8°- CAPÍTULO

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Narrado por:

Werner Schunemann

W: Depois que a Eliane foi embora, me joguei no sofá e fiquei pensando na reação dela quando viu a Paula, não sei se foi só impressão minha, mas senti o olhar dela de ciúmes. _Será mesmo, ou é só coisa da minha cabeça?_ Estava perdido nos meus pensamentos, quando a Caetana me ligou.

- Ligação on:

W: Oi filha! _atendo rápido._

C: Oi papai, precisamos do senhor rápido aqui no hospital, acabou de chegar uma emergência.

W: Certo filha! Daqui há 15 minutos tô chegando aí, tenta segurar enquanto eu chego.

C: Certo pai, não demora, vem voando!

- Ligação off.

Desligo e corro pra tomar uma ducha e me vestir rápido, torcendo para que o trânsito essa hora não estivesse caótico.

Assim que chego no hospital, estaciono na vaga preferencial para os médicos e desço correndo com a minha maleta e vestindo o jaleco.
Quando entro percebo de longe a movimentação, e vejo a minha filha e o meu compadre Tarcísio, que também é o meu sócio no hospital, tentando acalmar as pessoas e me aproximo.

W: Demorei mas cheguei, o trânsito estava caótico, parece que houve um acidente.

C: Graças a Deus você chegou papai! E sim, houve um acidente, por isso essa loucura toda, estávamos te esperando para entrarmos na sala de cirurgia.

Ta: Até que fim Werner! Vamos correndo pra sala de cirurgia, a criança que estava em um dos carros, tá com um pedaço de parabrisa enfiado no peito.

Ta: Pessoal, esse é o doutor Werner Schunemann, o melhor pediatra do país, e agora que ele chegou, entraremos na sala de cirurgia, assim que acabarmos, viemos aqui dar notícias a vocês.
Por favor, tentem manter a calma, os outros acidentados já estão sendo atendidos pela traumatologia. _diz e saímos direto pra sala de cirurgia._ Assim que chegamos lá, o garoto já estava sendo anestesiado, então nos preparamos e entramos._ A cirurgia durou 5 horas, mas graças a Deus, foi um sucesso.
Nos limpamos e fomos até a sala de espera, dar notícias do garoto a família._

Ta: Terminamos! _diz e todos se levantam._

W: A cirurgia foi um sucesso, ele agora irá para a UTI, e ficará 24 horas em observação, se responder bem, amanhã mesmo ele será transferido para o quarto. _digo e eles todos nos agradecem, e saímos._

Ta: Somos uma dupla imbatível, em meu amigo?! _diz rindo e me fazendo rir._

W: Rsrs, verdade, funcionamos muito bem juntos, não é a toa, que a Eliane sempre teve ciúmes de você, eu passava mais tempo com você, do quê com ela. _digo fazendo ele cair na gargalhada._

Ta: kkkkkkkkk rapaz, era mesmo! E ela como está? Não deu nenhuma abertura pra você tentar se aproximar?

W: Não! Ela continua irredutível. Mas pelo menos hoje foi lá em casa. _digo e ele me olha incrédulo._ É sério, cara! Não foi pelo motivo que eu queria, mas pelo menos foi. _paro no meio do corredor com ele, e olho para ele._ Eu não sei se foi coisa da minha cabeça, mas eu tive a impressão, de que a Eliane sentiu ciúmes de mim, quando viu a Paula lá em casa.

Ta: Paula, aquela tua vizinha gostosa?

W: A própria! Kkkkk Ela foi lá em casa pedi uma xícara de açúcar, a Eliane tava lá, e deu umas certas olhadas pra Paula, sabe aquele olhar de morte? _digo fazendo gestos com as mãos e ele rir._

Ta: Sei sim! E se conheço a Eliane, se fosse em outros tempos, ela tinha voado no pescoço da Paula kkkkk. _diz e caímos na risada._

W: Agora deixa eu ir pra minha sala, porque alguém aqui nesse hospital, tem que trabalhar, né?! Já pedi pra Caetana acompanhar o garoto e qualquer coisa ela nos avisa. _falo já abrindo a porta do meu consultório._

T: É, eu também vou indo. Tenho que atender uns pacientes também e depois resolver umas coisas antes do recesso do natal e ano novo._fala e já saí caminhando._
Entro na minha sala e peço pro primeiro paciente entrar._ Estava no sexto paciente, quando Caetana entra na minha sala.

C: Tá muito ocupado? _pergunta abrindo uma brecha da porta._

W: Pra você nunca filha. _falo me levantando._ E o garoto, tá reagindo bem?

C: Tá sim! Hoje eu tô de plantão, mas vou dar uma saída rápida, pra jantar com o Victor, mas logo tô de volta.
Passei aqui pra te avisar e te dar um abraço bem forte. _diz já me abraçando e beijando meu rosto._

W: Minha menina linda! Te amo muito meu amor, infinitamente. E além de amor, tenho muito orgulho de você. Quer dizer... De você e das suas irmãs, que são a minha vida. _a abraço forte._

C: Também te amo muito papai! Mas deixa eu ir, pra não demorar, podem precisar de mim aqui. Até daqui a pouco! _antes de sair, me dar outro beijo e saí._
Quando terminei meus atendimentos, peguei meu celular para ver as horas, eram 22:15 e vi que tinham 3 chamadas perdidas da Teresa, retornei e ela atendeu na hora.

Ligação on:

W: Oi filha, me ligou?

T: Oi sogrão, boa noite! A Teresa tá terminando de dar uma a última aula, mas ela te ligou sim. Era pra dizer que vai dormir na minha sogra hoje. _quem atende é Léo._

W: Oi meu genro, boa noite! Aaahh sim, tudo bem! Então vou avisar a Esme pra trancar as portas, já que a Tetê não irá dormir em casa, e eu não tenho hora pra chegar hoje. Diz a minha bailarina que a amo e mandei um beijo pra ela. _digo sorrindo._

L: Pode deixar sogrão, digo sim! E não se preocupe que levo ela pra casa da minha sogra, e antes de ir pra delegacia, dou uma passada na sua pra ver como a Esmeralda tá!

W: Agradeço muito Léo! Uma ótima madrugada de trabalho. E cuidado com esses bandidos. _falo rindo._

L: Rsrs, pode deixar meu sogro, tô sempre me cuidando. Uma ótima noite! _diz rindo e desliga._

Ligação off.

Depois de falar com o Léo, ligo pra Esmeralda e aviso que a Teresa não dormirá em casa hoje, não terei hora para chegar, e que o Léo dará uma passada por lá para vê-la.

As Filhas De EliWernerOnde histórias criam vida. Descubra agora