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Eu e Josh estávamos deitados no chão de frente à lareira acesa

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Eu e Josh estávamos deitados no chão de frente à lareira acesa. Tínhamos acabado de transar pela terceira vez naquela noite e ficamos abraçados debaixo do cobertor. Ele dormiu rapidamente e eu fiquei dedilhando seu braço que estava sobre mim. Apesar do clima frio, eu me sentia confortável.

Comecei a pensar em como ele havia desabafado sobre o seu pai comigo mais cedo. Sempre achei que ele fosse um livro aberto para mim, mas eu estava errada. Assim como eu, Josh também tinha os seus pesos. Creio que todo mundo tenha algo ruim para carregar, por mais diferentes que suas dores sejam. Errei em pensar que estava sozinha, eu nunca estive sozinha.

Devagar, eu me desvencilhei de seu abraço e levantei, começando a ir até o quarto. Peguei meu celular e abri a agenda no número da minha mãe, que salvei assim que cheguei na fazenda. Depois que Josh me contou sobre seus problemas, eu pensei se meu primo Bailey também não teria os dele. Certamente ficar desempregado seria uma grande dor de cabeça.

Apertei no verde e coloquei o celular contra a minha orelha, sentindo minhas mãos começarem a suar e meu coração bater mais rápido do que estava há um minuto atrás. Vai ser rápido e eu iria deixar claro que aquilo não era por ela.

Alô?—sua voz estava sonolenta.

— É a S/n.

Você não dorme? Que horas são?

— Não vou me desculpar por ter te acordado. Apenas escute, ok? — ela ficou quieta, me dando espaço para continuar. — Primeiro quero deixar bem claro que isso não é por você. Eu quero dar uma chance ao Bailey porque sei que posso fazer algo e ficar de braços cruzados não é uma opção. Não vou prometer nada, eu
quero conhecê-lo primeiro, saber se ele é uma boa pessoa.

Apenas boas pessoas merecem uma renda mensal? — eu podia ouvir a ironia na sua voz.

— O emprego que tenho em mente para ele o manteria perto de mim durante grande parte do tempo e eu definitivamente não quero ter alguém tóxico na minha vida. Já tive experiências demais.

—  Hum... ok. Eu vou dar o seu número para o Bailey e ele te liga amanhã.

—  Diga para ele me ligar daqui a uma semana, eu não estou na cidade.

Tudo bem... uh... obrigada. — talvez sua primeira palavra gentil para mim e mesmo assim, isso me irritou. Eu a conhecia e isso era totalmente forçado.

— Não me agradeça. Já disse que isso não é por você. — desliguei sem esperar nenhuma resposta da parte dela.

Retornei para a sala e observei Josh dormir. Ele parecia
calmo, tinha um sorriso de canto quase imperceptível. Talvez ele estivesse sonhando. Sentei ao seu lado e acariciei seu rosto com as pontas dos meus dedos, dedilhei cada centímetro de sua pele até chegar em seus lábios. Sentia como se borboletas voassem em
meu estômago apenas por observá-lo e por um momento, eu senti medo.

 𝐏𝐋𝐀𝐘 𝐃𝐀𝐓𝐄, Josh B.Onde histórias criam vida. Descubra agora