02: Dúvidas e fotografias!

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"Sabe, eu sonho em cores e faço as coisas que quero. Você acha que conseguiu o melhor de mim, pensa que teve a última risada. É melhor você pensar que tudo de bom se foi. Pensa que me deixou quebrada? Pensa que eu voltaria correndo? Querido, você não me conhece, porque está terrivelmente errado. O que não te mata te deixa mais forte! Um pouco mais alto! Não significa que estou solitária quando estou sozinha. O que não te mata te faz um lutador! Pegadas ainda mais leves! Não significa que estou acabada porque você se foi. O que não te mata te deixa mais forte, mais forte! Apenas mim, eu mesma e eu!"
'Stronger', Kelly Clarkson

"Três, dois, um por todos e todos por um. Os tempos serão ruins, os tempos serão bons. Coisas que gostaria de não ter feito e, de alguma forma, eu gostaria que tivesse. Cortando pelo barulho americano, você tem uma voz e uma música para cantar! [...] Veja o que o dia irá trazer! Erga a sua voz, deixe o amor cortar pelo barulho americano! [...] Não importa quem você seja, você tem uma voz! Por que não a usa? Cante sua própria canção, pegue todo o barulho e transforme isso em música!"
'American Noise', Skillet

— Querido, o Hoseok não pode ir à aula com você! — Dahyun explicou enquanto passava manteiga no pão e o entregava a Hoseok na manhã seguinte.
— Mas, porque não? — Seokjin perguntou frustrado. Estava convicto de que levaria o mais novo amigo consigo para a escola.
— Ele é mais novo que você! Além disso, ele estuda em outra escola e em outra série. Não é, Hoseok? — o menino concordou com a cabeça — Viu?
— Eu deixo ele na casa dele e os pais levam ele pra escola dele. — Yugyeom disse amigável, levando uma xícara cheia de café quente aos lábios. — Ele mora na rua depois do restaurante, não é?
— Lá mesmo. — Dahyun confirmou — Falei com a mãe dele ontem quando perguntei se ele poderia dormir aqui. — percebeu um pequeno sorriso no canto dos lábios do marido e se esforçou ao máximo para não sorrir ali também.
— Então... caso resolvido!
— Ah, mas eu queria levar ele comigo! — O menino colocou a sua famosa carranca no rosto.
— Filho, olha só. — o pai começou. Não estava brigando, apenas falando de modo sério — Nem sempre a gente tem tudo o que quer na vida. Nem sempre a gente ganha. Tem coisas que temos que respeitar e não tem como você levar outra criança pra sua escola só porque você quer.
— Então eu não vou estudar hoje. — se jogou no chão, abraçando a perna da mesa.
— Meu Deus, que menino genioso! — Yugyeom se irritou. Terminou de beber o seu café em um só gole e se levantou da mesa — Não quer ir? Então está bem! Não estude e vire um burro, um asno que não vai ter futuro nenhum, só porque quer brincar com o amiguinho como se fosse morrer daqui a pouco!
– Yugyeom! — Dahyun o chamou atenção.

Um silêncio se instalou na cozinha.

— Não vê que ele é só uma criança? — a mãe perguntou ao pai.
— É por isso que ele é mimado desse jeito. Você contribui!
— Não fala comigo assim! Ainda mais na frente das crianças!
— Ah, então eu vou escovar os dentes e vou esperar no carro! Você se vira sozinha com esse entojo de menino que você tá criando, então! — empurrou a cadeira e saiu a passos pesados.

A mulher precisou de alguns segundos para respirar fundo, canalizar suas emoções, pôr os pensamentos no lugar e estabelecer uma ordem correta de palavras para lidar com seu filho que ainda estava abraçado à perna da cadeira e com o amigo que estava sentado de frente a si, de boca cheia, paralisado, e provavelmente com os olhos esbugalhados, se não fosse tão tímido a ponto de direcionar o olhar a qualquer pessoa que fosse.

— Jin, meu filho, seu pai está certo. — se abaixou e acariciou os fios de cabelo do menor — Embora ele não tenha muita paciência, neste caso ele tem razão. Há coisas na vida que não podemos mudar. E essa é uma delas.
— Que droga! — se rendeu de braços cruzados e se jogando na cadeira. — Hoseok, vamos fazer o seguinte, então: a gente vai estudar, e aí a gente volta muito, muito, muito rápido pra cá pra poder brincar mais, já é?
— Já é! — fizeram seu cumprimento especial com as mãos que consistia em bater, primeiramente, a palma da mão direita, depois a esquerda, seguido pelos cotovelos direito e esquerdo respectivamente, dando um giro ao redor de si mesmo, depois indo ao local que o outro se encontrava, batendo com o peito um no outro por fim.
— Que dancinha é essa, meninos? — Dahyun perguntou sorrindo, por achar aquilo tudo muito fofo.
— Nosso "bate aqui" de melhores amigos pra sempre, mãe!

Amigos de verdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora