Todas as situações apresentadas neste oneshot não são consideradas como parte oficial do cânone do personagem original. Não tenho a intenção de prejudicar ou distorcer a imagem de qualquer personagem. Este oneshot é uma obra de ficção e concentra-se na narrativa proposta, sem qualquer intenção de manipular a representação de personagens existentes.
AVISO: +18
Todos os personagens são maiores de idade.
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4.
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Emma Sano. Uma garota, filha de um casal tradicional cristão, com um pretendente à altura de sua família para se casar, era seu 'namorado' fazia um ano. Todas as quartas e domingos era obrigada a ir a igreja. Se já havia reclamado? Não, claro que não. Reclamar de que, exatamente? Tinha uma vida confortável, apesar de seus pais parecerem viver em um universo utópico, onde existe apenas em suas mentes, ela nunca ousaria reclamar.
Mas foi em um domingo, saindo de seu carro com um vestido longo rosado, andando atrás de seus pais rumo a porta principal da igreja que ela a viu. A garota encostada em um conversível branco bem chamativo, falando no telefone e rindo como se nada a preocupasse. Os cabelos amarrados desajeitadamente para trás, tingidos em tom de púrpura, quase brilhantes. Usava um moletom preto e uma calça jeans rasgada, junto a um tênis totalmente acabado.
Ela deve ter encarado-a por muito tempo, já que em um momento as duas estavam se olhando simultaneamente antes dela entrar no local. Aquela garota a encarou com curiosidade no pouco tempo que tiveram, claro, elas eram muito diferentes. Emma ficou corada pela primeira vez.
— Nossa, você viu? — sua mãe disse ao seu pai enquanto se sentavam, e Emma apenas ouviu
— Difícil não ver aquilo. O que estava fazendo na frente do local sagrado? — ele reclamou
Claro que ela sabia do que estavam falando, era sobre a garota. A mesma que ela estava pensando até o momento.
Suas mãos se juntaram de forma nervosa, apertando os dedos entre si, e nem percebeu quando o 'namorado' se sentar ao seu lado. Passou o tempo todo agradecendo o momento de fechar os olhos, para que não tivesse que o encarar e fazer o mesmo sorriso falso de sempre.
Ele era um homem bom. Ryuguji com certeza faria qualquer garota feliz, mas não ela. Com 19 anos, já sabia que o casamento viria em breve, e não havia forma dela ficar feliz em iludir alguém dessa forma. Não sabia como dizer e nem qual seria a reação do garoto que já a amava desde sua infância.
Quando saíram, instintivamente ela olhou para o local onde o carro estava estacionado da última vez, mas não havia mais ninguém ali. Sem que percebesse, um suspiro saiu por sua boca e ela olhou para o chão. Ela queria poder compartilhar mais daqueles olhares.
