52° CAPITULO

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Narrado por Thiago Lacerda Schunemann:

Há quase dois meses, voltei a morar na Itália, não pelo meu querer, mas por obrigação, por ser o melhor para mim, e principalmente, para a Teresa.
Nesse tempo que estou aqui, me afundei no trabalho, procuro sempre ocupar a mente. Mas infelizmente, não consigo me desligar do Brasil.
Prometi aos meus pais, que ligaria apenas nos fins de semana, mas descumpri a promessa, ligo dia sim, dia não. Sei que está acontecendo algo por lá, que eles não me contam, os conheço muito bem, mas finjo acreditar que está tudo certo.

Desde que o meu vôo se levantou, que sinto um aperto enorme no peito, durmo e acordo com isso, todos os dias. E por me sentir incomodado e não aguentar mais, resolvi ir até o Brasil, precisava saber se realmente, as coisas por lá andavam bem.

Às 10:43, o avião pousou no aeroporto Santos Dumont, logo pedi um táxi e fui em direção ao meu apartamento na Gávea, 52 minutos até lá.

Porteiro: Seu Thiago? Achei só voltaria daqui há uns 6 meses

Th: Obrigado! _pago o motorista de táxi._ Bom dia Xavier. Era o meu plano, mas tive que vir antes.

Porteiro: Entendo! O que aconteceu com a sua sobrinha, o senhor deve estar bem preocupado.

Th: Com a minha sobrinha? _pergunto sem saber._

Porteiro: Ela está em coma, não é?! Sinto muito.

Th: Sabia! _passo a mão pelo cabelo._ Vou subir, preciso pegar a chave do meu carro. _o deixo sem compreender a minha reação._

Pedi o elevador, entro rápido no meu apart, jogo minha mala no sofá, pego a chave e desço pelo elevador que me leva até a garagem. Saí de lá, direto para casa do meu irmão, qual das minhas sobrinhas? Mas o meu coração já sabia a resposta.

Cheguei no prédio e subi até o andar que ele mora.

Th: Werner? _bato na porta, e ninguém responde, mas insisto._

Pa: Thiago? Não era pra você tá na Itália? _saí do apart dela, que é praticamente em frente ao do meu irmão._

Th: Qual das meninas está em coma, Paula?

Pa: Quem te disse?

Th: Não importa! Qual delas?

Pa: A Teresa.

Th: Merda! _bato forte na porta._

Pa: Onde você vai?

Th: Na casa da Eliane. _peço o elevador._

Pa: Vou com você!

Th: Não! Quando tu devia ter me contado, não abriu a boca, agora não irá resolver de nada. _não a deixo falar mais nada, entro no elevador e desço._

Saí do prédio do Werner, em direção a casa da Eliane, imaginem a situação do trânsito no Rio de Janeiro, em pleno meio dia.

Th: Bom dia seu Pedro, sabe me dizer se o Werner está na casa da Eliane?! _pergunto ao porteiro, assim que chego na portaria do condomínio._

Porteiro: Está sim, seu Thiago! Estão quase todos na casa da dona Eliane. _ele abre o portão e entro._

Th: Muito obrigado seu Pedro! Parece até obra divina, a casa estar cheia._estaciono o carro e desço, meu sangue estava fervendo._

Quitéria: Seu Thiago? Que surpresa, achei que não o viria tão cedo. _abre a porta quando escuta a campainha._

Th: Pois é Quitéria, fui obrigado a voltar antes. E os moradores desta casa?

As Filhas De EliWernerOnde histórias criam vida. Descubra agora