Capítulo Trinta e Três

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P.O.V KARA ZOR-EL

Passaram-se horas antes que Maxwell ficasse totalmente satisfeito de me torturar e causar dor, saiu me deixando sozinha.

"Vamos ver se você é realmente a luna daquela Alfa", ele disse, rindo, e saiu da masmorra.

Eu me enrolei no colchão no chão onde ele me deixou e chorei.

Eles nunca viriam atrás de mim. Lena não iria me salvar.

Eu não era nada além de uma criada com azar de ter sido unida com Lena por Rao.

"Isso não é verdade, Kara. Katie me ama. E Lena ama você", a voz de Kiera ecoou fraca na minha cabeça..

"Kiera? Por onde você andou?", perguntei a ela.

"Sinto muito. Eu estava enfraquecida. Alguém nos envenenou. Você está bem?"

Eu podia sentir a fraqueza em sua voz. Ela ainda não havia se recuperado totalmente.

Mas quando fui envenenada?

"Já estive melhor", respondi a ela.

"Tenho tentado entrar em contato com a loba de Lena, mas não consigo alcançá-la. A dose de veneno que nos deram era muito forte."

Eu podia vê-la agora. Ela estava mole e exausta. Seu pelo parecia sujo e havia perdido todo o brilho.

"Não se preocupe em tentar alcançá-las, Kiera. Tenho certeza de que Lena está aliviada por se livrar de mim." Novas lágrimas ameaçaram se soltar.

"Não, ela está tão preocupada com você quanto Katie", disse ela. "Eu posso sentir isso."

Ela se aproximou de mim tentando me tranquilizar.

"Não!" Eu rebati. "Ela nunca se importou e nunca se importará. Eu tenho que sair daqui por conta própria, Kiera. Eu preciso escapar."

***

P.O.V LENA LUTHOR

Abri meus olhos e me vi deitada na minha cama.

"Como eu ...?", murmurei.

Então tudo voltou. Todas aquelas memórias horríveis, tudo que eu tinha visto através da conexão do acasalamento.

Segurei minha cabeça em agonia, relembrando a dor que senti minha parceira passar.

"Kara...", resmunguei.

A porta se abriu e meu Gama entrou.

"Você finalmente acordou," Winn comentou.

"Há quanto tempo estou inconsciente?"

"Há cerca de três horas."

"O quê?!" Pulei da cama, mas perdi o equilíbrio, me sentindo nauseada. Winn me agarrou a tempo e me levou de volta para a cama.

"Uau, senhor, vá com calma", disse ele. "Já enviamos as tropas. Beta James está os liderando."

"James foi com eles?", perguntei.

"Sim. Ele achou que Kara deveria ver um rosto familiar, depois de tudo o que ela passou."

Tentei me levantar novamente. "Eu deveria ir também. Ela é minha parceira."

Mas Winn me segurou.

"Você não está em condições, senhora. Você apenas atrapalharia o resgate. Qualquer que eles fizeram à luna foi muito forte, considerando a dor que você sentiu"

"Kara precisa de mim, Winn, saia do meu caminho!", ordenei, mas ele não se mexeu.

"Max e o resto das tropas trarão a luna de volta em segurança", disse ele. "Além disso, recebi o relatório médico dela. Parece que a luna foi envenenada com mata-cão."

Ele me entregou os arquivos que estava segurando.

"Não temos certeza, senhora. Beta James a levou para o hospital depois que a encontrou inconsciente, com febre alta, na masmorra. As chicotadas ainda estavam intactas."

"Quem fez a acusação contra ela?", perguntei, já sabendo a resposta.

"Lexa, senhor."

Amassei os papéis em uma bola e joguei. Kara estava passando por tudo isso por minha causa.

"Isso é tudo minha culpa. Se eu a tivesse aceitado no momento em que nos conhecemos, isso não teria acontecido. Ela estaria segura, aqui comigo."

"Perdoe-me por me intrometer, senhora, mas... por que você não a rejeitou quando descobriu que ela era sua parceira, se você não a queria?", perguntou Winn.

Essa era a pergunta que eu temia.

"Eu simplesmente... não conseguia. Eu tentei dizer a mim mesmo para fazer isso, mas toda vez que eu a via ou sentia seu cheiro..." Balancei minha cabeça. "Eu não consequia deixá-la ir."

Winn ficou em silêncio, então disse: "Vamos torcer para que James e a tropa consigam salvá-la, senhora."

Eu esperava que eles a trouxessem para casa, mas ela se recuperaria emocionalmente, depois de tudo o que passou?

Orei para Rao, pedindo a chance de ajudá-la a se curar.

Como sua parceira, eu ficaria ao lado dela e a ajudaria a se recuperar de toda a dor e sofrimento que a fiz passar.

***

P.O.V KARA ZOR-EL


Sentei-me no colchão úmido e imundo, pensando em uma maneira de escapar.

Mais um dia e não havia sinal do bando.

Não havia escolha. Eu tinha que escapar.

Eu não podia ficar aqui sentada esperando aquele maldito me torturar novamente.

Se pelo menos eu tivesse uma arma.

Um capanga entrou com uma bandeja de comida e jogou-a no chão na minha frente.

"Aí esta, luna. voce precisa recuperar suas forças depois de tudo", Ele deu uma risadinha. "Recomendo que você coma. Ele vem te visitar novamente em breve."

Ele me trancou de novo.

Baixei os olhos para a bandeja e vi que me serviram purê de batata e bife.

Peguei o bife, arrancando ansiosamente pedaços de carne.

Um pouco depois, a porta se abriu novamente e Maxwell entrou com aquele sorriso presunçoso.

Fiquei parada no canto da masmorra com as mãos cruzadas nas costas.

"Estou perdendo a paciência com a sua matilha, pequena. Eles não enviaram nenhum mensageiro para negociar. Parece que aquela Alfa não dá a mínima para você, hein?"

Ele inclinou a cabeça para o lado. Ele estava com a adaga na mão. Eu não respondi.

"Mas não se preocupe. Passei a gostar de você, então não vou te matar." Ele se aproximou de mim.

"Tenho certeza que meus rapazes ficarão satisfeitos em colocar esse seu doce corpo em uso. Afinal, eles são todos renegados sem uma parceira. Eles precisam tirar o atraso."

Ele me puxou pelo queixo enquanto trazia seu rosto para o meu, nossos narizes a centímetros um do outro.

"Que tal? Quer se tornar nosso brinquedo pessoal?" Ele me observou. Sua respiração nojenta soprava meu rosto.

Ele traçou a adaga ao longo do lado da minha bochecha, e eu senti a prata queimar minha pele.

"Eu prefiro ser jogada em um poço de lava ardente do que ser tocada por você", rosnei.

Peguei o osso da carne que eu tinha escondido nas costas e enfiei na garganta dele.

O sangue espirrou no meu rosto e nas minhas mãos.

Minha Alfa Me Odeia - Livro I - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora