Você já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida?
Marília também nunca havia imaginado isso, muito pelo contrário. Era para ter sido apenas mais uma manhã normal, Marília acordaria, tomaria o café da manhã com sua família, depoi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Você virou saudade aqui dentro de casa...
É difícil aceitar que uma hora precisamos nos despedir de pessoas que são essenciais na nossa vida, e que nos restarão apenas lembranças e uma saudade imensa para recordar os momentos que estivemos ao lado dela.
Por isso, é importante aproveitarmos cada segundo com quem amamos e criarmos boas memórias, pois serão elas que confortarão o nosso coração quando não estiverem mais por perto.
Mas se despedir de quem a gente nem conhece…
Como explicar a dor da perda de alguém que nunca vimos?
Como justificar o choro por quem a gente nunca abraçou!?
Mas ela me conhecia tão bem… Nas suas letras, ela me encontrou. E adentrou a minha casa, me fez chorar com suas canções, e rir de suas brincadeiras.
Tomou tantas cervejas comigo… Me fez companhia no banho, me distraiu lavando a louça. Foi meu par em dias de solidão...
Parando pra pensar agora, me fez tanta companhia nos últimos anos que foi mais íntima do que parecia.
Logo ela, que nunca vi, mas que tanto já me preencheu, agora, esvaziou.
Assim, num sopro, em uma tarde de sexta-feira.
Se despediu da mãe, deu um beijo no filho e disse que logo voltava.
Não mais.
Dói né!? Dói porque nos colocamos no lugar do filho, no lugar da mãe, no lugar dos amigos, do irmão... Mas dói mais ainda porque nos colocamos no lugar dela…
Tomamos um choque de realidade e diante de tragédias sem anunciação, a surpresa do acaso nos assusta e nos lembra, cruelmente, o quão passageiro somos e como, num piscar de olhos, tudo pode mudar. Rápido! Com pequenos acasos.
Descaso é não viver a vida.
Não falar que ama.
Não abraçar.
Não se permitir sofrer.
Até o sofrimento tem lá sua graça.
Estamos vivos! Todas as emoções são válidas e quantas vezes não damos valor!?
Marília se foi! Num sopro, com apenas 26 anos.
Mil planos, Mil sonhos, Um filho tão pequeno…
Um último suspiro e adeus!
Mas e nós que ficamos, estamos honrando essa chance?
Estamos fazendo valer a pena os nossos dias?
Estamos amando o quanto podemos?
Agradecendo o quanto devíamos?
A vida é dádiva. Presente!
Que saibamos aproveitar.
Que valorizemos a chance e façamos, a cada dia, o melhor que pudermos.
É para isso que ainda estamos aqui…
Passado não volta! Futuro não temos! E o hoje não acabou!
