𝑁𝑒𝑒𝑑𝑒𝑑 𝑚𝑒 - 𝐺𝑒𝑡𝑜 𝑆𝑢𝑔𝑢𝑟𝑢

T w e n t y E i g h t

 Bella.

Alguma coisa está acontecendo, ou está prestes a acontecer. Eu sei porque depois de tantas coisas ruins na minha vida, eu desenvolvi um sensor de catástrofe, e ele funciona mesmo, se não nem aqui eu estaria, tinha sido morta pelos escombros do depósito que eu costumava a ficar e que em uma linda tempestade resolveu desabar. Enfim, eu sei quando algo vai acontecer e sinto que a catástrofe de agora está com meio caminho andado.

Durante a nossa viagem para a Europa, Geto havia me perguntado várias vezes sobre o sumiço do Yuji; e eu sempre respondia que ele estava fazendo um trabalho para mim. E ele realmente estava ,mas não sou boba ao ponto de dizer todos os meus passos; nem mesmo para o homem que eu amo.

É uma coisa que poucos sabem sobre mim, ou sobre a raposa do Brooklyn. Ninguém nunca irá saber a total verdade, ninguém...

É uma autoproteção, e durante a minha vida eu só não cumpri com minha palavra por uma pessoa só. E essa pessoa agora estava na minha sala chorando por um motivo que eu não conheço.

Antes de virar o corredor, eu parei por um tempinho antes de ir até o meu destino e pude ouvir o soluço do Geto, e aquilo partiu meu peito em trilhões de pedaços. Não irei perguntar o motivo, esperarei ele me dizer, e tenho certeza que o entenderei, e irei ajudá-lo a resolver, pois agora que consegui me libertar das correntes que me impedia de perceber e receber o amor e o carinho do Suguru, nada mais me tirará de perto dele. Nada.

Assim que entrei no meu quarto, meu celular tocou ,já sabia que era o Yuji, então assim que atendi meu sorriso foi de orelha a orelha.

— Achamos.

Um mês e meio? É Vincent, o senhor tá fraco demais.

— Estou indo.

Sai do quarto, peguei a chave do carro e sai pelos fundos, completamente empolgada, pois tinha conseguido capturar o Vincent, de novo, depois de todo esse tempo. A última vez que havia tentado, durou 6 meses, da primeira vez 2 anos, mas eu estava aprendendo os truques ainda, os truques que ele havia me ensinando e os meus próprios.

Ele me ensinou porque dizia que eu tinha algo de especial em mim, e que havia visto isso apenas olhando em meus olhos.

"Só vi olhos iguais aos seus uma vez em minha vida, é assim que os vi,saí correndo sem olhar para trás."

Sabia que o Vincent trabalhava para os Milani's, ninguém fala que é um Milani sem ter algum vínculo, ninguém é maluco a esse ponto. Exceto eu.

Descobri como esse sobrenome era poderoso depois que eu matei um homem e os policiais me liberaram depois que eu o falei, então uso quando me sinto encurralada, e sempre funciona. Tinha pedido a autorização do Vincent, e ele havia permitido depois de dar uma longa admirada em meu rosto. Quando conheci o Marco, ele havia me dito que não era para brincar com a sorte e não dizer meu sobrenome à toa, e nunca mais usei, a última vez que tive a audácia foi no Baile dos mafiosos, para aquele homem dos olhos azuis.

Todas as vezes em que eu estou em algum lugar eu sinto aqueles olhos azuis em mim, como se desde o dia em que os vi eles estão me observando e monitorando cada passo meu. Já tentei tirar essa ideia da cabeça, mas há algo naquele homem que me intriga até hoje, mas outro dia eu vou descobrir, hoje eu tenho um encontrinho especial.

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Assim que cheguei ao galpão, dois peões se aproximaram do meu carro para fazer a escolta, mas antes de descer eu ergui minha mão e lhe dei um sorriso, dizendo que não era necessário. Haviam quatro ali na frente e pelo tanto de carros, tinham mais dentro do galpão.