Capítulo IV

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Boa leitura!

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Cala a boca criança maldita!

Essa aberração chora o tempo todo.

Esquecer vocês é um favor que eu faço para mim mesma, por mim poderiam morrer agora mesmo.

O teto branco do quarto nunca se pareceu tão interessante, Caio rolou pela cama a noite inteira perdido em uma nevoa de pensamentos que invadiam sua mente sem pedir permissão, Cecília, a vida vazia e superficial que levavam, a falsa ilusão de carinho e amor que tinham. As vezes sentia vontade de viver um romance como nos livros e filmes clichês, um romance fácil e gostoso onde ambas as partes estivessem em sintonia, sem muitas dificuldades e empecilhos, já havia recebido cantadas tanto de homens quanto de mulheres, mas a maioria o sexualizava num estereótipo tosco da sociedade ou faziam pouco caso quando descobriam sobre sua bebê, e jamais se relacionaria, novamente, com uma pessoa que não aceitava sua pequena ou a maltrata-se. Com uma crescente frustração, Caio soltou um longo suspiro e esticou o braço para pegar o celular em sua mesinha de cabeceira.

03:45AM

A hora mal parecia passar, ou talvez fosse a preocupação com o quadro clinico de Malu, pedia silenciosamente para todas as entidades divinas existentes para que a filha não tivesse nada e não passasse de uma virose boba e infantil, que com alguns antibióticos e mais cuidado se resolveria.

Conformado que tinha perdido uma noite de sono, Caio se levantou e seguiu para o banheiro que ficava em seu quarto, distraidamente retirou suas roupas e entrou no box, a água quente descia por seus músculos tensos trazendo a breve sensação de conforto. Minutos depois saiu do banho e vestiu uma nova muda de roupas, saindo do quarto dando de cara com a porta do quarto de Malu, abriu a porta lentamente para não acordar a menina que dormia plenamente, o quarto iluminado pela luz baixa dava para ver a garotinha deitada de bruços e o movimento de suas costas estreitas por conta da respiração pesada da bebê.

Automaticamente o coração de Caio deu uma relaxada ao ver a menina dormindo tranquila. Fechou a porta com o mesmo cuidado com que a abriu e continuou a caminhar pelo corredor em direção a cozinha que fazia divisão com a sala, por uma bancada estilo americana, pegou uma taça na parte alta do armário e um vinho que ficava escondido fora do alcance de Malu, após encher meia taça guardou a garrafa novamente em seu lugar seguro e pegou uma barra de chocolate em outra parte alta do armário, sempre gostou de chocolates de todos os tipos, mas precisava ser um bom exemplo para a filha por isso sempre que podia comia uma barra as escondidas. E assim voltou para a sala deixando a taça em cima da mesinha em frente ao sofá e foi até um pequeno som perto da televisão e conectou em sua playlist favorita deixando baixinho para fazer um fundo para seus pensamentos conturbados, agora deitado no sofá pode perceber o quão aéreo estava, já havia devorado meia barra de chocolate e bebido mais da metade da taça de vinho, mas ambos estavam sem sabor, nem doce, nem amargo.

Tinha Que Ser Você [Spin-Off de Amor Por Acaso]Onde histórias criam vida. Descubra agora