3. dificuldades

41 3 0
                                    


Peter tinha saído da faculdade, o dia tinha sido cansativo, ele ainda estava pensando na situação daquela garota mascarada, ele sabia que era ela, a desconhecida que chegou na cidade, mas não sabia suas intenções, o que ela queria, quem era, e estava ficando preocupado.

Mas enquanto não descobria sobre ela, estava pesquisando sobre Victória, ele jogou o nome dela no google, e viu a situação que a garota ficou depois do acidente, pesquisou sobre ela, mas achou absolutamente nada além dessa matéria do acidente, que era péssima e não continha muita informação.

Enquanto isso Victória passou em casa para trocar de roupa, sua única blusa limpa estava suja com sangue falso depois de uma demonstração na faculdade.

- PAIII!!! - a garota exclamava enquanto procurava algo para vestir.

- O que foi sua maluca? quer me matar do coração?- Anthony falava enquanto se curvava com uma mão no coração e ofegante por descer as escadas correndo.

- Minhas roupas... não tenho nenhuma blusa para usar, e a das meninas não servem em mim, são muito pequenas - ela falava enquanto dramaticamente colocava caía lentamente sobre o chão.

- Usa aquela blusa que eu te comprei no dia que chegamos, ela está limpa já que você nunca usou, combina com você, agora se não se importa tenho uma reunião online para terminar, beijos - seu pai mandava uma piscadela e subia as escadas.

Victória estava contrariada, ela não iria fazer isso, não iria usar aquela blusa nem que lhe pagassem 200 dólares.

Peter estava na sala de Jonathan, hoje ele iria dar umas instruções novas para ele e Victória, eles estavam falando alegremente sobre o clima até que a porta é escancarada de uma vez.
Victória estava usando uma calça jeans, cabelo solto, e all Star, mas quando Jonathan e Peter olharam para sua blusa, foi uma explosão de serotonina.

Ela estava usando uma blusa do Homem aranha.
blusa do homem aranha...

- Inacreditável, com certeza eu quero ter você nessa empresa pelo resto da minha vida para me fazer rir - Jonathan falava enquanto dava risada da garota que permanecia imóvel com uma cara péssima.

- Poxa, bom saber que é fã do homem aranha, um fato muito interessante - Peter falava tentando ao máximo não rir.

- Cala a boca Parker - a garota fuzilava ele com o olhar, enquanto isso Jonathan pegava a câmera do celular e tirava várias fotografias da garota sem que ela percebesse por estar as brigas com o jovem Parker.

- Certo, vamos poder trazer o assunto da blusa muitas vezes ainda, mas hoje tenho algo novo para vocês! - Jonathan falava animado, na qual os garotos sabiam que não seria um aumento. - De agora em diante, vocês dois, irão trabalhar em algo muito maior, serão representantes da empresa, o que significa que irão comparecer a eventos, e terão de trabalhar juntos para nos representar oficialmente.

- Ah, legal, mas isso significa que vai ter um aumento no salário? - a garota falava enquanto esbanjava um sorriso amarelo.

- Obviamente, mas é isso que te interessa? vocês serão representantes, poderão sair dessa empresa e trabalhar ao mesmo tempo, genial não acham? - Os garotos não esbanjavam nenhum tipo de alegria, a não ser quando a palavra "aumento" foi introduzida.

Peter e Victória estavam saindo da sala, quando ele parou e tirou uma foto dela distraída com aquela blusa, seria uma ótima recordação.

- Não acredito que agora vou ter que andar, me arrumar, e manter postura nos lugares - ela reclamava enquanto entravam no escritório para pegar a nova agenda de compromissos. - E pra piorar, manter contato com pessoas.

- Você é antissocial? - eles se sentaram e estavam tentando relaxar na poltrona enquanto olhavam suas agendas.

- Não, até que sou extrovertida, mas fala sério, minha coluna não está muito boa desde os meus 15 anos.
Pela postura dela sentada na cadeira no momento, com as pernas na mesa, e metade do corpo torto, Peter já podia imaginar o motivo.

- Quer que eu estale? as minhas também doem quase sempre, trabalho muito - ele dizia em um tom brincalhão.

- QUERO, por favor, acho que preciso de uma daquelas massagens relaxantes, mas não tenho um bom convívio com Spa.
Peter estava atrás da garota, ele colocou as mãos contra a coluna e se inclinou para trás algumas vezes até ouvir um estalo, logo ela agradeceu e Peter voltou ao assunto de antes.

- Porque não tem bom convívio com Spa? - agora ele se sentava na cadeira de frente para a garota.

- Bom, uma vez em viagem da escola com amigos, uma amiga inventou um Spa caseiro, ela tinha uns peixes Pucca, colocamos os pés no aquário e eles ficaram tão macios que parecia algodão - ela fazia gestos com as mãos e revirava os olhos de prazer com aquela lembrança - só que depois de algumas horas, eles incharam, os pés de todo mundo INCHARAM, paramos no hospital e ficamos internados com uma infecção por quase duas semanas, por sorte, ninguém perdeu o pé.

Peter começou a rir muito, naquele momento ele gargalhava como nunca fez na vida, não tinha a memória triste da morte da sua amada em mente, nem do Tio Ben, nada mais importava a não ser a imaginação dos pés de Victória e sua turma inchados depois de colocar peixes para massagearem.

- Você. É. Inacreditável. - Peter ainda gargalhava e Victória ria daquela sua lembrança besta e um pouco traumatizante.

Eles passaram a tarde conversando, era bom conhecer um ao outro, escutar as histórias, descobrir gostos, era um momento bom.

Quando Victória chegou em casa estava decidida, ela iria ser parceira do homem aranha, ela não sabia como, nem como iria pedir isso, ou falar com ele, mas ela ia tentar, estava positiva.
Ela puxou um alarme de incêndio de uma loja antiga, em uma rua deserta, era como se não morasse ninguém ali a séculos.

Não foi muito difícil, o pobre homem aranha parecia estar entediado para ficar balbuciando por aí a procura de crimes para combater.

- Você de novo? eu tenho 20 dólares aqui, podemos fazer um acordo, eu te dou eles e você tira umas férias de uns 2 anos. - O homem aranha tinha aparecido, ele estava falando enquanto a garota estava de costas olhando para a cidade.

- Bom te ver também, percebeu como a cidade ultimamente está calma? quase nenhum crime para resolver. - dizia a garota.

- Olha, com nenhum respeito, eu tenho mais coisas para resolver, então até nunca, eu espero - Peter estava de saída quando a garota falou.

- Espera, tenho uma proposta para te fazer.

- Proposta? então quer aceitar os 20 dólares? tudo bem, pega aqui e some - Peter retirava o dinheiro e apontava na direção da garota.

- Estou me sentindo ofendida, não quero o seu dinheiro.

- Então o que você quer?.

- Bom, o que você acha de uma parceria entre a gente? - ela estava meio nervosa.

- Parceria? - o aranha dava gargalhadas irônicas. - Não preciso de parceira, me dou muito bem sozinho.

- Urrghh grosso, para quem é "herói" pensei que também seria um pouco educado. - a gata negra andava para mais perto do aranha.

- Então me deixa ser educado, não preciso da sua ajuda querida, obrigado, agora não tenho tempo.

- Eu não estou te pedindo, estou te informando, mas ok, se não quer minha ajuda, agirei sozinha. A garota saía e sumia durante a noite.

Peter estava entediado, a cidade realmente estava calma, nem bandidos de rua tinha mais, e ele como homem aranha não tinha muito o que fazer nessas situações.

amor por um acaso - Peter Parker Onde histórias criam vida. Descubra agora