🍁Capítulo Dez🍁

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Acordei no dia seguinte com muita dor de cabeça e uma sensação de lerdeza absurda, mas isso é consequência do remédio, ele me deixa meio grogue por um longo período de tempo, diminui a minha capacidade de raciocínio também, para não ter pensamentos acelerados, e eu odeio essa sensação, mas como já faz horas que tomei só acordo com a sensação de ainda não ter acordado cem por cento.
Sentei na cama esfregando os meus olhos tentando me acostumar com a claridade, não demorou muito até Celeste aparecer.

— Você acordou, bom dia, Anny — sorrir se sentando ao meu lado — Como se sente?

— Lerda — digo a fazendo rir — Que horas são?

— São... — olha em seu relógio de pulso — São oito e meia

— Oito e meia? Eu tenho aula — tento sair da cama mas ela me impede

— Você não vai hoje, já avisei a sua diretora e ela vai lhe mandar as atividades por e-mail no final do dia, agora levanta, toma um banho e desce pra tomar café, sua psicóloga falou que hoje é melhor você continuar tomando o remédio, amanhã você vai na consulta com ela

— Não, eu não posso... Se hoje eu continuar assim vou... — ponho a mão na cabeça a sentindo pesar

— O que foi? Está se sentindo mal? — questiona preocupada

— É só dor de cabeça... Eu tenho uma entrevista hoje

— Entrevista? Sério?

— Sim, de um estágio, você pode me levar ou vai trabalhar?

— Não, hoje eu fiquei para cuidar de você e não sei se é bom você não tomar o remédio

— Eu preciso de uma ocupação, ficar aqui sozinha não é bom, por favor Celeste

— Ok, mas não fala nada com seu pai, agora vai pro banho e desça pra comer algo e tomar um remédio pra essa dor de cabeça, deixa que eu ajeito a sua cama

— Obrigada — lhe dou um rápido abraço e vou para o banho

Tomei um longo banho frio e lavei o meu cabelo tentando despertar, mas a sensação de lerdeza não saía do corpo, droga, vou ter que esperar o efeito do remédio passar cem por cento. Saí do banheiro e vesti um short folgado e uma camiseta, sequei o meu cabelo com o secador e o prendi em um coque e logo desci.
Celeste estava na cozinha e assim que me viu me chamou para sentar em uma banqueta que estava de frente para o balcão da cozinha e colocou um prato com um sanduíche e um pedaço de bolo em cima seguido de uma xícara de algo que parece capuccino.

— A cafeína vai ser bom para seu corpo despertar um pouco, come que depois vou lhe dar o remédio, tomar com o estômago vazio não é bom

— Você é uma mãezona — lhe dou um sorriso e a vejo retribuir com um ainda maior — Cadê a Ju?

— Aula de Ballet, por falar nela, depois tenho que ir resolver algumas coisas do aniversário dela, ela já te falou isso?

— Sim, semana que vem, não é? — dou uma mordida no sanduíche

— Exato, falou que quer da Moana, e ainda disse para seu pai e eu que a gente deve se vestir igual os pais da Moana, acredita? A menina está cheia de marra

— E vocês vão? Não acho a cara de Hernanes isso

— Ele ainda está lutando contra, e ela disse que você deveria ser Te Fiti

— Estou fora, nem sou verde — digo a fazendo soltar uma gargalhada

— Está sendo ótimo te ter aqui, Anny, trouxe a agitação e alegria que faltava aqui nessa casa, e eu gosto de conversar com você, é bom ter uma mulher por perto — rir

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