Primeira Parada

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A viagem estava fluindo bem, embora eu tenha que contar árvores pelo caminho.
Fazia exatamente duas horas que deixamos a cidade e estavamos cruzando uma bela área florestal que provalvemente seria o que veriamos daqui pra frente. Entre um quilômetro e outro, podia-se ver algumas casas e até pequenas vendas entre as árvores. No céu, o sol já estava se pondo e novens nos tons alarajandos era o que nos seguia por todo caminho. O silêncio dentro do carro jazia presente desde que meu chefe começou a dirigir, quando passamos no pedágio, ele me falou apenas que passariamos em um tipo de lanchonete se encontrassemos pelo caminho para que pudessemos 'jantar', eu concordei e dali em diante mantivemos o silêncio, minha única saída para me livrar do tédio, foi contar as árvores que passavam rapidamente com a velocidade do carro.

Quando felizmente o sol se pôs por completo e a lua preencheu o céu, tive que mudar meu foco para outro lugar, talvez para algo no meu celular, e sim, graças a minha boa memória, não deixei de trazer meus fones de ouvido, então os pluguei no aparelho e procurei minha melhor playlist para ouvir na estrada enquanto o senhor Rickman dirigia com total atenção. Quando a música Forever Young de Rod Stewart começou a tocar, encostei minha cabeça no banco do carro e relaxei ao fechar os olhos.

A música era calmante, então sem perceber, comecei a mover minha cabeça no ritmo mantendo meus olhos fechados enquanto batia minhas mãos delicadamente em minhas coxas.

Pov Alan

Eu estava tenso, nunca havia feito uma viagem tão grande de carro, sempre preferi as alturas do que o solo, e ter que dirigir para outra cidade, não ajudava muito na minha tensão.
Tentei de várias formas tirar pensamentos negativos de minha cabeça mais não estava conseguindo me concentrar em outra coisa, até ver pelo canto do olho, a senhorita Jones colocar seus fones de ouvido e pouco tempo depois curtir seja lá qual música estivesse escutando. Virei um pouco a cabeça para observar minha secretária, ela estava de olhos fechados enquanto batia as mãos levemente nas coxas, seu semblante estava pacífico, então voltei minha atenção à estrada e tentei parecer tranquilo com ela ao meu lado. Bem, eu nunca admitiria pra ninguém, mais a senhorita Jones era a única pessoa em quem eu mais confiava, e tê-la ao meu lado me deixava de alguma forma, seguro. Jones era meu braço direito e esquerdo, então nada mais justo traze-la nesta viagem.

Eu a olhei mais um pouco, porém, ela abriu os olhos e me pegou olhando-a. A moça levantou a cabeça e retirou os fones dos ouvidos ficando um pouco sem graça comigo.

__Desculpe senhor Rickman. Eu estou atrapalhando sua concentração?

Perguntou preocupada e eu neguei

__A senhorita pode ouvir suas músicas. Não está me atrapalhando.

__Uhm...é... tem certeza? Eu posso desligar o telefone e ficar aqui na minha sem causar nenhum ruido que possa lhe desconcentrar.

__Faça o que achar melhor. _tentei manter minha indiferença, mais sabendo que ela logo me desarmaria.

Ela desligou o aparelho e confesso que fiquei um pouco mal por ela ter feito. Srt. Jones acertou sua postura no banco e ficou como uma estátua olhando pela janela sem nem ao menos conseguir enxergar um terço do que estava ao lado de fora.

__Está com fome?

Perguntei tentando não parecer rude e a vi se assustar um pouco e se virar para olhar pra mim.

Meu 'NÃO TÃO' Querido ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora