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Era fim de semana, por isso, tecnicamente não haveria poemas para Minho ler e reler as vezes que ele quisesse e que o tempo permitisse antes de a confusão começar, bom pelo menos era o que o garoto pensava antes de chegar na sala e se deparar com um papel que continha o seu nome escrito junto com as restantes cartas.
De início, o Lee estranhou. Não era nada normal ele receber cartas nem coisas do género, na verdade, em toda a sua vida ele recebeu apenas uma da sua tia pouco antes do seu falecimento, podia se dizer que não tinha uma boa relação com cartas depois dessa.
Mesmo assim, ele a abriu e logo conheceu a letra utilizada no pedaço de papel, era óbvio, Minho conheceria aquela caligrafia mesmo misturada com mais outras mil, porque? Porque aquela era exatamente a mesma caligrafia que o garoto lia e relia todas as manhãs, era do poeta mistério.
Agora a pergunta era, como havia chegado na casa do mais velho? As perguntas começaram a se amontoar umas nas outras e a cabeça do pobre menino ficou uma confusão autêntica. Será que eles se conheciam? Seriam vizinhos? Amigos? Colegas? Bom, colegas eles seriam sempre uma vez que frequentavam a mesma escola.
Enquanto Minho ficou ali, parado perto do sofá olhando o pedacinho de papel nas suas mãos pensando um trilião de coisas ao mesmo tempo, Jisung estava em casa, jogado na cama pensando se teria sido boa ideia colocar o poema na casa do namorado e vizinho.
O mais novo tinha acordado decidido, ele iria dizer quem era naquele dia, afinal, não conseguia esconder do namorado por mais tempo que a pessoa por quem ele tanto procuro esteve sempre a sua frente e o poema falava exatamente sobre isso, sobre como as vezes, temos o amor da nossa vida bem debaixo do nosso nariz mas nem percebemos, no caso, Lee Minho sempre teve a resposta bem a sua frente mas nunca percebeu, nem depois de Seungmin praticamente lhe dizer, ele não percebeu. As vezes, o Lee podia ser bem lerdinho e tapado.
— Jisung, o café! — a mãe gritou do andar inferior fazendo o outro se levantar e caminhar calmamente até à cozinha.
Medo, ele transparência nos seus olhos, ele estava com medo da reação do outro ao perceber quem era ele, estava com muito medo, muito mesmo.
— Aconteceu alguma, filho? — a mulher perguntou um pouco preocupada. — Esta estranho, não falou bom dia ou correu para comer as panquecas doces.
— Hm? Não, está tudo bem. — sorriu, era o sorriso mais forçado que tinha mas ele tentou ao menos. — Estou apenas pensando, as provas estão chegando e tenho que organizar os meus horários para os estudos.
Ao contrário de Minho as vezes, Jisung era um garoto bastante inteligente, tanto quanto Seungmin, os dois carregavam os primeiros lugares nas tabelas de classificação das provas e isso era uma coisa de que as mães dos meninos, Han Hwayoung e Kim Sunhi, se orgulhavam bastante.
Voltando a Minho, ele já havia lido o poema, na verdade, havia lido e relido vezes sem conta chegando a decorar até as suas palavras.
" Posso nadar contra a corrente
e posso negar sem parar,
mas estaria a ser prepotente
e um alguém sem nada a falar.
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𝗽𝗼𝗲𝘁𝗿𝘆 | 𝗺𝗶𝗻𝘀𝘂𝗻𝗴
Fanfiction[민성] onde Jisung amava escrever poesias e afixar na entrada da escola e Minho amava ler cada palavrinha escrita pelo mais novo.