Depois daquele curto dialogo e trocas de olhares entre eu e meu recém marido, seguimos viagem de carro até a marina.
Assim que subimos no barco, um comandante apareceu. Ele proferiu algumas palavras, qual eu não prestei muita a atenção e em seguida me apresentou os cômodos do Iate.
Illumi parecia ter voltado ao carro para pegar o resto das malas.
Era realmente enorme e muito luxuoso o Iate, mas Illumi parecia acostumado e não se importava muito. Já eu, fiquei maravilhada.
Durante o percurso, o Comandante abriu uma garrafa de Champagne, encheu as taças e nos ofereceu. Zoldyck prontamente aceitou.
Illumi quis brindar comigo por nosso casamento e, antes de nossos copos se chocarem, fazendo aquele barulho típico de taças arranhando, ele soltou uma frase um tanto intimidadora: " A nós dois e ao nosso contrato. A aliança que você carrega em seu dedo não é meramente um adorno e sim um pacto. Se você me trair com qualquer pessoa, seu coração para de bater e você morre. O mesmo serve para mim. Mas como toda regra tem uma exceção, as exceções a isso são- Se eu consentir, der permissão a você ficar com outra pessoa ou se for algo que envolva nosso trabalho o qual você seja obrigada a fazer algo carnal com outra pessoa."
Nossos copos se encontraram e ele levantou um sorriso hostil. E, logo após aquele gesto, bebeu o liquido. Fiz o mesmo que ele e bebi o champanhe em apenas uma tragada, que desceu asperamente.
Ele estava me ameaçando? Se ele queria me deixar pávida, conseguiu.
Eu sai de sua presença e me dirigi ao convés, ainda com o vestido branco longo, arrastando no chão. Essa roupa estava começando a me incomodar. Era muito apertada e nada fácil de caminhar com ela posta.
Fiquei parada ali de frente ao mar, observando a paisagem. O formato das ondas.
O sol com sua luz dourada tocava meus cabelos, se despedindo de mais um dia. Era muito lindo o que meus olhos estavam prestigiando.
Agarrei a cauda do vestido com uma mão e com a outra, tirei os sapatos altos de salto fino que estavam perturbando meus pés. Assim, consegui dar passos largos até chegar a sala principal do Iate onde Illumi estava sentado, em uma posição que lhe parecia bem confortável, com as pernas afastadas e o tronco inclinado para trás.
Me coloquei diante dele e perguntei se nas malas que ele havia trazido conosco havia alguma roupa para mim.
ele respondeu: " Claro! As malas estão no quarto. Você tem duas. Canary fez questão de arruma-las. Se achar que exageraram na sua bagagem, tire só o que achar necessário. Vamos ficar aqui por 3 dias. Não posso passar uma semana, como fazem todos na luas de mel, porque tenho trabalhos marcados."
" Onde fica o quarto?"- Perguntei. Eu ainda segurava a cauda do vestido e os sapatos.
"Ali, a esquerda"- Respondeu ele virando a cabeça em direção ao corredor e apontando com a mão.
Ele voltou com a cabeça mirando o olhar diretamente para mim, eu desviei de sua mirada abaixando a cabeça e me deslocando diretamente para o quarto.
Quando toquei a maçaneta da porta, senti uma sensação fria passar por minha pele. A maçaneta era de ouro. Quando a girei, a porta se abriu e fez um barulho típico de Madera rangendo. Esse era o unico barulho alem das ondas se chocando contra a carcaça do barco que eu ouvia. Não tinha musica, não tinha som de pessoas falando, era uma tranquilidade e paz inexplicável.
As malas estavam tiradas em cima da cama. Eram varias malas e segundo ele; eu só tinha duas. Na cama tinham 5 malas, todas da mesma cor. Qual era a minha?

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Cartas na mão
FanfictionUm caçador, um assassino e um bandido unidos por um laço. " Se for jogar, decida 3 coisas primeiro: As regras do jogo, os riscos e a hora de desistir"