Voltando para Estrada

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__Alan?

Cheguei com tudo no quarto e vi meu chefe sentado no sofá com uma cara nada agradável. Ele respirava pesadamente e eu sabia que estava se segurando para não dar um ataque de nervos ali.

__Alan...senhor, não fica assim. _sentei ao lado dele e com coragem acariciei sua costa em círculos_-Davies fez tudo isso, mais não conseguiu nos parar, não ainda.

__Aquele canalha vai se ver comigo.

__Senhor... vamos o desmascarar juntos, mais primeiro iremos voltar para a estrada. Temos que assinar aquele contrato.

Ele me olhou como se eu tivesse falado um absurdo.

__Emily_quando ele disse meu nome, meu coração bateu dois tons acima_-Não temos um meio mais rápido para chegar a essa cidade. Não vamos conseguir.

Sorri e o surpreendi com um beijo na bochecha, isso me deu borboletas no estômago e acho que ele pode ter sentindo o mesmo.

__O senhor tem que admitir, eu sou demais!

Ele franziu o cenho tentando segurar o riso pelo meu comentário

__Consegui um meio de transporte único para voltarmos a estrada.

__Como assim?

__Ângelo tem uma caminhonete velha, mais que segundo ele, está em boas condições para uma viagem.

__Você acha que isso pode mesmo nos ajudar?

__Alan _ele remexeu no sofá mas continuou olhando pra mim_- Esse é o único meio que temos. Vai dar tudo certo. Nós iremos conseguir.

__Ok.

Ele assentiu e eu sorri e me levantei

__Vamos sair antes do jantar, você precisa comer alguma coisa. E...sobre Davies, eu estive pensando em algumas coisas para o pegar desprevenido assim que chegarmos em Nova York.

__No que pensou?

Ele parecia interessado e eu o sorri

__Quando viemos a essa vigem, deixei Hugo de olho em Davies, acredito que ele tenha algo interessante para nos contar sobre esse idiota. _Alan riu ladino_-segundo, o que ele fez em seu carro foi um crime. No mesmo dia da viagem, vi Davies sair do elevador apressado como se ele tivesse desconfiado de algo e muito nervoso. Ele estava afrouxando a gravata e olhando muito pra trás, talvez, só talvez tenha sido naquele minuto que ele sabotou seu carro, senhor. E... temos uma carta na manga, ele tem uma filha, que recusou a criar e fugiu, Tia Maria queria exigir os direitos de Angel, então nós dois poderiamos leva-las a Nova York e fazer uma surpresinha pra ele.

__Precisamos ter provas.

__Nós teremos. Hugo cuidará disso usando o código vermelho.

Cruzei os braços e Alan sorriu e se levantou

__O que seria de mim sem você, Emily?

Ele perguntou olhando-me profundamente

__Alan... eu te disse que sempre poderia contar comigo.

Ele assentiu

__E...sabe que eu faria qualquer coisa, qualquer que seja por você.

__Eu..._ele estava prestes a dizer algo, mais desistiu dizendo outra coisa_-Eu estou de acordo em tudo que me disse. Seguiremos viagem.

__Isso_Sorri_-Nós voltaremos a este vilarejo para pegar nossas coisas, levaremos apenas o necessário.

__Certo.

Ele se afastou e foi preparar suas coisas, eu fiz o mesmo mais logo saí do quarto para pedir a Tia Maria que separasse algo para comermos no caminho.

Mais tarde nos arrumamos e segurando uma pequena bolsa com nossas coisas, esperamos Ângelo estacionar sua caminhonete.

__Você vai voltar não é?

Angel estava ao meu lado e me abaixei para falar com ela

__Sim! Eu volto... precisamos pegar o carro na oficina do tio Ângelo. E... eu simplesmente não iria embora antes de te ver novamente.

__Promete que não vai esquecer de mim?

__Angel...eu nunca esqueceria de você, pequena. Somos amigas, lembra?

__É! Melhores amigas, não é?

__Melhores amigas. Pra sempre!

Nos abraçamos e a beijei na bochecha quando me levantei, ela passou a minha frente e para nossa supresa e principalmente para a surpresa de Alan, ela o abraçou.
Alan olhou pra mim e depois para Tia Maria que estava próxima de nós e eu o incentivei a retribuir o abraço do jeito dele.

__Toma cuidado senhor. Tenho certeza que vai dar tudo certo.

Eu havia explicado a ela porque iriamos voltar pra estrada.

Alan se abaixou e a pegou no colo, isso me fez sorrir admirada por sua reação inesperada.

__Obrigado pequena.

Ele disse pra ela

__O senhor promete trazer minha amiga de volta sã e salva?

Ele riu e deu um beijo na bochecha dela

__Eu prometo!

__Cuida bem dela, tá? _ela o beijou na bochecha como ele havia feito com ela, a pequena aproveitou para falar algo bem baixinho no ouvido dele, eu não sabia o que era, mais Alan me olhou na hora e sorriu ladino, logo colocou a menina no chão e disse:

__Prometo cuidar muito bem dela, pequena, e sim! eu sinto o mesmo.

Falou por cima ainda olhando pra mim, franzi o cenho tentando entender o que ele quis dizer com "eu sinto o mesmo" podia ser uma resposta pra tantas coisas. Eu não sabia o que pensar.

Logo depois, Ângelo trouxe a caminhonete, Alan olhou dela pra mim e eu acenei, ele se deu por vencido e nos despedimos para entrar no automóvel e dar partida em direção a pequena cidade.

...





Meu 'NÃO TÃO' Querido ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora