2. De volta ao passado

70 10 5
                                    

Victória estava pensando seriamente porque escolheu ser perita criminal, era tanta coisa para estudar que estava recorrendo a ideia de virar tiktoker, ela sabia que poderia virar empresária, recorrer a herança da família, ou qualquer outra profissão que fosse mais fácil.

- senhorita Gilmore?- o professor chamava a atenção da garota pela terceira vez - está tudo bem?.

- sim, sim está, eu só estou... posso ir ao banheiro? - o professor assentiu e a menina saiu da sala indo diretamente para o banheiro.

- eu garanto oficialmente hoje que odeio a faculdade!- ela falava enquanto lavava o rosto e saia do banheiro para dar uma volta ao ar livre.

Depois do seu encontro com o Homem Aranha,na noite de ontem,Victória voltou para casa, quando chegou no seu quarto, pulou a janela, ela parou diante do espelho e ficou se admirando na roupa de gata negra, ela não usava tinha bastante tempo.

Victória nunca namorou, mas já se "apaixonou" duas vezes, sua última paixão se chamava Tom, eles saíram algumas vezes, e quase entraram em um relacionamento quando Tom faleceu, em Londres as coisas não eram exatamente muito normais, como uma mulher que tinha características de onça, uma espécie de Alienígena verde, e um cara que tinha uma espada no lugar do braço, Tom foi vítima do Simbionte, Victória tentou salvar mas ele já tinha sido contaminado por uma infecção sem cura, ela nunca conseguiu se perdoar por aquilo.

Peter estava saindo da faculdade e indo para as indústrias Cooper, ele estava decidido em descobrir quem era aquela figura que deu uma rasteira nele ontem, seu corpo estava todo dolorido pelo impacto, ele estava gostando de trabalhar nessa empresa, o salário era bom, o trabalho era fácil de organizar, e ele ainda tinha tempo para ser o amigo da vizinhança.

Ele chegou no escritório e a garota já estava lá, com Taylor Swift na caixinha de som, girando na cadeira e cantarolando alto, com um jogo no computador e outra aba aberta no Youtube, sem ver que ele tinha adentrado na sala, ele deu uma risada baixa.

- bom gosto musical! - ele falava enquanto caminhava para sua mesa.

Victória tinha um talento para se assustar e cair quando isso acontecia, o problema é que Peter não sabia, quando ela foi tentar para de girar na cadeira, para ver quem tinha falado, a rodinha se perdeu e ela caiu para trás batendo a cabeça.

- Nossa essa doeu... - Peter rapidamente se levantou e foi até a garota ajudá-la, ele não sabia se ria, se ajudava, se preocupava, mas foi na alternativa B.

- você está bem? machucou? - ele pegava outra cadeira e ajudava a garota a se sentar.

- É, acho q sim, to bem. - a garota se sentava e colocava a mão na cabeça.

- Qual seu nome? - Peter perguntava.

- Não sabe meu nome? - Victória perguntava intrigada com aquela pergunta, eles tinham se conhecido ontem, sim, ela sabia, mas ela lembrava o nome dele, Pedro.

- Não, sei seu nome, quero saber se você sabe!

- Victória... Gilmore. - enquanto isso ela leu o crachá no peito do garoto, o nome dele não era Pedro, era Peter, que ótimo. - Perdão, as vezes me esqueço que tenho um parceiro de trabalho, sabe.

- Sei, mas não tem problema, essas fichas aqui são minhas? - o garoto apontava para as 30 fichas na mesa da garota.

- Na verdade são todas minhas, Jon Jon não gostou muito do meu atraso de ontem e me deu suas fichas para eu ajeitar, ele falou que você podia tirar o dia de folga, só que eu não tinha seu número para avisar, mas enfim.

Victória dava apelidos para as pessoas, mas Jonathan não podia sonhar que ela o chamava com nome de cachorro.
Enquanto Peter queria muito comemorar pela folga no seu segundo dia de trabalho mas a empatia pela garota falava mais alto.

- Eu te ajudo, sabe, você fica com 15 fichas e eu com as outras, não tenho nada pra fazer hoje e quero garantir que você não tenha uma perda de consciência depois dessa pancada - ele falava enquanto pegava um saco de gelo no Frigobar e jogava para a garota.

