Capítulo 30

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Pov Amber

Passei praticamente a noite toda em claro com medo do que pode acontecer comigo quando eu encontrar o Adam.

Pensei em várias formas de sair do hospital sem ser vista, mas isso é quase impossível.

Reviro na cama mais uma vez e vejo o dia começar a clarear. Me levanto da cama de forma silenciosa e pego uma roupa mais apresentável.

Vou até o banheiro e troco de roupa e guardo o papel com o endereço no meu bolso e também pego meu celular.

Saio do banheiro e volto para o quarto. Percebo a movimentação aumentar nos corredores e fico nervosa.

Olho às horas no meu celular e percebo que preciso sair logo antes que a Amélia ou o Alex venham me ver.

Saio do quarto quando o corredor está vazio. Vou andando me escondendo nas paredes.

Vejo a oportunidade e corro até as escadas. Desço rapidamente todos os lances de escadas e sinto a dor dos meus pontos irradiarem pelo meu corpo todo.

Levanto a minha blusa e vejo que meu curativo não estava sangrando, respiro aliviada.

Vejo muitas pessoas na emergência, me infiltro entre elas e saio o mais rápido possível do hospital.

Respiro aliviada por ter conseguido sair e começo a andar para longe dali. Aceno para o primeiro táxi que aparece e entro nele.

Entrego o endereço para ele e ele dá partida com o carro.

Pego o meu celular e penso em mandar alguma mensagem para a Amélia ou para o Alex, mas desisto.

Começo a roer as minhas unhas por causa do medo e da ansiedade.

O carro para em frente à um pequeno motel, sinto o meu coração acelerar e mordo os meus lábios com força.

Pago a corrida e desço do carro. Olho em volta procurando ele, mas não o acho.

- Eu sabia que viria linda. - Disse Adam chegando por trás e eu me afasto assustada.

- Eu já estou aqui, o que quer? - Perguntei.

- Vamos entrar primeiro. - Disse ele e pegou o meu braço com força e me arrastou até o seu quarto.

Assim que entramos ele me jogou na cama com força e eu gemi de dor.

- Eu estava sentindo tanta a sua falta. - Disse ele me encarando.

- Mas eu não. - Disse.

- Passou um tempo longe e já está perdendo a noção do perigo. Acha que pode falar assim comigo? - Perguntou ele se aproximando.

- Eu te odeio! - Disse e senti uma ardência no meu rosto.

Ele me bateu, como sempre fazia quando eu o irritava. Não consegui evitar as lágrimas.

- Você não deveria falar comigo assim, viu o que você faz? E eu sempre acabo como o vilão da história. - Disse ele.

- Você matou a Lana! - Disse.

- Ela mentiu para mim! Ela te ajudou a fugir de mim, ela não podia sair impune disso. Ela sempre quis atrapalhar o nosso amor, eu não podia deixar. - Disse ele.

- Ela era a minha amiga! - Disse já chorando.

- Eu sinto muito meu amor, mas há males que vem para o bem, para o nosso bem. - Disse ele sentando ao meu lado.

Tento me afastar, mas ele me pega a força e me abraça. Tento sair do abraço, mas ele é mais forte do que eu.

- Eu sei que está com raiva agora, mas vai passar. Nós vamos ser muito felizes longe daqui, só nós dois. O nosso amor é maior que tudo isso. - Disse ele e eu o empurrei para longe de mim.

Amber Karev ( Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora