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Depois de me prenderem por todo o resto do dia, me deixaram sair quando o sol já estava se pondo, já que Thomas, por algum motivo, resolveu que não iria prestar queixa contra mim

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Depois de me prenderem por todo o resto do dia, me deixaram sair quando o sol já estava se pondo, já que Thomas, por algum motivo, resolveu que não iria prestar queixa contra mim. O que ele pretendia com aquilo? Qual era o seu joguinho? Eu ficaria atento.

Tudo o que eu queria era chegar em casa, tirar os meus sapatos e tomar um banho longo e frio. Estava com as mesmas roupas desde de manhã e me sentia bem desconfortável com o suor que acumulei durante o dia.

Quando abri a porta do meu apartamento, vi que meus planos de relaxar em paz não seriam concretizados. Senti um cheiro de ensopado bem temperado, provavelmente ainda cozinhando. Fui até a cozinha e vi S/n de costas, mexendo a panela, descalça, o cabelo preso num coque desalinhado e usando uma de minhas
camisas que caía sobre seu short curto.

- Noah me disse que você ia sair e eu resolvi preparar o jantar. Deve estar muito cansado para isso. - falou sorrindo. Eu queria mandá-la embora, mas aquele maldito sorriso somado à essa gentileza me amoleceram.

- Eu vou tomar banho. - falei mantendo o rosto sério. Não queria dar o braço a torcer com ela.

Só para me certificar de que ela não me tentaria, deixei a porta do banheiro trancada. Enquanto a água caía sobre mim, pensei em tudo o que vinha acontecendo e principalmente no sermão que Noah me deu quando eu liguei para ele e avisei que estava preso.

"Ela não ama você. Pare de se arriscar por ela!"

Eu deveria mesmo parar. Deveria parar com tudo aquilo. Essa noite, eu trataria a S/n com o máximo de neutralidade possível. Ainda não teria coragem de dizer que não quero mais transar com ela, mas acho que a minha indiferença vai ser o suficiente para fazê-la não avançar em mim. E mesmo se ela usasse o sexo para
me persuadir, eu seria forte. Me sentia mais forte do que jamais fui.

Vesti uma calça de moletom e uma camiseta preta. Penteei meus cabelos para trás e retornei à cozinha, onde ela já estava servindo o ensopado em dois pratos à mesa. Sentei em uma das cadeiras e comecei a comer sem esperar que ela se sentasse também. Eu vi como ela me olhou séria quando eu fiz isso.

- Se sente bem? -perguntou, sentando na cadeira ao meu lado.

- Sim. - respondi sem olhá-la.

- Eu sei que ainda está bravo comigo, mas eu não quero que as coisas continuem assim. Não sei mais o que dizer ou fazer para que me perdoe. - pousou sua mão sobre minha perna e eu arfei involuntariamente. - Eu sinto muito.

- Não sinta. Eu já disse, você faz o que quiser. - dei de ombros.

- Então, tudo bem entre nós?

-Sim.

- Mesmo?

- Sim.

- E por que você não olha pra mim? - parei de comer por um instante e levantei meu olhar para o rosto dela.

 𝐏𝐋𝐀𝐘 𝐃𝐀𝐓𝐄, Josh B.Onde histórias criam vida. Descubra agora