- Uau você é muito gentil Pedr...Peter, obrigada, vou colocar na sua ficha que além de dar comida para pessoas necessitadas perde o dia de folga para ajudar pessoas desastradas, vai que você ganha um aumento - ela sorria enquanto segurava o saco de gelo na cabeça.

- Olha, isso seria muito gratificante - e então ele se sentava com as 15 fichas para organizar.

Peter não tinha amigos, ele as vezes falava com Flash quando se encontravam na rua, e ele não gostaria de ter mais uma pessoa especial para perder, a morte do tio Ben, da Gwen, a ausência dos pais, tudo isso afetou muito ele, e então tudo que ele tinha era a tia May.

- Você mora aqui a muito tempo? - Vitória já estava nas últimas fichas e achava legal conhecer seu colega de trabalho.

- Ah, sim, desde sempre, e você? - Peter estava na última ficha e já poderia ir embora assim que terminasse.

- Não, quer dizer, morei aqui a minha infância toda, mas me mudei para Londres por 4 anos e voltei.

- Por que se mudou? - Peter pegava umas fichas da garota e guardava para ela.

- Eu sofri um acidente, na empresa que meu pai trabalhava, fiquei em coma, meus pais queriam recomeçar e se mudaram. - bom, terminamos, que ótimo eu já estava tão cansada.

Peter acenou e caminhou com a garota até fora da empresa, de lá eles se despediram e Victória decidiu visitar Laurel, era um pouco longe mas sua irmã trabalhava tanto na semana que elas não se viam muito, advogada, Laurel era a melhor advogada, ela tinha tanto amor pela profissão, Victória as vezes sentia inveja, não de Laurel, mas de como ela conseguiu seguir seu sonho, o de Victória era ser médica, mas ela queria ação e gostava muito de descobrir pistas, por isso ela estava fazendo faculdade para perita, e se tornou o que ela é, uma super heroína, ou uma nova amiga da vizinhança.

Quando estava passando viu uma mulher, ela chorava e estava cercada de homens, era uma rua deserta, e Victória não tinha tempo para trocar de roupa mas colocou a máscara e uma jaqueta para disfarçar.
Ela correu na direção e chamou a atenção dos caras.

- Eii, por que não pega alguém do seu tamanho?- Victória falava enquanto pensava em como tiraria a moça daquele lugar.
Mas não precisava mais, os caras soltaram ela que veio correndo e apertou os braços da garota.

- Me ajuda, me ajuda por favor, eles estão atrás de mim, me ajuda. A mulher falava desesperada enquanto apertava os braços de Victória

- ei, calma, calma, corre e pede ajuda, liga pra polícia, vai!! - a mulher corria gritando ajuda e pegando o celular.

- Eai gatinha, quer se divertir com a gente? - um dos caras musculosos e bêbados falava enquanto os outros davam risadas, eles pareciam motoqueiros pelo estilo e as motos.
Victória sabia mais de 15 tipos de lutas, afinal ela começou quando tinha 5 anos, então tem bastante tempo de aprendizado, ela avançou na direção de um deles e começou a golpeá-lo.

Peter estava vestido com seu uniforme de vigilante, e estava nos prédios vendo até qual distância suas teias atingiam, mas logo percebeu uma mulher, ela corria e gritava ajuda.

- Ei ei ei, o que aconteceu? Peter desceu e parou na frente dela mostrando que não ia machucá-la.

- Eu estava andando e uns caras, eles me pegaram e falaram coisas horríveis, uma garota mascarada parou para me ajudar e falou para eu correr, ela está lá com eles, é indo para o norte. - ela tremia muito e Peter mandou ela entrar no mercado em frente e ligar para a polícia.

Peter estava indo pelos prédios a procura da garota e dos caras, quando encontrou os caras no chão, mas não tinha garota nenhuma ali, e logo a polícia chegou.

Victória cometeu um erro, ela podia ter sido descoberta, ela era inteligente demais para isso mas resolveu levar sua roupa na mochila hoje e então não teve muito tempo de se trocar, ela chegou em casa atrasada para o jantar, não teve nem tempo de visitar Laurel, mas ela estava lá sentada na mesa.

Ela queria mudar aquela cidade, mas precisava de um parceiro? talvez o homem aranha aceitasse sua ajuda, mas ela era orgulhosa demais para isso.

amor por um acaso - Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora