Nós vamos encontrar a felicidade

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Então... Eu voltei! Só queria agradecer pelos comentários do capítulo passado, fiquei muito feliz, sério mesmo.
Enfim, obrigado por estar lendo mais um capítulo e boa leitura~


1 ano e meio se passou desde que a verdade foi esclarecida.

Todos aprenderam a lidar com a situação, juntos.

Mesmo após contarem a verdade seus amigos não os deixaram, mesmo a primeira reação sendo ruim gradativamente todos compreenderam o ocorrido e os perdoaram, Aubrey estava até tentando ser mais gentil com Basil.

Mas ele não sabia como seguir em frente.

Como logo após saírem do hospital Sunny foi embora, eles não tiveram tempo nem a coragem para conversar mais sobre o ocorrido, e não tentaram arriscar trocar mensagens sobre isso.

Deve ser isso que me prende tanto, o garoto pensava. Mas, mesmo sabendo disso, não conseguia se abrir para ninguém, não sabia por em palavras o que sentia, o que só dificultava as coisas.

Sempre fora assim. Desde pequeno, essa característica o acompanhava, junto da timidez.

O que havia chegado a pouco tempo era sua ansiedade, sempre fora um pouco ansioso, mas após o ocorrido com Mari, o quadro se tornou mais sério.

Mesmo contra a sua vontade Basil começou a frequentar um psiquiatra, já que Polly comentou sobre sua luta com Sunny para os seus pais que sinceramente, não deram tanta atenção à isso, no entanto decidiram seguir o conselho da cuidadora.

Aos olhos do loiro, isso era apenas uma tentativa falha de mostrar que ainda se importavam um pouco com o filho.

Ele não entendia por que seus pais eram assim. Eles nunca cuidaram de Basil, estavam sempre ocupados com seus trabalhos. Ele mal sabia o que eles faziam, mas com certeza ganhavam um ótimo salário, já que gastam tanto contratando cuidadoras para ele.

Costumava se perguntar se a gravidez da mãe não havia sido um acidente, essa seria a única razão que explicava eles não cuidarem do próprio filho. Achava isso uma falta de caráter e responsabilidade.

Voltando a questão do seu tratamento, descobriu nas primeiras consultas a necessidade de fazer o uso de remédios contra ansiedade, desde o primeiro momento não gostou nenhum pouco disso, ele se sentia completamente dependente e impotente. Mas talvez era realmente isso que ele era.

Dependente de Sunny.

Desde que entrou no grupo, Sunny foi quem Basil conseguiu se aproximar mais, já que ambos eram bem tímidos. Com o tempo, passaram a ficar sempre juntos, eram grudados um ao outro.

Sentia falta disso.

Sentia falta de quando eles se sentavam juntos para lerem.

Sentia falta de quando eles se deitavam na grama apenas para olhar as estrelas.

Sentia falta de quando eles usavam as mesmas flores no cabelo.

Sentia falta de tudo em Sunny.

E isso o atormentava todas as noites.

Seus pesadelos sobre o seu passado têm o atormentado mais do que o normal ultimamente, sendo a causa de sua insônia.

Atordoado, Basil acorda devido a dificuldade de respirar, teve mais um pesadelo em que ele se afogava em um lago.

Ele se senta na cama e tenta, ao menos, respirar fundo, seu corpo tremia de frio, escorriam grossas lágrimas de seus olhos, o quarto escuro dava a impressão de que havia algo o observando.

Depois de alguns minutos, sua respiração volta um pouco ao normal, o garoto então toma um gole de água e se levanta para olhar algo.

Basil vai até a sua escrivaninha e tira da gaveta o seu memorável álbum de fotos, que com as fotos já restauradas parecia novo.

Tudo Vai Ficar Bem- SunflowerOnde histórias criam vida. Descubra agora