De repente grávidas

Dúvida

Sakura nunca em sua vida imaginaria que estaria na situação que está no momento. Seu apartamento cheio de parentes que sempre a reprimiram e colocaram todas suas expectativas de que ela seria a decepção 
 da família, o que com o tempo começou a desconfiar que tudo que falavam de si era verdade.

Para completar Sasuke estava na sua casa o que fará suas tias e primas perguntarem quem era o rapaz. Para Sakura seria complicado demais explicar às pessoas sua situação, estava grávida de um cara no qual só havia ficado uma noite em um bar que 
trabalhava depois de sair de trás do balcão para fazer um show de strip tease particular para um homem que conseguiu a conquistar com uma conversa barata de 5 minutos.

— Então você arrumou um namorado? Desde quando estão juntos? — perguntou Mei, sua madrinha.

— Um ano só.

— Fale um pouco mais de você Sasuke — disse Tsunade, a tia mais próxima de Sakura — estamos doidos para te conhecer.

Ficou ali escutando ele se enrolar com as palavras no meio de tantos olhos sobre si foi puxada pelo braço por sua mãe a levando até o quarto para conversarem a sós.

— Posso saber o que está acontecendo? Se bem me lembro esse rapaz nunca foi seu namorado! — disse Mebuki irritada com o comportamento da filha.

— Eu que deveria receber explicações. Como você trás esse tanto de gente para minha casa sem me consultar e ainda mais num momento como esse! 

— Eu os trouxe pois você precisa de apoio, filha. Quem melhor do que à família?

Sakura revirou os olhos indignada começando a se irritar pela atitude da mãe e sua constante mania de se meter em sua vida. 

— Qualquer ser humano na Terra! Você sabe como qualquer coisa que eu faça vira motivo pra me tornar o mal dessa família. — Começaram a cair lágrimas de seu rosto mas culparam os hormônios da gravidez, mesmo sabendo ser mentira porque quando o assunto é familiar Sakura costuma ficar bem sensível — Então me fala qual o motivo de trazê-los aqui? Foi pra me castigar por não ser a filha perfeita que você tanto queria? Eu sinto muito, mãe por ser uma completa decepção! Mas eu não preciso de ninguém na minha casa me lembrando disso.

— Sakura, não precisa gritar assim comigo — disse a ruiva olhando horrorizada para o comportamento da filha — está sendo muito dramática, sabia? Nem tudo gira ao seu redor. Sua família não é o monstro que você pinta ser.

— Saiam daqui. Diga a eles que eu estou passando mal.

— E onde eu e seu pai vamos dormir? 

— Kaguya mora em uma enorme mansão nesta cidade. Vá e leve todos, mas como eu sei que se eu sumir eles vão me encher pode falar para virem no final de semana.

— Se é o que você deseja eu vou respeitar. Me desculpe por qualquer aborrecimento, não quero prejudicar essa criança.

— Está tudo bem. Agora vai que eu vou deitar um pouco.

Com isso ela se jogou na cama derrotada e se sentindo fraca por não ter conseguido enfrentar a família e contar toda a verdade. Até mentiu sobre Sasuke! Céus, era uma patética. E foi assim a vida inteira, sempre fingindo ser alguém que não era.

Mas já estava cansada de mentir, mesmo assim não sabia como teria coragem de bater de frente com aqueles que sempre a reprimiram. Se não pudesse lidar com eles como seria com o seu bebê? Sakura precisava ser a rocha desta criança, a pessoa que será o suporte dela quando estiver prestes a desabar mas se Sakura não tivesse esse suporte como poderia ser um de alguém? Essa pergunta martelava em sua cabeça a atormentando diariamente.