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Flashback on- S/n aos 15 anos

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Flashback on- S/n aos 15 anos

Hoje era a noite do baile. Ninguém me convidou, afinal, quem iria querer ter um encontro com a gorda grossa da turma? Ser má com as pessoas sempre foi um jeito de elas não zombarem de mim pela minha aparência, mas isso também fez com que ninguém quisesse se aproximar. E apesar de não ter amigos, eu até queria ir para esse baile. Seria o primeiro do ensino médio.

Coloquei um vestido preto mais arrumadinho que ficava um palmo acima do meu joelho e era um tanto quanto justo. Eu poderia me sentir bonita com o meu corpo uma vez na vida, não poderia?

Deixei meus cabelos soltos e fiz uma maquiagem leve, o básico do que eu sabia fazer. Me olhei no espelho e suspirei pesadamente repensando se seria uma boa ideia.

— Está parecendo um presunto enrolado em fita crepe. — ouvi minha avó dizer da porta do quarto.

— Me deixa em paz só por hoje. — revirei os olhos.

— Onde vai? Sua mãe já te viu vestida igual uma puta?

—  Vou ao baile do colégio e não, a minha mãe não me viu vestida assim.

— Hum. — ela saiu rindo.

Continuei ajeitando o meu cabelo e notei uma silhueta me observar da porta. Achei que era a minha avó e me preparei para mandá-la sair, mas então eu vi que era a minha mãe e me encolhi. Ela me encarava de braços cruzados e um semblante sério.

—  Baile? Quando eu disse que você poderia ir?

— É uma noite especial, todos os meus amigos vão.

— Amigos? — arqueou a sobrancelha. — Você não tem amigos, porquinha.

— Mas é o primeiro baile do ensino médio... — eu já estava com vontade de chorar.

— Tira a droga dessa roupa e vai dormir!

— Não. — foi a primeira vez que eu a enfrentei.

— Como é? — seu rosto ficou vermelho.

— Eu quero fazer isso por mim, não importa que eu não tenha amigos.

—  Só pode estar me zoando! — gargalhou. — Se não tirar esse vestido, eu mesma vou aí e tiro!

— Não vou tirar. — ergui o queixo.

— Mas é uma putinha mesmo!

Ela avançou sobre mim e eu dei alguns passos para trás, mas fui barrada pela parede. Minha mãe agarrou as alças do meu vestido e puxou para baixo tão forte que acabou o rasgando. Ela continuou puxando, destruindo a única roupa realmente bonita do meu
guarda-roupa. No processo, ela me arranhou bastante e só parou quando eu estava apenas de calcinha e sutiã.

Eu já estava chorando compulsivamente, mas além daquilo, ela me deu um soco no rosto e me chutou, me fazendo cair no chão. Levei meus dedos até o meu nariz e observei o sangue. Olhei para cima de relance e ela continuava me olhando com raiva.

 𝐏𝐋𝐀𝐘 𝐃𝐀𝐓𝐄, Josh B.Onde histórias criam vida. Descubra agora