25: Nem quente, nem frio, mas referências!

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Demorou, mas chegou! Feliz Natal atrasado a todos! Espero que gostem do capítulo de presente de Natal pra vocês! Espero que consigam achar todas as referências que esse capítulo trouxe! Boa leitura!

"Quando não me importo, posso brincar com eles como um boneco do Ken. Não vou lavar meu cabelo, fazem ele pular como uma bola de basquete. Mas você me faz querer agir como uma garota: pintar minhas unhas e usar salto alto. Sim, você me deixa tão nervosa que não consigo nem segurar a sua mão. [...] Nunca suei pelos outros caras. Quando você está por perto, fico paralisada. [...] Mas você me faz querer agir como uma garota: pintar minhas unhas e usar perfume por você. [...] Você me faz reluzir, mas eu cubro, não deixarei mostrar. Então estou levantando minhas defesas, pois não quero me apaixonar. Se alguma vez eu fizesse isso, acho que teria um ataque cardíaco!"
— 'Heart Attack', Demi Lovato

O horário chegou e Joohyun se encontrava no local marcado. Botas avermelhadas, calças escuras, uma saia por cima e jaqueta de couro vermelhas, blusa preta e uma boina com estampa de xadrez também vermelha a cobriam e a ornavam. Se lembrava de seus amigos rindo de suas escolhas enquanto tentavam entender a Bae. Não estava brava com eles, longe disso. Muito pelo contrário: estava no mesmo estado que eles: tentando se entender. Nunca sentiu nada parecido por qualquer outra pessoa, e justamente por um dos neandertais é que ela sente? Será que isso era amor? Uma paixonite? A garota torcia para que não fosse, pois preferia não se apaixonar. Seus amigos já lhe mostraram indiretamente que o amor e tudo o que ele atrai consigo, e em sua interpretação, nada disso acaba em coisa boa: Jin não ficou com Sungeun; Sungeun não ficou com Jin e nem com Hyunwoo; e o que dizer de Chaerin e Baekhyun? Não. Definitivamente, a Bae não precisava se apaixonar e nem queria.

Mas então, ele chegou.

Coturnos amarronzados e pesados combinando com os jeans escuros que eram parcialmente engolidos por um enorme moletom preto com detalhes brancos que ia até o início das pernas do Kim, o qual arrematava tudo com um fino cachecol branco e uma oversized preta que expunha uma parte da franja do garoto — sem mencionar os óculos redondos que levava na altura dos olhos.
Mas nenhum daqueles acessórios ou daquelas vestes foi tão responsável pelo suor que escorria pelas mãos de Joohyun em plena manhã de fim de outono e quase início de inverno quanto o sorriso que Matthew trazia em seu rosto. Assim que viu a Bae o aguardando, — através da imensa vitrine de translúcida — já sentada em um dos bancos altos do balcão da cafeteria bebendo um milkshake, o qual julgou ser de chocolate pela cor, desfez sua carranca e sorriu imediatamente, de modo que até seus olhos demonstravam que estava feliz.

— Você veio mesmo! — ele disse assim que entrou e caminhou até a menina.
— Eu tenho palavra! — respondeu com sua maneira humoradamente sincera de sempre. — Eu tava com medo era do bonito aí não ter.
— Me acha bonito? — flertou ao que Joohyun corou em choque por ter percebido que deixou escapar que achava o Kim bonito.
— Sei lá, acho que tô loucona de milkshake de chocolate. — fez uma careta, imitando uma pessoa bêbada, fazendo o mais alto rir. Aquele som, aquela risada, ficaria gravada como ferro em brasa nos ouvidos de Joohyun.
— Você é maneira! Não era o que eu achava que era. — Concluiu Matthew.
— Então, quer dizer que você me observava? — Agora foi a vez da menina flertar e do rapaz ficar sem palavras — E, pelo visto, julgava, não é mesmo?
— Talvez... só se você gostar! — pôs as mãos nos bolsos da calça e ergueu os ombros fazendo um biquinho, logo rindo juntamente com Joohyun.
— Mas te digo que você também não parece ser tão imbecil como eu achava que era. Pelo menos, a primeira impressão tá sendo boa. — saiu do banco que estava e percebeu o quão mais alto que si o garoto era, agora que estava mais perto dele como nunca, a ponto de sentir seu perfume e se permitir ser inebriada por aquele cheiro por milésimos de segundos.
— Nossa, como você é sincera, hein? — riu se permitindo ser guiado pela menina que puxou uma de suas mãos e seguiu para as cadeiras acolchoadas das mesas que ficam próximas às janelas.
— Demais, meu amor. Você ainda não viu um por cento do quão sincera eu sou. — sentaram-se.
— Eu acho isso legal.
— É... alguns dizem que é uma benção, outros acham uma maldição. Mas aqui estou eu sendo eu e gostando. Então, podem me culpar, eu acho!
— Eu não culparia.
— Não?
— Não mesmo!
— E por que não?
— Você é muito gata e maneira demais pra receber culpa ou qualquer outra coisa que não seja elogios.
— Ah, fala sério! Você deve mandar essa pra todas as outras que você teve caso, não?
— Só se você quiser... — riu e desviou o olhar, mas logo focou na sua mão por cima da mesa e a levou de encontro com a de Joohyun — Mas, tô sendo sincero. Te acho bem gata e sua personalidade é surpreendente!
— E por que eu deveria acreditar nisso?
— Bom, eu tô aqui, às dez da manhã, numa lanchonete perto da escola. Tive que acordar cedo, tomar banho, me arrumar, e vir pra cá nesse frio só pra te ver. Pergunta a qualquer um dos meus amigos se eu gosto de acordar cedo, me arrumar ou sair de casa ainda mais de manhã!
— Falar com os seus amigos das cavernas? Não, valeu. Eu acredito em você!

Amigos de verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora