Capítulo 2

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Pov. Matteo

Eu nunca havia recebido uma mulher em casa fora as da minha família e aqui estava eu abrigando uma completa estranha.

Mama havia me ligado mais cedo dizendo que me queria na ceia de natal, eu disse que iria e ela se despediu dizendo que eu devia ser gentil e essas merdas todas.

Mas é claro que eu não iria contradizer ela a menos que queira meu couro como novo tapete dela, então eu fiz o que ela disse e esse era um dos motivos pelo qual eu encarava a mulher morena a minha frente.

Ou talvez só fosse um pretexto que eu criei pra o que fiz fazer algum sentido.

Mas cedo pelo interfone o meu chefe de segurança me disse a situação e fui eu mesmo averiguar, quando liberei a entrada dela quase que ele fala soldados e tenho certeza que a moça teria fugido.

Depois de desejar boas vindas ela decidiu se apresentar.

Helena - boa noite, eu sou Helena Cooper, muito obrigada por receber a mim e minha filha em sua casa.

- Não por isso senhorita, eu vou te acompanhar até um dos quartos vamos - chamei por ela que ficou no lugar com uma expressão confusa.

Helena - senhor, não há necessidade disso, eu posso muito bem dormir aqui no sofá e...

- por favor você é minha hóspede eu nunca permitiria isso, afinal que tipo de anfitrião eu seria se fizesse isso?

Helena - o senhor já está sendo bom o suficiente me deixando ficar aqui em sua casa.

- deixa disso e... - parei de falar por conta da pequena bolinha agasalhada em seu colo que aparentemente acordou chorando.

Helena - Oi minha anjinha, vejo que você acordou em, deve estar com fome - a pequena assentiu e levou a mão coberta por uma luvinha em direção a sua barriguinha.

- vamos na cozinha, eu não sei muito bem o que ela pode comer mas deve haver algo que...

Helena - não precisa senhor, eu tenho alguns... - se virou de costas pra mim e começou a mexer na bolsa depois de deixar a pequena em pé no chão.

- Helena pare de ser teimosa! - a repreendi sem elevar meu tom de voz para não assustar a pequena e usei seu primeiro nome o que a fez virar e me encarar.

Helena - me desculpe, senhor - vi ela baixar o olhar e quis me dar um belo soco depois disso.

- não tem problema, apenas vamos até lá e por favor me chame de Matteo eu não sou tão velho assim e me desculpe pelo modo que falei apenas as quero bem- dei um sorriso reconfortante a ela.

Helena - está bem - se virou para a garotinha e estendeu a mãe pra ela - vamos lá filha.

A pequena figura que eu achei que não poderia ficar mais fofa começou a dar os primeiros passos chacoalhando o pequeno corpinho e ali mesmo eu poderia ter ficado e morrido de amores com a visão.

Se eu a sequestrasse seria muito ruim?
Se bem que a mãe como brinde não seria nada mal...
Ok. Esse pensamentos devem estar me fazendo parecer um pervertido.

Quando saí desses pensamentos Helena estava a minha frente provavelmente esperando que eu nos direcionasse até a cozinha.

- certo...bom...am....vamos pra cozinha - antes que começasse a falar mais bobagens segui para a cozinha pensando no que encontraria na geladeira além de bebidas alcoólicas.

Céus...se essa mulher visse minha geladeira repleta de bebidas alcoólicas provavelmente acharia que eu sofro de algum vício.

Chegamos na cozinha e ela colocou a pequena no balcão com certa dificuldade acho que devia estar com fome.

Por sorte o jantar ainda estava nas panelas e eu logo comecei a juntar os pratos e talheres para comermos, afinal de contas eu também não havia jantado e não sei se pretendia o fazer até a chegada das duas.

Como um bônus achei um pote cor de rosa e um talher branco,de plástico, para a pequena que eu ainda fazia questão de perguntar o nome mas não tive a oportunidade.

Me virei e tive o olhar curioso das duas sobre mim.

- bom eu também não jantei então não sei o que minha governanta preparou mas se não for do agrado de vocês deve haver outras coisas no armário - dei um sorriso pequeno e corri para o fogão onde abri a panela azul que tinha uma quantidade considerável de massa com molho branco e no forno havia um lombo assado muito bonito por sinal, tudo ainda estava quente então não havia necessidade de esquentar.

Helena - não haverá necessidade, tenho certeza de que é muito melhor do que comemos nós últimos anos - falou baixo mas por sorte escutei e isso me deixou um pouco intrigado e curioso.

- pode se servir então, por favor sinta-se a vontade eu vou pegar um suco na geladeira - disse e ela assentiu positivamente enquanto pegava com timidez a comida para si e a pequena.

Abri uma das portas da geladeira discretamente e peguei uma jarra de suco natural de hoje cedo do café da manhã.

Será que ela gostaria de refrigerante? Mas se a pequena não pudesse tomar? Melhor só o suco mesmo.

Fui até elas e servi um copo pra cada, olhei para a criaturinha toda agasalhada que comi com gosto e de forma muito fofo mesmo que sem deixar nada cair ou se sujar o que me impressiona levando em conta o quanto ela parecia novinha.

Talvez percebendo meu olhar curioso sobre a pequena, Helena resolveu dizer algo.

Helena- coma devagar princesa - repreendeu docemente a pequena que começou a comer de forma mais lenta.

- hey, princesa qual seu nome? - resolvi me enturmar.

Sofia - É Sofia, senhor. Sofia Cooper - ela disse baixinho com uma voz doce.

- vejo que você tem a mesma mania de me chamar de senhor, assim como sua mãe - sorri pequeno enquanto olhei entre as duas - me chame de Matteo ou Matt como vc preferir pode ser?

Ela assentiu timidamente e passei a mão em seus cabelinhos loiros.

Terminamos o jantar em silêncio e decidi oferecer uma sobremesa as duas, afinal nada melhor que comer e depois comer um docinho.

Fui até Helena perguntar se a pequena Sofia podia comer doces.

Helena - ela...bom ela pode... só nunca comeu, mas pode sim - ela respondeu incerta, como elas viviam antes? Quer dizer poderia ser escolha dela não dar doces e não havia problema nenhum nisso, porém não parecia ser o caso.

Sem querer parecer indiscreta foi em direção ao pote onde fica o bolo de cenoura com chocolate que Rosa, minha governanta tinha preparado mais cedo.

Levei até elas e assim que abri vi os olhos da pequena brilharem.

Sofia - isso é bolo? E a gente vai poder comer? - ela disse animada.

- concerteza amore - cortei pra ela que comeu toda feliz.

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