mendes

Retomada poéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora