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A música que soava pelo salão era lenta e suave, como os bailes dos filmes antigos, e bregas. Todos os homens estavam com suas parceiras e ao olhar para trás vi que o Suguru também estava acompanhado por uma mulher com um vestido extravagante.

Filho da puta maldito, estava pedindo… quer dizer, implorando para me comer a minutos atrás e agora já está com outra. Mas isso não me interessa, tenho que conseguir aquele pen drive. E o meu alvo está bem na minha frente.

Pego uma taça de champanhe na bandeja e me aproximo do homem que estava com uma de suas mãos nos bolsos e a outra com um copo de whisky. Ele parece meio avoado, apenas olha para os casais dançando,mas assim que eu me aproximo sua atenção é direcionada para mim.

— Nossa… — murmurou baixinho — Olá senhorita.

Olá velho safado.

— Olá… — coloquei um sorriso gentil no rosto e fiquei bem ao seu lado como as outras mulheres faziam com os mafiosos, todas estão se oferecendo para ser a acompanhante de um deles, então não vejo por que não aproveitar da situação.

— Seu rosto é bem familiar, nos conhecemos? — ele pega minha mão e leva até seus lábios despejando um beijo ali.

— Creio que não, meu senhor. Sou nova aqui nessa cidade,e com certeza não esqueceria de alguém como você.

O mais velho solta um riso fraco e me analisou de cima a baixo, deixando seu copo em cima de uma pequena mesa logo em seguida.

— Me acompanha? — Refere-se à dança e não demora a assentir.

— Será um prazer. — o mesmo me guia lentamente até o centro do salão e segura delicadamente em minha cintura me aproximando do seu corpo e pondo um sorriso cheio de segundas intenções em seu rosto.

Apesar de ser velho, ele é um homem conservado, e bem charmoso diga-se de passagem. Então eu não estou em uma furada tão ruim assim.

— Diga-me minha querida, você está aqui para me matar ou me roubar? — meu coração dá um salto em meu peito, e vejo que ele já sacou o que está acontecendo só pela expressão que eu acabei de fazer.

—....Você não está acostumada com isso, não é? — Diz após uma risadinha de lado.

— Não. Pensei que seria fácil.

— É, todas pensam, e no final acabam em um necrotério. — apertou ainda mais a minha cintura — Mas, eu gostei de você. Talvez se for boazinha eu possa dar o que quer.

O encaro com os olhos brilhando de inocência, e vejo o quão aquele homem é bonito. Bonito de verdade.

— O que quer? — pergunta.

— Um pen drive. — Ele me gira duas vezes e me puxa para si novamente fazendo nossos corpos se baterem por conta da colisão. — Eu preciso que você me devolva.

Minha perna agora é levantada até a sua cintura e sinto seus dedos indo para debaixo da renda.

— Por que está armada assim? — questionou com um sorriso bem largo no rosto — Veio acompanhada?

— Por que quer saber?

— Minha vida pode estar nos últimos minutos só por eu estar tocando em você, sabia? — sorrio.

— Não, não acho que ele… — Olho para o Geto que estava do outro lado do salão e juro que em toda a minha vida nunca havia visto tanto ódio em um olhar só. — Ele não faria isso.

Dou um sorriso malicioso ao encontrar com os olhos negros de Suguru e então deixo com que o homem me guie para uma dança mais agitada e cheia de movrimemtos interessantes.

𝑁𝑒𝑒𝑑𝑒𝑑 𝑚𝑒 - 𝐺𝑒𝑡𝑜 𝑆𝑢𝑔𝑢𝑟𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora