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Ela faltou ao trabalho na segunda-feira, tirando sua primeira licença médica em anos. Na primavera passada, ela realmente veio trabalhar com gripe, com a cabeça envolta em um feitiço de bolha para evitar a propagação de qualquer germe, mas bastou ter machucado alguém para fazer a grande Hermione Granger ficar doente.

No dia seguinte, ela invadiu seu escritório novamente. Ela empurrou a porta sem sequer bater e disse:

— Malfoy, estive pensando e...

Mas Malfoy não estava sozinho. Ele estava sentado em sua cadeira, recostado com um sorriso fácil no rosto enquanto olhava para o rosto de Pansy Parkinson. Ela estava encostada em sua escrivaninha, com a saia curta mal cobrindo seus atributos, e claramente no meio de uma história fascinante.

— Ah, hum, me desculpe. Eu não percebi... eu só vou...

—Está tudo bem, Granger. Pansy estava saindo. Sente-se. — Ele se levantou e se inclinou para dar um beijo na bochecha de Pansy.

Ao atravessar a sala, ela disse:

— Vejo você hoje à noite, Drakey?

— Claro — disse ele com um sorriso, piscando para ela antes que ela saísse do escritório e fechasse a porta atrás de si.

Hermione ficou surpresa. Que diabos era esse... sentimento em seu peito agora? Será que ela estava... com ciúmes? Isso é ridículo, pensou ela. Ela não estava nem um pouco interessada nele, apenas pensou que, se ele estava querendo ter um filho, talvez não estivesse dormindo por aí - ou mesmo em um relacionamento, por falar nisso. Foi apenas uma expectativa que ela criou em sua mente. E foi só isso. Ela não se sentia atraída por ele. Isso seria um absurdo.

— Drakey? — Hermione perguntou antes que pudesse se conter.

Ele riu, o som saindo como um estrondo em seu peito, e Hermione pensou como parecia agradável. Ela nunca o tinha ouvido rir antes, e foi... bom.

— Ela só diz isso porque sabe o quanto eu odeio isso. O que posso fazer por você, Granger? — ele perguntou. Sua voz voltou à cadência normal, livre de qualquer tristeza que ele havia demonstrado a ela algumas noites atrás.

— Eu... eu queria me desculpar com você.

— Não há necessidade. Estamos bem — ele disse brevemente, puxando a papelada de sua caixa de entrada e começando a examiná-la.

— Não, eu realmente sinto que preciso pedir desculpas. Eu estava...

— Está tudo bem. Realmente.

— Malfoy, você poderia apenas... Me desculpe por ter machucado você. Eu não -

— Você não me machucou, Granger. Estou perfeitamente bem -

— Você pode parar com isso? — gritou ela, finalmente fazendo com que ele parasse de olhar para o pergaminho à sua frente e olhasse para ela. — Pare com isso! Eu fui horrível com você e sinto muito. Você pode simplesmente aceitar o maldito pedido de desculpas e parar de ser tão obstinado?

— Bem, você certamente parece arrependida, Granger. — O sorriso no rosto dele fez com que ela tivesse vontade de pular na mesa e esganá-lo, e isso, por si só, deve significar que eles estavam de volta ao normal, pelo menos por enquanto.

— Eu reconsiderei — disse ela, erguendo o queixo desafiadoramente e olhando para ele.

Ele empurrou o pergaminho para longe dele e reclinou-se em seu assento.

— E?

— Se a oferta ainda estiver em cima da mesa, eu concederei.

— Você terá que ser mais especifica. Conceder o quê, exatamente?

Curses, Banter, and Babies, Oh My! | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora