Meu 'NÃO TÃO' Querido Chefe

Discretos olhares

Depois do que houve na mesa mais cedo, nem Alan nem eu conseguimos dizer algo um para o outro. Estávamos sem saber o que dizer e tensos pela situação. Sabiamos que Angel não tinha feito aquela pergunta por mal, mesmo assim isso nos deixou sem palavras.

Quando a noite chegou, fomos para as mesas depois de nos arrumar, Angel queria que eu me sentasse perto dela, então foi o que eu fiz, meu chefe disse simplesmente que não teria problema, mas não disse nada mais que isso.
Ele estava em outra mesa, todos estavam preenchidas com os hóspedes daquele dia. A chuva não voltou a cair e o céu clareou um pouco, embora o frio fosse constante.
Enquanto jantavamos, olhei algumas vezes para o meu chefe que estava sentado próximo ao Ângelo, eles pareciam discutir sobre o carro, fiquei curiosa pra saber a respeito, mais estava muito envergonhada para perguntar, embora já tivesse alguma noção pela cara desapontada que Alan estava fazendo. Provavelmente, seu carro não tinha sido consertado ainda.

__Emily?

Virei minha cabeça para olhar a menina ao meu lado esquerdo da mesa.

__Oi, Angel?

__Podemos brincar um pouco agora?

__Agora?

__Sim!_ela parecia empolgada_-Já terminei minha refeição, você já terminou a sua?

__Ah_olhei pro meu prato que até então estava intocado, eu tinha me esquecido de comer enquanto observava meu chefe de longe e agora, definitivamente, não sentia mais fome. _-Eu ainda não jantei.

__O que você tem? Perdeu a fome?

Ela perguntou preocupada e eu suspirei

__Perdi sim. Mais preciso comer antes que sua avó chame minha atenção.

A menina riu e concordou comigo.

__Come então, mais depois você vai brincar comigo, não é?

__Vou sim. Assim que eu terminar.

__Tá bem..._ela abriu seu melhor sorriso e me esperou enquanto eu começava a comer.

Alguns longos minutos depois, eu tinha terminado, limpei a boca com o guardanapo e bebi meu suco natural. Logo me levantei e puxei a cadeira de Angel para que ela se levantasse, assim que ficou de pé, a menina agarrou minha mão e me puxou para onde ela queria que eu fosse.
Andamos um pouco e chegamos em um espaço onde havia alguns brinquedos para crianças, como escorregador, dois balanços e um gira-gira.

__Você me empurra no balanço?

Ela apontou exatamente para onde o balanço estava

__Sim. Mais não agora, você acabou de comer e pode se sentir mal.

Ela me compreendeu e naquele momento me senti como uma mãe cuidado de sua filha.

__Então temos que esperar alguns minutos, né?

__Isso. Precisamos esperar.

__Podemos nos sentar e conversar enquanto isso?

Perguntou ela apertando minha mão na sua.

__Claro.

A levei para o banco artesanael feito com um tronco de árvore próximo aos brinquedos e nos sentamos.

__Do que quer falar?

Perguntei e ela pareceu pensar

__Posso te fazer algumas perguntas? Se forem indicretas você não precisa me responder, tá?

__Ok...mais quantos anos você tem?

Ela sorriu por eu ter feito uma pergunta estando supresa com a maturidade dela para falar.