Tinha Que Ser Você [Spin-Off de Amor Por Acaso]

Capítulo VIII

Boa Leitura!!!

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Incerteza e confusão.

Caio durante todo o percurso de sua casa se sentia desgastado, estava aproveitando que Malu cantava suas músicas infantis que tocava em volume baixo no veículo. Ao chegar em sua garagem desligando o motor do carro teve alguns segundos de silêncio e pode notar Malu o encarando de forma estranha pelo retrovisor.

— Papai mau! — A menina cruzou os braços finos e formou um biquinho bravo. Caio quase sorriu por sua garotinha parecer tão fofa com a carinha de brava.

— Ora eu não, posso saber porque está me acusando de forma tão seria mocinha. — Cruzou os próprios braços imitando as feições da menina. Seus olhos conversavam sem a necessidade de realmente falarem. Caio sabia do que a filha estava falando mas daria corda para ver até onde ela iria.

— Não pegou no cabelo do tio Nick como eu pedi. — Seria mentira se dissesse que não ficou impressionado com a seriedade e a clareza que a pequena formulou a frase sem errar coisas simples do dia a dia como sempre errava. — Mau.

— Meu bem não bem assim que as coisas acontecem, como você viu ele tem namorado, e não é legal que uma pessoa fique tão próxima de outra que é comprometida. — Já tinha entendido que não era a melhor pessoa para explicar as coisas e sempre acabava passando uma ideia pela metade. O que resultou na pequena dando uma gargalhada deixando seu pai sem entender nada.

— Como você é bobinho papai, Malu vai deixar você perceber sozinho. — A menina riu mais ainda vendo a expressão confusa no rosto do mais velho. — Vamos entrar, soninho. — Falou simples como se antes não tivesse deixado um enigma no ar, mesmo sem entender Caio pegou a filha e suas coisas e entrou em casa, encontrando sua mãe acomodada no sofá da sala lendo um livro tranquilamente. Ao ver o filho e a neta adentrarem a porta Catarina quase deu um pulo do sofá e andou até eles abraçando os dois ao mesmo tempo sem se importar com a roupa que eles estavam no hospital.

— Meus amores, que bom que chegaram, o almoço ainda tá quentinho, vou preparar um prato bem gostoso 'pra vocês. — Quando estava se desgrudando para ir até a cozinha, seu filho a segurou e deu um beijo em sua testa sendo imitado por Malu que a beijou na bochecha.

— Não precisa mãe, não tem nem duas horas que nós almoçamos no hospital, vou dar banho na Malu e colocar ela pra dormir, está com sono pobrezinha. Além de que eu também quero dormir um pouco. — Estava cansado, não pregava o olho desde a madrugada, seu corpo todo doía pelas horas que passou sentado na cadeira desconfortável.

— Pode deixar que eu dou banho nela, Antonela está no quarto resolvendo algo do trabalho. Pode descansar querido, mamãe está aqui com você! — Os olhos de Caio se encheram de água, não sabia o que seria de si sem sua mãe desde sempre. Se tinha conseguido se reerguer com certeza foi porque tinha sua irmã e mãe ao seu lado o dando apoio. Sem questionar entregou Malu nos braços da avó, a menina já tombava para os lados de sono, subiram para o segundo andar em silêncio se separando ao entrarem na porta dos receptivos quartos.