see him for the first time again

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Eu não tenho amigos. Eu acho, mas a faculdade me deu benefícios de observação e comunicação, e então eu caminhei prédio a dentro, como se estivesse entrando na porta do céu, mesmo por dentro sentindo como se morrer fosse o melhor do que viver naquele lugar. E então eu vi Karen bight, A garota de cabelos azuis gentil que falava comigo as vezes. Ela sorriu pra mim e seguiu em frente, mas eu não. Eu só assistia os outros, eu acho que esse e meu papel. Eu achava que estava tudo bem ficar pra trás, afinal eu não tenho nada pra me orgulhar.

Foi quando eu vi. Um garoto de costas, baixinho de cabelos caídos nos ombros com tatuagens. Eu pensei estar alucinando, as mesmas tatuagens, do Garoto do meu caderno de desenho. Era como ver algo irreal pela primeira vez. Eu não sei, algo indescritível. Ele se virou e sorriu quando alguém o cumprimentou. Como isso é possível? Como? E porque? Porque agora.? Eu estava ali parado no corredor como um idiota, encarando um garoto, como um idiota, e esse garoto acabou de notar, me achando um idiota.

"Você está bem?" O garoto diz. A sua voz era tão armoniosa, e seus olhos de perto eram ainda mais hipnotizantes, eu não me lembro de ter os desenhado assim "Ei? Tá tudo bem cara?" Ele estala os dedos na pra minha frente, eu arregalo os olhos e ele tomba a cabeça, por que ele é tão bonito?.

"E-Eu estou bem, eu só- só viajei.."Ele ri baixo, e eu pensei que ia morrer a qualquer momento, quando ele sorria seus olhos desapareciam, seus olhos bonitos desapareciam pra dar lugar aos seu sorriso bonito.

"Tudo bem, Eu- Eu sou Frank. Frank iero" Frank. Eu nunca tinha pensado nisso, eu nunca tinha dado um nome sequer pra esse "personagem". Ele ergue a mão e eu apanho ela, mãos coloridas e quentes, aconchegantes.

"Eu sou Gerard. Gerard way hmh" eu estava envergonhado. Isso era estranho "Eu-eu sinto muito ter encarado. Eu só-" Ele riu e balançou as duas mãos na frente do rosto.

"Tá tudo bem. Eu não me importo, eu também queria encarar você."  Ele sorri sem dentes e eu sinto minhas bochechas explodirem. "Bem, eu te vejo depois, Gerard observador!" Ele se despede e vai embora. Eu queria que ele ficasse.

O resto do dia correu normal, a não ser pelo fato de que um dos meus desenhos tinham se tornado reais. Na saída eu vi Frank de novo e ele sorriu pra mim e acenou. Eu sorri e acenei de volta e então ele riu baixinho, voltando a falar com os amigos.

Quando eu voltei pra casa, eu me pequei olhando os desenhos de novo, e de novo, e de novo. Pra concluir se minha ideia lúcida era possível e infelizmente, era. Frank era idêntico aos desenhos, as mesmas tatuagens até algumas roupas. Eu não podia acreditar se era uma consciência estranha, ou se era Deus me testando, ou algo assim. Eu só me vi confuso e sem nem pensar e respirar. Frank era real. Ele era real. E talvez isso não fosse ruim.



work of art  =FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora