Curses, Banter, and Babies, Oh My! | Dramione

05

— Aparentemente, deveríamos discutir problemas médicos — disse Malfoy, deixando cair o guardanapo no prato e empurrando-o para longe dele. Quando ela inclinou ligeiramente a cabeça e lançou-lhe um olhar curioso, ele disse: — Eu estava lendo sobre isso e, aparentemente, é importante conversar sobre quaisquer problemas médicos que possam surgir. Você sabe, genética e tudo mais.

— Oh, sim, isso faz sentido — disse ela. — Bem, na verdade não tenho nenhuma família além dos meus pais, e mal conhecia minha avó materna, mas com base no que meus pais me contaram, não temos quaisquer preocupações médicas. E você?

— Claro que não — disse ele, colocando a mão no coração, fingindo ofensa com a pergunta dela. — Eu te disse, sou um espécime perfeito.

Ela revirou os olhos e recostou-se, como se dissesse lá vamos nós de novo.

— Estou falando sério. Disseram-me que tenho um intelecto superior e que meus talentos excedem em muito os de outros homens.

— Quem te disse isso? Sua mãe? — ela perguntou, mas ele continuou imperturbável com suas zombarias.

— Olhe para esta estrutura óssea.

— Ah, sim, as mulheres adoram seu rosto ossudo.

— Fui nomeado o 'Sorriso Mais Encantador' do Semanário das Bruxas por três anos consecutivos.

— Lockhart também — ela brincou, e o sorriso que ele retribuiu, cheio de dentes e tão falso quanto ouro de duende, lembrava tanto o do antigo professor deles que ela teve que reprimir uma risada.

Ele se inclinou e baixou a voz, olhando em volta para ter certeza de que não poderiam ser ouvidos.

— E já me disseram em mais de uma ocasião que eu tenho um enorme...

— Ok, chega desse jogo — ela disse rapidamente, interrompendo-o.

— 'Ego', Granger. Eu ia dizer 'ego' — disse ele, cheio de sarcasmo. — Você e sua mente suja. — Ela fez uma careta de volta, mas a contração em seus lábios traiu sua tentativa de verdadeira irritação.

Ele terminou o vinho e sua expressão ficou mais séria.

— Não, não temos nenhum problema que eu saiba... a não ser, é claro, que você leve em consideração a propensão da família Black à insanidade, mas tenho certeza de que isso tem mais a ver com educação, relacionamentos incestuosos e envolvimento com magia negra do que com genética.

Hermione considerou isso por um momento. É verdade que a má qualidade da saúde mental da família Black era bem conhecida em todo o mundo mágico, mas ela pensou que talvez ele estivesse certo. Sirius certamente não era louco. Depois de Azkaban, ele ficou um pouco fora de contato por um tempo, é claro, mas qualquer um ficaria. E tanto Narcissa quanto Andrômeda pareciam perfeitamente sãs.

— Eu não acho que seja uma característica Black, na verdade. — Ela compartilhou com ele seu processo de pensamento em relação ao resto da família e ele concordou.

— Na verdade era apenas Bella. — Ele disse o nome e, em seguida, olhou rapidamente para ela, como se estivesse preocupado com o fato de o nome dela, por si só, afetar Hermione de alguma forma. Ela desviou os olhos rapidamente, não querendo mostrar que a simples menção da bruxa que lhe causou tanta dor ainda era suficiente para fazê-la hesitar. Ela afastou o prato e tomou um gole de vinho.

Eles haviam jantado juntos quase todas as noites da semana, e Hermione não conseguia deixar de se perguntar por quê. Obviamente, eles haviam passado um tempo considerável juntos durante a preparação da poção, mas agora que ela estava completa, eles realmente não tinham nenhuma desculpa para continuar passando tempo juntos. E, no entanto, aqui estavam eles, sentados em uma mesa isolada do resto das pessoas que estavam no Catbird Seat; aquele havia se tornado realmente o lugar deles, tanto essa mesa quanto o próprio restaurante, e Hermione sentiu um calor crescer dentro dela ao pensar em qualquer coisa como sendo deles, um calor que se transformou em uma chama completa ao pensar que um bebê logo seria deles também.